segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O pior cego é o que não quer ver



A corrupção e a perversidade humana chegaram a um nível que ultrapassaram as soluções humanas. Basta dar uma olhada ao redor. Não precisa ser muito inteligente e nem de uma revelação especial para perceber que os sinais escatológicos estão se cumprindo de maneira muito precisa.
Mas há no meio do povo de Deus um ufanismo que não encontra respaldo bíblico.
As doutrinas da prosperidade, do sucesso e da realização pessoal tem anestesiado o povo de Deus para a verdade, de tal forma, que ele tem ignorado a proximidade do juízo.
O meio cristão está repleto de mercadores e aliciadores que, de forma interesseira, vêm prometendo boa vida ao povo, que se assemelham aos falsos profetas no tempo da invasão babilônica a Israel.
Hoje nós reverenciamos os nomes de Isaías e Jeremias. Mas no tempo em que eles exerceram seus ministérios, eram vozes solitárias a advertir o povo a respeito do juízo de Deus sobre a nação.
Hoje da mesma forma, todo aquele que, contrariando a pregação de um grande avivamento mundial, prega o juízo, é considerado pessimista, desmancha prazeres e sem esperança.
Talvez alguém possa argumentar que diante de tantas injustiças, mazelas e necessidades humanas, falar de juízo seria contradizer o aspecto gracioso e misericordioso de Deus. Mas isto seria querer sugerir que Deus é "injusto", uma concepção muito humanista a respeito dEle; apesar de Sua palavra afirmar que todo homem é indesculpável. Vê-se, hoje, um conceito em voga, advindo da psicologia, que além de, corretamente, entender as fraquezas humanas, tenta justificar e minimizar o pecado e suas consequências, tratando-as de "paradoxos". Nessa tendência vale tudo e todo aquele que apresenta uma solução bíblica e simples para o pecado, denominada de "clichê", é taxado de medíocre. Por isso o estilo pastoral mais apreciado do momento é o do "Pr Emo".
Não se trata de legalismo ou de domínio pelo medo, mas o juízo é necessário e terapêutico. Se, como diz a Escritura, nem a convicção do pecado e nem a convicção da justiça funcionarem, o Espírito Santo ainda tem, como último recurso, a convicção do juízo para tentar levar o homem ao arrependimento. Exatamente como alguém age com um filho tentando evitar um mal maior.
Isto de forma alguma contradiz a graça e a misericórdia de Deus, pelo contrário, o juízo glorificará a Deus e eliminará todo o pecado, a fim de nos fazer entrar naquele estado de santidade e perfeição que todos desejamos.
Se há um tempo em que o juízo está em sincronia com as circunstâncias descritas nas Escrituras, esse é o tempo.
A maldade se superou, transcendeu; está além de qualquer solução humana, política ou financeira.
"Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós..." Jr 29:8,9.
Em contra-partida a atitude do povo de Deus não pode ser isolacionista - "Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim" Mt 24:46.
Cuidado com os pregadores do sucesso que omitem o pecado, a justiça e o juízo.
O pior cego é aquele que não quer ver.

Pr Julio Soder



5 comentários:

Peniel Jardim disse...

Com certeza esse é o tempo do fim dos tempos. Fico perplexo por estar vivendo neste tempo, e feliz ao mesmo tempo por conta da expectativa de ver e participar daquilo que os Apóstolos descreveram. Apesar de estarmos vivendo um Evangelho anestesiado e alucinado por toda essa "droga" (fé rhema)ejetada em suas veias, creio que algumas "celula" permanecem intactas, e como Deus falou a Elias dizendo que havai ainda 7000 que não se prostraram a baal, creio que existem ainda aqueles que no nosso tempo não se dobraram a mamom. Precisamos unir forças, não para lutar contra o diabo - que já está derrotado, mas para levar a Igreja a um tratamento contra essa "dependência química" que a está destruindo. Restauremos o Altar, Sacrifiquemos sobre ele, e que o fogo prove a obra de cada uma.

Anônimo disse...

É isso aí. O alvo é a igreja. A mentalidade dela precisa ser mudada.

Anônimo disse...

Interessante a idéia do "Pr. Emo".

O texto é real. Sinistro, mas real. Possivelmente há um número assustador de crentes hoje que sabem o que é prosperidade, vitória financeira, bênçãos do dízimo, mas desconhecem o que significam o pecado, a justiça e o juízo.

Ivan Filipe disse...

Eh! Os assuntos aqui estão ficando quentes mesmo, heim!? Hehehe
Eu tb estou assim, tenho meditando muito sobre essas coisas. Falsas doutrinas, falsos apóstolos, evangelho enfraquecido, etc...
Contra isso só O Verdadeiro.
"Deus, obrigado pelos outros 7000"
Ivan Santos

Anônimo disse...

Pr Julio
obrigada mesmo
Que O Senhor nosso Deus, o Todo poderoso continue a te dar a graça de nos ajudar dessa maneira
,esta mensagem abriu meus olhos
um abraço na paz de Cristo