terça-feira, 31 de março de 2009

Julio Severo fora do Brasil


Carta aberta aos amigos do Blog Julio Severo

Estimados amigos

Cheguei a um novo lugar, estando agora fora do Brasil e distante dos amigos. Não foi uma decisão fácil. Aliás, foi a única alternativa.

Por causa de uma queixa de 2006 da Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo, o Ministério Público Federal (MPF) vem procurando minha localização. A queixa é “homofobia”.

É verdade que não há no Brasil nenhuma lei de “homofobia”. Mesmo assim, o MPF recentemente intimou um amigo meu a prestar informações sobre minha localização. Meu amigo tentou, com a ajuda de um advogado judeu, dizer que ele não é responsável pelo conteúdo do meu blog.

Contudo, o MPF não aceitou a defesa dele, e continuou pressionando-o com o único objetivo de saber onde está Julio Severo.

Portanto, diante desse absurdo, vi-me forçado a sair do país com minha família: uma esposa com gravidez avançada e duas crianças pequenas. Estamos neste momento num lugar totalmente estranho. Que escolha tínhamos?

Além da queixa da Associação da Parada do Orgulho Gay, outras entidades e indivíduos homossexuais também entraram com ações e queixas no MPF contra meu blog por “homofobia”.

Saindo do país, esperamos aliviar as pressões das autoridades sobre amigos inocentes.

Eu queria poder aqui registrar publicamente os nomes de todos os que me ajudaram a fazer esta difícil viagem ao exterior, mas não ouso fazê-lo, consciente de que o MPF não poupou nem mesmo um amigo meu inocente. Só revelarei que o grande filósofo brasileiro Olavo de Carvalho muito colaborou. Se o MPF quiser processá-lo, a localização dele está nos EUA.

Se quiserem continuar com suas ações absurdas contra mim por “homofobia”, aviso que não estou mais no Brasil. Deixem meus amigos em paz.

Entretanto, dou outro aviso. Não me calarei. A voz que Deus me deu continuará sendo usada para alertar o Brasil, quer eu esteja na Índia, no Quênia, na Nicarágua ou qualquer outro país do mundo.

Servir a Deus e falar a verdade custa um preço alto. Oro para que Deus dê a cada um dos leitores do meu blog a coragem de pagar esse preço.

Convido-os também a ajudar para que minha voz não se cale. Daqui do meu exílio no exterior, num lugar totalmente desconhecido para nós, quero continuar a alertar o Brasil. Deixei o Brasil fisicamente, mas não em espírito.

Se puder ajudar a colaborar comigo e com minha família, por favor ore e também envie contribuições, pois é um momento de necessidade para nós. Se Deus o tocar para ser um colaborador regular, aceite o desafio de Deus.

Par depositar sua contribuição, clique aqui ou use esta informação:

Julio

Conta corrente 02399-0

Banco Itaú Agência 5649

Chegamos ao aeroporto e tivemos a grata surpresa de ver um pastor que viajou de avião de outra cidade apenas para nos dar as boas vindas. Deus o tocou para que ele viesse nos receber. Só havia ele ali, mas foi muita bênção, pois nada conhecemos aqui!

Hoje, enquanto estávamos tomando o café da manhã, uma TV estava ligada, e o primeiro programa que vimos nesta língua estava tratando de opções sexuais e “casamento” gay. Nesta mesma noite, tive um sonho onde vi a obsessão da agenda gay alcançando este país onde estamos. Esse foi o meu primeiro sonho neste país.

Contudo, somos peregrinos de Deus, e nossa cidadania é do Reino de Deus. Estamos debaixo da autoridade do Rei do Universo.

Um dia Lula, cujo governo hoje intima os inocentes por “crime” de “homofobia”, será obrigado a comparecer diante do supremo Juiz, onde sua condenação é certa.

Que Lula não ouse rir da minha situação, pois a hora dele e de seu mestre está chegando.

Conto com seu apoio e cooperação neste momento,

Julio Severo

Versão em português desta mensagem: Julio Severo away from Brazil

Fonte: www.juliosevero.com

Leia também:

Filósofo Olavo de Carvalho faz apelo em favor do Blog Julio Severo

WND, um dos maiores sites de notícia do mundo, publica entrevista com Julio Severo

Grupo gay entra com ações legais por crime de ódio contra Julio Severo

Luiz Mott quer publicar o endereço residencial de Julio Severo

Paira sobre os cristãos do Brasil perseguição por causa do homossexualismo

Você está pronto para ser perseguido por ativistas gays?

Cinco anos de cadeia para quem ofender um homossexual

Lula: “Opor-se ao homossexualismo faz de você um doente”

Igreja perseguida na era dos shows gospel

Em defesa do casamento: quando direitos são usados para exterminar a liberdade

PLC 122: propaganda, fantasia e farsa na promoção do homossexualismo

segunda-feira, 30 de março de 2009

Geração 2.0



Não é de hoje. Há sinais que nos alertam para a chegada deste novo tempo. Uma Geração banhada, movida e alimentada por bits. Bites e bits, blogs e redes, mensagens e torpedos, conversando - falando e ouvindo.

Não há necessidade de muita argumentação. A situação está diante de nós com clareza. Em alguns momentos nos sentimos ameaçados. Outras vezes até agredidos. Temos nossos momentos de alívio e realização. Afinal, aconteceu conosco em passado não muito remoto - entre nós e nossos pais, assim como entre eles e nossos avós. O eterno conflito das gerações ...

Mas no presente - quando nos endereçamos ao momento atual e aos desafios que se nos apresentam - a coisa muda. Muda porque nunca antes (no mundo) essa transformação foi tão radical e profunda. A ponto de em uma única geração termos tantas diferenças, novidades e transformações sócio-culturais.

O que fazer então? A solução não está nem no desprezo (do tipo 'deixa estar' como a canção dos Beatles Let it be), e nem tão pouco no combate extremado e castrador. Pasmem! Ouvi um tecnólogo recomendar que mantenhamos os filhos abaixo de 17 anos proibidos de acessar a internet!!

Creio que o caminho da verdadeira sabedoria reside em fazermos a nossa parte como geração que lidera os mais jovens: comprender esta nova ordem social, como ela está sendo construída, seus parâmetros e influências, suas descobertas e desafios, seus perigos (que certamente existem) e suas bençãos e vantagens.

É claro que há que se ter amor, diálogo, respeito, enfim um verdadeiro espírito de família. Mas há um fator crítico de sucesso para os dias de hoje: nossa contextualização nesse ambiente social, cultural e tecnológico, com pertinência e equilibrio.

Essa é a minha proposta para vocês pais e mães! A conversa está aberta!

* Capa da revista Time de 20 de março de 2006. A discussão sobre as mudanças comportamentais de nossos filhos tem atraido a atenção da grande mídia em diversas e diferentes coberturas. Há pouca - se alguma - literatura que trate de forma atualizada o desafio corrente.



sexta-feira, 27 de março de 2009

XÔÔÔÔ, MORCEGO!


Vamos lá!...
 
Por natureza não gosto de discutir e nem de debater. Converso. Dialogo. Pondero. Mas não discuto.
Se o objeto da conversar me for algo definido pelo Evangelho, ouço e digo o que penso; em havendo acordo, ótimo; em não havendo, não tento convencer.
Ora, é esta minha total indisposição ao debate e à discussão, o que me leva a, em dizendo, aceitar que não aceitem, mas nem por causa disso fico disposto a discutir o tema.
Trato o pensamento diferente com a mesma tranqüilidade com a qual eu trato o meu.
Hoje um alguém me escreveu sugerindo que tudo o que eu escrevesse no site ficasse aberto a discussões, com minha participação permanente, discutindo ou esclarecendo, ou aceitando outra opinião a fim de melhorar a minha, e, então, publicar o texto acrescentado por outras idéias, como um texto de todos; uma espécie de média ponderada dos crentes.
A frase dele: “Assim o Caminho da Graça não fica sendo um mero coadjuvante do que você diz”.
[A pessoa nem anda no Caminho da Graça, mas quer consertar de fora... rsrsrs].
“Coadjuvante” é a palavra que me chamou atenção.
Trata-se de uma palavra cada vez mais pertencente ao mundo do cinema ou do teatro, embora apenas signifique “cooperador” ou “apoiador” ou “auxiliar”.
Ou seja:
Para pessoas que pensem que uma coisa só faça sentido se elas disserem algo a ser incorporado ao trabalho ou texto ou atividade, digo: o melhor a fazer é entrar em um chat-eterno e discutir o Evangelho ou o mundo para sempre... E na Internet existem muitos ambientes de conversas eternas... de tão chatas que são nos chatos-chats que promovem.
São verdadeiros “masturbachats”.
Entretanto, devo dizer que os que se preocupam em não serem “meros coadjuvantes” são os que não estão andando comigo, pois, quem anda comigo sabe que ninguém é coadjuvante, pois, a Referencia é o Evangelho, e, a partir dele, todos são livres para ser quem são, mas apenas segundo o Evangelho.
O “coadjuvante” se sente assim...: com desejo de fazer o papel que ele considere “principal”.
Ou seja: o “coadjuvante” quer papel, não quer trabalho.
E mais: o que busca não ser “coadjuvante” é livre para sair à praça e pregar; é livre para botar a cara para fora e dizer o que desejar; afinal, a pessoa é livre...
O que não aceito é que a pessoa fique atrás do computador com coceira nos dedos, e, ao ver que escrevo e sou lido e ouvido, querer ser também ouvido pela minha voz, e, assim, pedir para não ser “coadjuvante”, como se isso fosse um peça em um teatro, e eu fosse o dono do teatro, impedindo que outros expressem os seus talentos.
Ora, se existe um palco, o meu é a vida, e não é de hoje; e se existe público, ninguém o chamou para mim.
Não peço que ninguém me leia ou me dê ouvidos. Mas quem dá, dá; quem entende, entende; e é apenas isto.
Eu nunca tive coadjuvante..., mas apenas cooperadores no Evangelho.
Os candidatos a coadjuvante eu não deixo nem chegarem perto. Já os conheço há anos. São doentes de alma. São invejosos. São oportunistas. Afinal, o negocio deles é pegar carona a fim de dizerem o que ninguém quer ouvir porque não tem relevância, exceto para eles.
Já os “cooperadores” são amigos, são pessoas que dizem: “É isso aí; é Evangelho!” — e, assim, ajudam a tornar real aquilo que crêem, e não há a pergunta sobre papeis.
Ora, ninguém estava dizendo nada...
Depois de 1998 ficou um vácuo.
Eles chegaram a se reunir mais de uma vez a fim de tratar do “vácuo do Caio”.
Tentaram encher o tal do vácuo como puderam com eles mesmos...
Mas não encheu...; pois, o vácuo não é o Caio e nem do Caio, mas sim um vácuo da Palavra.
O fato é que quem não tinha dobrado os joelhos à Baal, também não tinha tomado da espada para enfrentar os falsos profetas no Monte Carmelo.
Agora, que o fogo começa a cair outra vez, eles se oferecem para fazer gestão do fogo!
Depois de 1998 foi assim:
Fiquei calado dois anos e meio...
Voltei a dizer as coisas...
Botei a cara pra fora outra vez...
Apanhei.
Era chamado de tudo; de blasfemo a anticristo. Quase todos ficaram longe... Alguns até gostavam... Outros lamentavam, mas não diziam nada...
Então, devagar, Deus me fez voltar a ser ouvido; e, assim, a coisa foi crescendo...
Desse tempo em diante começaram os caras da “pós-produção”, que são os que encontram o trabalho feito, editado e posto em forma inteligível, mas agora dizem: “Falta o Photo-shop”.
Essa história do “coadjuvante” é a mesma do púlpito.
Para o crente viciado o púlpito é o lugar do papel principal. Portanto, crente com pânico de coadjuvância apenas crê que não seja coadjuvante se ele usar o púlpito para dizer o que pensa, pois, para esses, sem púlpito não há espaço para dizer nada.
Ora, esses que acham que uma voz de Deus só se faz ouvir atrás de um púlpito, são os que pensam a pregação como um ato confinado ao lugar onde se ponha o tal do púlpito.
Já os cooperadores não têm tal fantasia e nem fetiche.
Os cooperadores cooperam com o Evangelho; e isso segundo creiam em unanimidade com a Palavra; e, portanto, apenas pensam que uns ensinam, outros aprendem; e todos vivem o Evangelho na vida, não em um lugar de encontro.
No passado todos achavam o máximo que eu dissesse o que eles não tinham coragem de dizer ou nem sabiam como. Foi assim por décadas.
Depois de 1998 eu não podia nem dizer, pois, tudo o que dissesse havia virado heresia.
O site começou e levei pedrada durante três anos.
É ler e ver... Está registrado.
Então, devagar, a Palavra foi se impondo; e hoje milhões lêem todos os dias; mudam todos os dias; levam a serio todos os dias; e o grupo não para de crescer...
Então, os mesmos que até a pouco tempo somente batiam e falavam mal, ou até torciam contra, hoje me escrevem pedindo que eu não deixe que o povo me leve tão a sério assim, e dizem que estão preocupados com o fato de que, outra vez, muita gente me leve a serio demais...
Portanto, antes a virtude era minha...
Depois passou a ser minha culpa...
Hoje eles dizem que é minha culpa outra vez que muita gente esteja vendo, ouvindo, lendo e crendo... E que, por isto, eu deveria colocá-los na fita, pois, segundo eles, é muito perigoso que um homem só gere tanta resposta.
Ora, eu mando essa moçada toda falar com Deus!
Mando que se queixem com Ele!
Sim! Digo: Queixem-se com Deus!
Afinal, quem foi que me trouxe até aqui? Ou será que não estou aqui quase que apesar de todos?
Outro pastor me escreveu:
“Caio, aqui na minha região a gente não pode mais falar nada contra o que você diga que o povo se revolta. Dê um jeito nisso. A gente tem que poder dizer as coisas também...”
Apenas disse: “Diga conforme o Evangelho e ninguém contestará você! No mais, mano, não tenho como ajudar. Ou você quer o quê? Que eu não pregue o Evangelho a fim de que você tenha o conforto de anunciar o desevangelho?”
Portanto, não me molestem, pois, trago na alma as marcas da rejeição por apenas pregar o Evangelho a minha vida toda; e até as “razões” dos que me abominam ou abominaram de 1998 para cá, são todas ligadas ao Evangelho que preguei até contra mim mesmo no período.
Outro dia um pastor conhecido me escreveu preocupado que o que eu dizia estava sendo muito respeitado outra vez; e dizia: Temo pela sua totemização outra vez!
Ri-me dele. “Totemização”, que era palavra apenas confinada aos círculos freudianos, desde Totem e Tabu, foi uma terminologia usada por mim em “O Enigma da Graça”, aplicando a idéia aos “amigos de Jó” em relação a ele; e, também, fazendo alusão ao que os meus “amigos” haviam feito de mim... até que...
Ora, quando houve o “até que...” em 1998, para eles, e, sobretudo, por causa deles, virei Tabu.
Bem, agora, sem memória e atribuindo a mim uma amnésia total, eles me escrevem dando “conselhos” de como não deixar que o povo me ouça tanto!...
Eu digo:
Estou aqui contra quase tudo e todos, pois foi assim que reagiram; e eu não pedi licença a ninguém para fazer nada, apenas fiz e faço, como foi a minha vida toda; e, portanto, me sinto no direito de apenas prosseguir, sem medo, pois, onde há fé não há medo; e, também, sem nenhuma necessidade de consultoria para pregar o Evangelho.
Afinal, se quando todas as coisas só eram rosas... eu já era assim; por que, então, agora, quando tudo são espinhos, deveria eu ser diferente?
Mas fariseu é sempre assim...
Se você apanha e eles são piedosos, não apedrejam, mas não defendem e nem interrompem o massacre. Entretanto, se você sobreviver ao apedrejamento e muita gente vier a crer, então, eles querem virar os seus consultores de conduta e de idéias; e o argumento é um só: É perigoso ficar assim, falando e tanta gente ouvindo!
Fariseu não ama a Deus; ama sim a média que, em nome de Deus, se possa fazer com o povo.
Assim, ninguém me moleste, pois, trago na alma e no corpo as marcas do Evangelho.
Portanto, digo aos morcegos:
“Fora! Aqui não tem carona! Vá chupar sangue em outro lugar!”
 
Nele, conforme o espírito que vejo em Paulo,
 
Caio
27 de março de 2009
Copacabana
RJ
Hoje faz cinco anos meu canguruzinho, Lukas, partiu para a casa do Pai. Minha alma chora seu amor e meu espírito celebra sua alegria eterna.

Caio não precisa de quem o defenda nem comente, mas como pastor e como alvo dos que mostram  a cara e não o braço, sinto-me com a alma lavada. (Pr Julio Soder)

Católicos pedófilos e cristãos fascistas


Em conversa muito produtiva que tive com um grande amigo, estávamos analisando a perspectiva da imprensa quando se fala de pedofilia na Igreja Católica. Em parte, o tema foi ressuscitado quando o arcebispo de Recife falou sobre a excomunhão automática dos médicos que praticaram o aborto em uma menina de nove anos de idade. Muita gente afirmou que o mero fato de não se excomungar o estuprador consagrava o envolvimento da Igreja com a pedofilia. O que pouca gente sabe é que a Igreja Católica sofreu uma violenta infiltração homossexual dentro de seus quadros, muitas vezes incentivada pelo movimento gay, para desmoralizar a hierarquia eclesiástica, inclusive, com a entrada de pedófilos. Isso é provado, particularmente nos EUA, quando organizações homossexuais recrutaram maciçamente seus militantes nos seminários para desvirtuar e mesmo destruir moralmente a reputação do clero. Os escândalos “pedófilos” de padres norte-americanos, por assim dizer, foram provocados pelo próprio movimento gay dentro da Igreja.

Há uma espécie de lugar comum em associar o sacerdócio ao abuso de menores. É como se a pedofilia existisse por conta da mera existência do clero, e não da tara de alguns seres malignos introduzidos na Igreja. Há formadores de opinião idiotas para tudo:dizem que a atração sexual de alguns padres por garotos tem causas no celibato, na falta de mulheres, etc. Se não bastasse essa falsificação deliberada, que já se tornou lugar-comum a todos aqueles que atacam o catolicismo, contraditoriamente, a homossexualidade desses padres jamais é debatida. Na verdade, associar homossexualidade a pedofilia é uma espécie de tabu, de crítica “politicamente incorreta”, até mesmo “reacionária”.Alguém que ouse fazer essa relação pode ser chamado de “fascista”ou coisa pior. Neste aspecto, se o papa não for o “nazi-fascista”, os evangélicos são as vítimas campeãs destes rótulos.

É, no mínimo, um paradoxo: a mídia que aponta o dedo para padres, bispos e arcebispos como indivíduos potencialmente perversos é a mesma que legitima a homossexualidade em todas as suas formas. De fato, os homossexuais chegam a ser figuras glamourizadas, intocáveis. Alguns de seus fiéis prosélitos exigem leis e mais leis para reprimir, punir ou mesmo proibir qualquer crítica a conduta homossexual, pelo prisma falacioso do “preconceito” de “opção sexual”. Há uma espécie de inquisição às avessas. Os padres, bispos e outras autoridades da Igreja podem ser criminalizados por questões de consciência, junto com o cristianismo, por força do Estado. E o movimento homossexual poderá ditar regras morais para a sociedade à vontade, sem restrições. Nesta lista de criminosos potenciais, entram também os evangélicos, os judeus e todos aqueles que seguem os valores judaico-cristãos. Há nesse paradigma uma terrível inversão de valores: o clero, que até então era respeitado e admirado por suas obras e pelo legado de uma tradição de dois mil anos, é caluniado, desrespeitado e desprezado pelo povo; e os homossexuais, cujas práticas são moralmente questionáveis, agora são inimputáveis.

Todavia, a verdade tem que ser dita: há ligações muito mais obscuras do movimento gay com a pedofilia do que a nossa vã filosofia pode presumir. Os movimentos pedófilos mais agressivos e violentos, do ponto de vista político, possuem forte e declarada conotação homossexual. Seja no Canadá, nos EUA, na Inglaterra e outros demais países democráticos, alguns sectários da militância gay exigem a redução da maioridade civil e penal no quesito sexual dos menores, para abusá-los impunemente. Ou mais, o reconhecimento legal da pedofilia como “orientação sexual”idônea. Na Holanda, o caso é mais extremo: criou-se um partido político, cuja meta principal é legalizar a relação sexual entre crianças e adultos, além de animais. E o movimento é, também, predominantemente homossexual.

Não pensemos que esta praga esteja fora de nossos lares. Um antropólogo, considerado líder do movimento gay da Bahia, conhecido pelo nome de Luiz Mott, escreveu uma cartinha, publicada na internet, que é sinal de pior imundície. Ele falava abertamente sobre seus desejos eróticos por garotos adolescentes, descrevendo suas fantasias sexuais com criaturas quase infantis. Eis os trechos da baixaria criminosa: “Se nossas leis permitissem, e se os santos e santas me ajudassem, adoraria encontrar um moleque maior de idade mas aparentando 15-16 anos, já com os pentelhos do saco aparecendo, a pica taludinha, não me importava a cor: adoraria se fosse negro como aquele moleque da boca carnuda da novela Terra Nostra; amaria se fosse moreninho miniatura do Xandi; gostaria também se fosse loirinho do tipo Leonardo di Caprio. Queria mesmo um moleque no frescor da juventude, malhadinho, com a voz esganiçada de adolescente em formação (...)Quero um moleque fogoso, que fique logo com a pica dura e latejando ao menor toque de minha mão. Que se contorça todo de prazer, de olho fechado, quando lambo seu caralho, devagarinho, da cabeça até o talo.”.Por outro lado, o mesmo sujeito foi visto, num vídeo, falando sobre suas perversões sexuais e amparando a mão na bunda de um boneco de gesso, que representava um garoto.

Entretanto, o Sr. Mott não está sozinho nesta cruzada pedófila gay. Gente considerada “douta” nas universidades brasileiras já prega abertamente a legitimidade do abuso sexual contra menores. Um notável cretino, professor de comunicação da Universidade de Brasília, chamado Denilson Lopes, escrevera em um site gay, sobre a“histeria” contra a pedofilia. Ele afirmou que “salvo engano, a pedofilia como pânico social é uma última estratégia da direita ultra-conservadora de barrar os avanços dos movimento de gays e lésbicas politicamente organizados ao confundirem homossexualidade e pedofilia, fazendo vista grossa a uma longa tradição de homens mais velhos que casavam e casam com jovens moças e meninas, notadamente em nossa cultura, sem que isto nunca tenha causado nenhum escândalo”. O Sr. Denilson, depois de dissertar sobre a ligação do “amor” entre adultos e crianças, ainda termina o artigo nestes termos: “Talvez num futuro, que espero próximo, haja um tempo em que falar de pedofilia seja apenas falar de uma expressão afetiva, tão impura e divina, violenta e intensa, terna e animal, como outra qualquer, apenas parte, do que na falta de uma palavra melhor, ainda chamamos, da condição humana”. Paulo Ghiraldelli, um farsante exibicionista metido a “filósofo de São Paulo” diplomado pela USP, afirma em seu artigo “Amor e sexo entre pequenos e grandes”, que condenar a pedofilia é um ato de “nazismo”. Ou seja, se os senhores Mott, Lopes e Ghiraldelli violentarem alguma criança indefesa, quem deve ser preso são os pais que a protegem, porque são “fascistas”. Claro, os pais estúpidos reprimem um"direito humano" da criança e dos pedófilos, ou seja, a"diversidade sexual".

Há de se entender que a paranóia pró-pedofilia tem boa dose de apoio no movimento da esquerda cultural. É na literatura da Escola de Frankfurt, particularmente nas idéias de Marcuse, que a sexualidade doentia ganha auras de instrumento de subversão revolucionária, de negação completa da moral. A pedofilia, tal como o homossexualismo, torna-se uma arma contra a moralidade vigente, uma arma “libertária” contra a “moralidade burguesa”. Michel Foucault, outro queridinho das esquerdas, notório pedófilo e homossexual (e que morreu de AIDS), foi outro que durante em vida pregou abertamente o fim das restrições sexuais entre adultos e crianças. No final dos anos 70, ele, junto com demais intelectuais franceses, assinou um documento pedindo simplesmente a revogação completa das restrições de relações sexuais entre adultos e menores. Todos eles, em maior ou menor grau, pregavam a idéia bizarra de que as crianças teriam desejos sexuais e que elas poderiam usufruí-los com adultos, ainda que isso não implicasse o consentimento, mas tão somente o “desejo” dos menores. A bestialidade de tais idéias é um lugar-comum dos movimentos da esquerda cultural de temática gay. Daí os ataques contra a estrutura familiar tradicional, contra a Igreja, contra o cristianismo, na tão alardeada “revolução sexual”. Das orgias ilimitadas de Woodstock à disseminação em massa das drogas, passando pela homossexualidade raivosa e totalitária e a pedofilia sacralizada (claro, isso vale apenas quando não se possui batina), o movimento esquerdista é o pai espiritual que está por trás dessa desordem moral. Poderosíssima na imprensa e nas universidades, a revolução cultural esquerdista imputa aos cristãos e aos homens decentes em geral, aquilo que ela mesma incentiva e prega como estratégia política.

No entanto, a mídia prefere esconder tudo isso. Pedofilia, por assim dizer, é coisa de padres ou pais de família. É coisa dos “homens de bem”, disfarçados por trás da batina ou da pose de bons moços. Por mais que a porcentagem de pedófilos entre os homossexuais seja proporcionalmente maior do que a média de pedófilos heteros, os formadores de opinião camuflam esse dado assustador. Escondem todo o engajamento do movimento gay e das militâncias de esquerda na legalização irrestrita da pedofilia e da criminalização da rejeição a essas práticas. No imaginário da imprensa, os padres ora são“homofóbicos”, ora são homossexuais pedófilos; e os cristãos são criaturas sexualmente reprimidas, fanáticas, obscurantistas. Devem ser presas porque supostamente matam gays, porque são"reacionárias". Ou, na pior das hipóteses, são milhões de indivíduos pedófilos disfarçados de moralistas. A contradição fraudulenta dessas perspectivas revela os perigos que a sociedade passa com uma imprensa mentirosa e o ambiente cultural intelectualmente nocivo e patológico nas universidades. Acreditem se quiser: para a esquerda e uma boa parte da opinião pública e da mídia atual, há um bilhão de católicos pedófilos e outras centenas de milhões de cristãos não-católicos fascistas! Vai entender!


segunda-feira, 23 de março de 2009

O Doloroso Segredo dos Muçulmanos Convertidos ao Cristianismo


Ergun Caner

Você nunca leu uma história como esta

Era uma reunião como centenas de outras de que tínhamos participado durante vinte anos. Meu irmão estava envolvido num debate amistoso com um outro árabe cristão, num seminário sobre os melhores métodos de pregar o Evangelho de Cristo aos muçulmanos. Os "pontos de discordância" eram praticamente os mesmos de sempre. De fato, já tínhamos discutido os mesmos assuntos em incontáveis reuniões e de várias maneiras. Tudo estava dentro dos padrões normais, até que um inocente estudante levantou-se para fazer a pergunta fatídica:

Como podemos proclamar fielmente o Evangelho a Israel? Os judeus estão envolvidos numa guerra horrível e pagando um preço tremendo. Como a experiência de ex-muçulmanos os ajuda a falar de Cristo aos judeus?

Meu irmão sorriu consigo mesmo. Embora ele soubesse a resposta, até aquele momento não sabia qual era a posição de seu colega. Seu companheiro de debates nesse fórum era um cristão evangélico muito culto que, como nós, se convertera do islamismo. Ele já havia falado inúmeras vezes a milhares de evangélicos americanos e era considerado um especialista em evangelização do Oriente Médio. O homem se ajeitou na cadeira, quase imperceptivelmente, e arrumou seus papéis, esperando que Emir respondesse a pergunta. Mas meu irmão ficou quieto e deixou que o silêncio pesado forçasse o outro a responder.

Lentamente, sem levantar os olhos, ele disse: "Bem, com relação à evangelização dos judeus, devemos sempre apresentar Jesus como o Messias. Isto é ponto pacífico. Entretanto... no que se refere ao conflito entre palestinos e israelenses... acho que devemos permanecer... neutros".

Bem-vindo ao nosso mundo!

"Abrindo o jogo"

Esta história poderá ser um choque ou uma surpresa para os leitores. Em todo caso, decidi contá-la, e "seja o que Deus quiser". Levei vinte anos para escrever este artigo. Estou prestes a trair meus irmãos segundo a carne. Estou prestes a revelar nosso terrível segredinho.

A maioria dos artigos e livros que escrevi em parceria com meu irmão foram trabalhos acadêmicos ou obras que falavam sobre como entender e alcançar os muçulmanos. Em 2002, quando nosso livro Unveiling Islam (O Islã Sem Véu) tornou-se um best-seller, ficamos sob os holofotes da mídia. Nossos debates, sermões e palestras passaram a ser assistidos por milhares de pessoas. Por duas vezes falamos aos milhares de pastores presentes à reunião anual da Convenção Batista do Sul dos EUA. Aparecemos em incontáveis programas de televisão, entrevistas e programas de rádio transmitidos em todo o país.

Em 2003, O Islã Sem Véu conquistou o Gold Medallion, prêmio concedido anualmente às melhores publicações cristãs dos Estados Unidos. Além disso, nossos livros More Than a Prophet (Mais Que Um Profeta) e Voices Behind the Veil (Vozes Detrás do Véu) – ainda não publicados no Brasil – também foram sucessos de venda e concorreram a vários prêmios. Atualmente, estamos escrevendo nosso maior livro, um manual de referência de um milhão de palavras que será o primeiro comentário cristão abrangendo todos os versos do Corão. Nosso editor vendeu todas as cópias de nosso último livro, Christian Jihad (Jihad Cristã), numa só conferência, em meados de 2004. Isso basta para mostrar quanto gostamos de escrever.

Porém, esses livros foram fáceis de escrever, se comparados com este artigo. O que escrevi aqui é algo extremamente pessoal e pensei e orei a respeito durante semanas.

Entretanto, por mais difícil que fosse, senti que, finalmente, deveria contar a história. Porém, isso significava que meu irmão e eu, ambos professores em universidades cristãs, seríamos objeto de escárnio. Na verdade, já estamos acostumados com o desprezo dos muçulmanos. Eles vivem atrás de nós e nos ameaçam toda semana por e-mail, por carta ou pessoalmente. Eles protestam quando aparecemos em programas de TV e fazem escândalos nas igrejas onde pregamos.

Mas esse escárnio seria de um tipo completamente diferente. Ele viria de nossos próprios irmãos cristãos. Seríamos desprezados porque revelamos o segredo daqueles que, como nós, são crentes [em Cristo] de origem muçulmana.

Finalmente, decidi "me expor" na revista Israel My Glory. Conhecendo os editores como conheço, eu sabia que eles ficariam ao nosso lado. Pelo menos, Emir e eu não estaríamos sozinhos.

Um ódio residual

Como muçulmanos, fomos ensinados a odiar os judeus. Como cristãos convertidos do islamismo, muitos de nós ainda os odiamos.

Leia de novo essas palavras, com atenção. Deixe seu significado e importância penetrar na sua mente. Com certeza, você já conheceu centenas de pessoas como nós durante sua vida. Os ex-muçulmanos saíram do segundo plano e subiram ao palco central de muitas conferências e reuniões denominacionais [nos EUA]. Embora todos nós sejamos questionados sobre assuntos ligados à apresentação do Evangelho aos muçulmanos, raramente nos perguntam a respeito de Israel, da nação judaica e das alianças entre Deus e Seu povo, narradas nas Escrituras.

Muitos de nós, cujos nomes você conhece e cujos livros já leu, ficam agradecidos porque ninguém os questiona sobre isso. Por quê? Porque muitos ex-muçulmanos que hoje são cristãos ainda sentem desdém, desprezo e ódio pelos judeus. Entre estes, estão muitos que falam em conferências, escrevem livros e pregam nas igrejas. Realmente, este é o nosso segredinho terrível.

Emir e eu chamamos isso de vestígios do islamismo. Quando éramos crianças, aprendemos nas madrassas(escolas religiosas islâmicas) que os judeus bebiam o sangue das crianças palestinas. As mensagens pregadas pelos imãs destilavam ódio aos judeus e à nação judaica. Para nós, eles eram os "porcos" e "cães" que tinham roubado nossa terra e massacrado nosso povo.

Então, quando um muçulmano se converte e abandona o islamismo, convencido de que Isa (Jesus) não era um profeta de Alá, mas sim o próprio Messias, ele se defronta com a mesma ameaça que nos atinge a todos. Muitos de nós fomos repudiados, expulsos de casa, deportados, presos, ou sofremos algo pior. Os que sobrevivem, começam vida nova separados da tradição de seus ancestrais e de sua família. Não resta quase nada de nossa vida antiga – exceto uma tendenciosidade que teima em não ir embora. Nós ainda odiamos os judeus. Tenho que confessar uma coisa: isso também aconteceu com meus irmãos e comigo.

No início da década de oitenta, após nossa conversão, meus irmãos e eu começamos uma nova vida em Jesus Cristo. Em muitos aspectos, a igreja tornou-se nossa família, já que nosso pai nos renegou. Eu estava ávido por conhecer nosso Senhor e a Sua Palavra, e lia a Bíblia apaixonadamente, às vezes durante três ou quatro horas por dia. Eu gastava muitas canetas marcadoras de texto à medida que ia estudando o Antigo Testamento.

Quando cheguei à aliança abraâmica, em Gênesis 12, tropecei. "Antigo Testamento" – resmunguei – "Jesus acabou com isso". Em pouco tempo, comecei a ficar aborrecido com a constante repetição do refrão: Abraão... Isaque... Jacó... José. Eu tinha sido ensinado a acreditar no que Maomé tinha escrito: Abraão... Ismael... Jesus... Maomé.

No Corão está escrito que Ismael, e não Isaque, foi levado para ser sacrificado no Monte. Essa é a doutrina central de nossas celebrações (Eid). Agora, eu estava sendo confrontado com o fato de que, 2200 anos depois de Moisés ter escrito Gênesis 22 e quase 2700 anos depois do evento ter ocorrido, Maomé mudou a história.

Rapidamente, pulei para o Novo Testamento. Eu tinha certeza de que iria descobrir que Jesus, meu Salvador, havia repudiado o Antigo Testamento e que meu preconceito poderia permanecer intocado.

Foi aí que cheguei a Romanos 9-11. "E o prêmio vai para"... os judeus, como a nação sacerdotal de Deus. Eu comecei a fazer perguntas. Comecei a ler livros. Cheguei até a assistir cultos de judeus messiânicos.

Então, lentamente... muito lentamente... comecei a amar os judeus com o mesmo amor que nosso Pai celestial tem por eles. Eles são os escolhidos de Deus – e a terra de Israel lhes pertence.

Levou algum tempo até que isso acontecesse comigo e com meus irmãos, e nós achávamos que todos os ex-muçulmanos passavam pela mesma experiência e chegavam à mesma conclusão que nós. Aparentemente, estávamos errados.

O mito da substituição

Pouco depois que apareci no programa de TV de Zola Levitt pela primeira vez, recebi uma enxurrada de e-mails de muçulmanos furiosos. Eu já esperava por isso. O que eu não esperava era um número tão grande de e-mails indignados vindos de cristãos anglo-saxões. "Meu caro irmão em Cristo" – escreviam eles – "a Igreja substituiu Israel!".

Um dia, depois de uma reunião, um ex-muçulmano, que na época pastoreava uma comunidade cristã egípcia, me chamou num canto e disse: "Você está prejudicando seu testemunho, meu amigo". Sua repreensão não muito amigável continuou: "As alianças de Deus com Israel através de Abraão, Davi e Ezequiel eram condicionais. Ele veio para os Seus, mas eles O rejeitaram. A Igreja agora é o novo Israel".

Depois disso, ele me indicou vários livros evangélicos para provar seu argumento. Comecei a ler esses estudos teológicos e sei que você, caro leitor, tem muitos deles em sua estante. Seus autores são protestantes reformados, escritores evangélicos e até pregadores muito conhecidos no rádio e na televisão. Todos eles diziam a mesma coisa: Israel foi substituído pela Igreja.

Bem, agora, vinte anos depois, permitam-me ser enfático, para que não haja nenhum mal-entendido:

A aliança de Deus com Israel foi incondicional. Israel continua sendo a nação escolhida por Deus.

Embora os judeus sejam, em termos bíblicos, um povo "teimoso" e de "dura cerviz", Deus não os abandonou. Qualquer outro ensino é anti-bíblico, ímpio, racista e anti-semita. Não me importa o quanto esses autores sejam respeitados nem o que isso vai me custar, em termos de amizades. Eu não posso abandonar o povo de Deus nem mudar o plano divino. Romanos 9 a 11 ainda fazem parte da Bíblia.

O mito da Palestina

Atualmente, os conflitos sobre a posse de Jerusalém estão todos os dias no noticiário. Diariamente, vemos bombas e balas voando para todos os lados, enquanto ressoa uma luta que já dura cinqüenta anos. E eu pergunto: "Onde está a voz dos cristãos?" Infelizmente, muitos estão emudecidos pelo resíduo do ódio a Israel que trazem em seu coração.

Já perdi a conta de quantas vezes Emir e eu pedimos que outros ex-muçulmanos nos mostrassem onde fica a "Palestina" no mapa. Perguntamos também quando foi que os palestinos tiveram um governo estabelecido, uma capital, uma embaixada?

É claro que a resposta é "nunca". O conceito de um país chamado "Palestina" só surgiu depois que Israel se tornou uma nação. Trata-se de um país inteiramente hipotético, baseado não numa origem étnica comum, mas sim num ódio comum a Israel. Conforme ilustrei no início deste artigo, nossos colegas árabes e persas têm encontrado companheiros entre os teólogos ocidentais que adotaram todo um esquema teológico e escatológico baseado nesse ódio comum. Meu irmão e eu estamos agora na irônica posição de sermos ex-muçulmanos e turcos persas defendendo Israel contra cristãos anglo-saxões e europeus de raça branca. Que mundo estranho!

Concordo com o ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu: "Jerusalém é a eterna e indivisível Cidade de Deus". Esperamos, um dia, encontrá-lo e dizer-lhe isso.

O mito de Alá

Outro componente estranho dessa questão é o uso da palavra "Alá". Recentemente, ouvimos um missionário evangélico falar sobre o movimento "Alá-leuia", em que os missionários estão usando a palavra árabe "Alá" para proclamar o Evangelho. Alguns chegam ao cúmulo de entrar nas mesquitas e ficar na posição de oração (rakat),mas orando a Jesus em pensamento. Alá, concluem eles, é só o nome árabe de Deus. Adonai e Alá seriam o mesmo Deus.

Mesmo correndo o risco de ofender mais alguns leitores, quero deixar uma coisa registrada: Alá não é o nome árabe de "Deus". Alá é um ídolo.

Em todos os debates de que participamos em universidades e entre colegas, meu irmão e eu nunca encontramos um ulema muçulmano que acredite que o Alá do Corão e o Deus da Bíblia sejam o mesmo Deus. Nunca. Se o monoteísmo é o único critério para distinguir a verdade neste caso, então deixe-me dizer uma coisa: se Alá é o mesmo deus que o Deus vivo, então Elias deve desculpas aos profetas de Baal (que também eram monoteístas).

Então, por que usar essa palavra? Perguntei a um árabe cristão por que ele continuava usando o termo "Alá" quando orava, e ele me respondeu baixinho: "Eu não consigo me convencer a usar os nomes hebraicos, sabe?"

Sim. Eu sei. Infelizmente, eu sei.

Estou ciente das implicações deste artigo. Eu as aceito. Numa única crítica dura, de poucas páginas, ataquei a teologia da substituição, a escatologia puritana, os teólogos modernos e denominações inteiras. Entretanto, meus vinte anos de silêncio acabaram. Nosso segredinho terrível foi revelado.

Emir e eu continuaremos do lado de Israel no conflito contra nossos parentes segundo a carne. Continuaremos contestando a teologia da substituição sempre que necessário.

Também continuaremos a defender Israel como nação escolhida por Deus, porque Ele nos manda fazer isso no Antigo e no Novo Testamento. Os judeus precisam aceitar Jesus como o Messias, isto é certo. Mas eles também precisam que a comunidade cristã – a Igreja – fique ao lado deles num mundo que quer a sua destruição. Isso começa agora. (Israel My Glory - Ergun Caner - http://www.beth-shalom.com.br)

Dr. Ergun Mehmet Caner é professor de Teologia e História da Igreja na Liberty University, em Lynchburg, Virginia (EUA). O livro O islã sem véu, escrito em co-autoria com seu irmão, Dr. Emir Fethi Caner, pode ser pedido em nossa livraria virtual.

Fonte: Beth Shalom

Divulgação: www.juliosevero.com

sábado, 21 de março de 2009

O poder dos blogs: Blogando na África

Maria Kanini*


Photo: Maria Kanini
Foto: Maria Kanini
Às vezes, um blog é apenas um diário pessoal na internet, mas, para mim, é muito mais do que isto. É uma voz – a minha voz. A primeira vez que ouvi falar de um blog, fiquei entusiasmada. Finalmente eu poderia fazer com que a minha voz fosse ouvida.

Escrever um blog dá uma oportunidade para que você pense sobre as suas experiências e forme as suas próprias opiniões. Escrever um blog pode ser usado para causar um efeito positivo ou negativo numa sociedade. O poder de dizer o que se quer, sem censura, transfere a responsabilidade moral para o autor.


Uso o meu blog para salientar organizações no Quênia que fazem um bom trabalho nas questões de desenvolvimento. Minha principal prioridade é o HIV, e eu procuro a boa prática. Várias coisas que escrevi no meu blog já foram publicadas em jornais aqui no Quênia. Quando leio esses artigos, penso comigo mesma: “Minha voz foi ouvida.”


Os blogs agora são levados mais a sério na sociedade africana. Foi estabelecida uma Media Bloggers Association. Qualquer um pode escrever e publicar um blog na internet. Assim, os blogs são uma forma de jornalismo dos cidadãos. É também uma ferramenta de trabalho em rede: A Kenya Unlimited tem um site que está reunindo quenianos de todo o mundo para discutir questões importantes para eles.


Eu acredito que as organizações de desenvolvimento deveriam tirar vantagem dos blogs. Que melhor oportunidade há para contar a sua história com sua própria voz? 

8

*A keniana Maria Kanini trabalha para a Trans World Radio como Oficial de Relações Públicas e também está bastante envolvida na captação de recursos e na gestão de projetos. E-mail:mkanini@yahoo.com

*
8
Fonte:
Revista Passo a Passonº 71, publicada pela TILZ Tearfund 
________________

Tearfund é uma agência cristã evangélica de assistência em situações de desastre e desenvolvimento, que trabalha através de parceiros locais, procurando trazer auxílio e esperança às comunidades carentes por todo o mundo.

Eles publicam a revista Passo a Passo, que a cada número enfoca um tema diferente, e oferecem no seu site, além dos números da revista para download, uma enorme quantidade de boa informação (como artigos, apostilas e manuais) para capacitar você e sua igreja a fazerem a diferença na sua comunidade. Informações que vão desde noções de higiene e saneamento básico, combate a doenças e epidemias, agricultura, ecologia, direitos e deveres e até estudos bíblicos focados nas questões sociais. Ao relatar experiências e modelos bem-sucedidos, levados a cabo nos mais diversos países de todos os continentes, eles oferecem a você a oportunidade de conhecer e adaptar estas idéias para a realidade de sua igreja/comunidade.

Visite hoje a página em português: http://tilz.tearfund.org/Portugues/

Fonte: UBE

terça-feira, 17 de março de 2009

Peniel


Os anos sessenta chegavam ao seu final. O mundo explodia nas rosas da morte no Vietnã. Hippies exóticos viajavam por todas as estradas do planeta, em busca de paz e amor. As drogas produziam embalos alucinógenos, descortinando um mundo de cores e curtições, narcoses e baratos transcendentes.

Estudantes armavam barricadas nas ruas de Paris, davam os primeiros passos no cosmos e tocavam com os pés o chão da Lua.

Tudo era liberado nos campos de Woodstock enquanto Jimmy Hendrix fazia gemer sua guitarra num grito desesperado de ajuda.

Nascia uma grande procura, uma busca desesperada pela existência, algo que arrancasse a gente desse dilema do ser e o nada.

Certo dia do ano de 1970, ainda voando nas alturas, um desses hippies desceu o corredor da Igreja, parou diante do altar e abriu os braços e num grande clamor, bradou:

_ Deus, se você existe, salva-me agora!

Na verdade, Deus já o ouvira há muito tempo.

No salão elegante de uma casa nobre Deus havia falado em profecia. Usando uma serva Sua, Ele dissera:

- A obra que estou iniciando vai assombrar a muitos. Milhares de jovens virão de todas as partes. E Eu lhes darei abrigo, casa e pão. Ele terão a sua própria igreja, que Eu mesmo multiplicarei e chegará aos confins da Terra: de Norte a Sul, do Oriente ao Ocidente. E nunca haverá lugar que comporte esse povo, pois serão como as estrelas no céu e as areias da praia

Enquanto ainda transmitia sua mensagem, perguntou atônito o jovem pastor.

- E qual será o nome desta igreja!

- O seu nome será Peniel "Vi a Deus face a face e a minha vida foi salva. Porque como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevalecestes."

Assim, aquela Igreja que se reunia ali passou a ter um nome, nome este dado por Deus – Peniel.

Na manhã do dia 31 de dezembro de 1971, com 30 anos, o Pastor Reuel deixava a Igreja Batista da Lagoinha, declarando: “Para esta igreja haverá muitos pastores; mas para estes jovens, não. Ficarei com eles.” O choro foi muito grande entre o povo. Do outro lado da avenida as pessoas paravam, perguntando o que estava acontecendo.

Às sete horas da noite daquele mesmo domingo, um grupo bateu à porta de uma casa rica. Eram jovens com suas roupas coloridas, saias longas, chapéus e bengalas; cabelos compridos e barbas longas. Eles estavam muito assustados. Haviam descoberto que o pastor deixara a Igreja. Mas Drª Elsie Villas Boas e o Ministro Antonio Martins Villas Boas os receberam com muito carinho no salão nobre de sua residência. Os jovens pediram a presença do Pr. Reuel para saber o que fazer. Na verdade, o que eles mais queriam era ter sua própria Igreja e o seu Pastor.

Naquele instante o Senhor falou outra vez:” ... no céu já se formou uma igreja e ao lado existe uma casa. Nela está escrito: LAR DA PAZ. Filhinhos, vocês terão um lar, esposas, filhos e viverão em paz”.

Quando o Pastor entrava no salão eles começaram a cantar: “Trazemos paz pra você (evenu shalom halehim)”. Com o rosto coberto de lágrimas e os olhos brilhando eles aguardavam ansiosos a resposta do pastor. E aquele moço , com voz grave, mas muito decidida, disse: “Acaba de nascer uma Igreja...”

A igreja que ia surgindo não tinha nada que a caracterizava como igreja no que diz respeito a móveis e utensílios para o culto. Mas pessoas é que não lhe faltava e começou a crescer. As crianças se acomodavam felizes nas caixinhas de maçãs e os jovens se acocoravam para tocar seus violões. A árvore em frente se apinhava de jovens todas as noites para assistir aos cultos. E o Espírito Santo se derramava aos cântaros sobre aqueles malucos, sujos, barbudos, perdidos e que em seus corações desejavam ardentemente mudar de vida e ser totalmente do Senhor Jesus. Libertos pelo poder de Deus agarravam-se às suas Bíblias, devorando-as com ardor.

E Deus os foi chamando para a Sua Obra. Seminários se encheram de ferventes pregadores. As ruas ganharam esfuziantes evangelistas que reuniam pequenas multidões ao meio-dia. Coxos andavam, cegos viam e os leitos dos hospitais se esvaziavam.

Peniel crescia e assim o Evangelho era pregado e anunciado as novas de salvação.

A compra da propriedade da Rua Peçanha, em 1978, foi mais um grande sinal. O valor do prédio era duzentas vezes maior que a receita da igreja. Mas o Senhor disse:”Vai e compra.” Muitos tremeram no dia de assinar as promissórias. Outros deixaram a Igreja, com medo. Mas nunca atrasamos os pagamentos. As pessoas ligavam de todo o Brasil e diziam: “Estou enviando tantos mil cruzeiros.” Ou, “Venham buscar minha oferta agora. Esse dinheiro está queimando minhas mãos!” Outros entregavam o salário, casas, carros e bens. Uma viúva deu tudo o que tinha de suas economias e os jovens saíam pelas ruas vendendo “Além das Drogas”, o primeiro livro do Pr. Reuel.

Em 1979 o Pr. Reuel participava de um Congresso Evangelístico Latino-Americano em Lima, Peru. Mas a Teologia era política e ensinava-se a fazer revoluções. Ele estava abatido. Não desceu para o auditório naquela manhã. Ficou no quarto. E enquanto orava, andando de um lado para o outro, o Senhor lhe disse: “O mundo não será salvo pela teologia, mas pela loucura da pregação”. Vai e abre uma “Escola de Pregadores”. Deixando Huampany, retornou ao Brasil. Em março de 1980, iniciava-se a ESMI - Escola Superior de Missões Peniel - nossa escola de pregadores e profetas ambulantes. O Pastor Renê Feitosa, eminente mestre da Palavra, pastoreava em Goiânia, e foi chamado para organizar e dirigir a Escola. Centenas de pregadores já saíram da ESMI, hoje espalhados pelo Brasil e pelo mundo.

Missões explodiram no coração. Os empurrava para os rincões da pátria e os assoprava para o mundo inteiro, até aos confins.

Igrejas e Centros de Recuperação Peniel no Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-oeste do Brasil. Ainda este ano abriremos mais uma frente missionária, agora no Sul do Brasil, em Cruz Alta / RS, divisa com a Argentina e Uruguai.

Além da Bolívia, Colômbia, Estados Unidos, China, índia, Nepal e África, a Itália tem a marca de nossa presença. No Japão nossos pastores apóiam brasileiros, japoneses, coreanos, hispanos e tailandeses.

Nos anos 80 a Bolívia era conhecida como o maior produtor mundial de cocaína. No dia 10 de Janeiro de 1986 nossos primeiros missionários chegavam a Santa Cruz. “Quando tomei o trem de volta para o Brasil e olhei lá fora nossa primeira família missionária, meu coração se partia. E chorei muito. Mas hoje, passados tantos anos e apesar das contradições e ambições humanas, Deu mudou a Bolívia!” diz Pr. Reuel ao relatar a viagem feita à Bolívia em que acompanhou a abertura da primeira frente missionária fora das terras brasileiras. Ainda tratando de missões internacionais, ele diz:

_“A China tem produzidos seus frutos. Moreira, Irene, os filhos Timóteo, Pedro e Agnes estiveram conosco até 2006. Ainda são nossos cooperadores; Haqui foi o primeiro chinês recuperado. Evangelista, foi treinado e enviado. Deus o chamou a glória. Ele percorreu, com sua pequenina esposa o interior da China pregando o evangelho e organizando pequenos grupos de oração e libertação de viciados, de Cantão até a Manchúria. Só Deus pode medir os frutos do seu ministério...

Meu sonho atual é ver Peniel consolidada na China com uma Escola de Pregadores e centenas de evangelistas chineses invadindo o país.

A implantação definitiva da Missão na África já aconteceu com Romaura e Jugurta. Além da Igreja forte na capital e a Congregação em Jogoró,mantemos uma Escola Evangélica com 270 alunos. Eles têm ensino secular, da Palavra, assistência social e ao menos uma refeição por dia. João Mooij continua auxiliando na administração do Hospital Simão Mendes; ver acontecer na Colômbia o milagre ocorrido na Bolívia; o trabalho na Índia conta hoje com oito igrejas, além das inúmeras Escolas Bíblicas nas cidades menores.

Tom Oothuppan, na Índia, já tem contatos no Norte do país e logo chegaremos lá.

O Japão com os missionários Jorge Nakashima e Francisca, Nenito Ricardo e Sandra, amplia-se a cada dia a Obra. Já são 3 igrejas atendendo brasileiros, japoneses, hispano-americanos.

Almejamos uma igreja multicultural-transracial em Nova Iorque , como base de apoio do Projeto Peniel Global .

Também Peniel levando esperança em Deus para a Rússia...

Portugal já tem uma pequena base, mas firmemente estruturada, em Lisboa.

Gostaria de ver mais cem (100) Igrejas Peniel no Brasil... Mas carecemos de um avivamento, por homens e mulheres vocacionados, dispostos a viverem incondicionalmente para Deus. Peço a Deus também O Tabernáculo Peniel para nossa querida Igreja Mãe, aqui em Belo Horizonte. Ela gerou, formou e enviou os seus melhores homens e mulheres – Deu tudo, formação, conhecimento, apoio material, moral e espiritual.

Homens de Deus, líderes ungidos cobrem a terra nascidos das entranhas dessa Mãe-Peniel, e se multiplicam em filhos e filhas!

Hoje, numa extensão da Obra, um novo braço global, esse rebento mais forte, o Ministério Clamor pelo Mundo. Visão profética, misericórdia, salvação e grande derramamento do Espírito Santo neste tempo de globalização.

A mensagem de Deus se cumpriu e continua a cumprir. Novas faces de entendimento vão chegando, e aos poucos vamos vendo mais e mais a Glória do Senhor.

Ele habita conosco. Vemos permanentemente a nosso Deus e Pai.

Eis o tempo da glória do Tabernáculo Peniel. Muito mais que um templo, apenas uma grande tenda, móvel, leve, suave, como vela flexível, soprada pelo vento. Igreja constituída por Pedras vivas, preciosíssimas, compradas pelo Sangue de Jesus.

A Era do Espírito Santo é chegada – E só Ele sabe o que nos espera!

Peniel, uma Obra de Fé e Poder, testemunha do que Deus fez ontem através de um punhado de hippies que tiveram suas vidas mudadas dos quais seus frutos vemos até hoje, e continua fazendo através de cristãos comprometidos que decidiram subjugar inteiramente suas vidas à liderança sobrenatural do Espírito Santo.

Ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo a Glória agora e sempre.

Pr. Reuel Pereira Feitosa

domingo, 15 de março de 2009

Pobres ateus!


Disseram-me que o ateísmo está crescendo. 
Fiquei a pensar... Quem quer o mundo oco e solitário dos ateus?
Não eu! 
Eu quero o mundo povoado dos cristãos, dos judeus, dos muçulmanos, dos animistas...
Quero um mundo onde a gente não esteja só. 
Um mundo com anjos de pé e caídos. 
De entidades, de elfos, de mística, de mágica, de mistérios... 
Quero o mundo onde os tambores invoquem. 
Onde a multidão de línguas estranhas dos pentecostais façam os seres da escuridão retroceder. 
Quero o mundo que produziu Beethoven que, surdo, dizia ouvir a música que Deus queria escutar, a quem aplaudiu na nona. 
Que desafiou Mozart a zombar de Deus enquanto, qual o profeta Balaão, só conseguia emitir os sons que boca de Deus entoa! 
Quero o encanto catártico de Haendell gritando ALELUIA! de forma arrebatadora! 
A beleza de Bach nos fazendo ver a paz da Família Eterna. 
Quero mundo das lindas e majestosas catedrais e dos pregadores das praças, das esquinas, dos caminhos... 
Da riqueza sonora profunda dos cantos gregorianos e dos vociferantes pregadores: convocando os homens a mudar e o Espírito Santo a se levantar contra o mal. 
Quero o mundo que faça um ser humano, diante a pior das borrascas, ver o seu salvador andando sobre o mar, anunciando a possibilidade. 
Aquele em que o guerreiro, diante da incerteza, se ajoelha perante o Eterno e se levanta com um brilho nos olhos, certo de que tem uma missão, um motivo para brandir a espada, porque se há de correr o sangue humano, tem de haver uma razão, que dando significado a vida o faça não temer a morte. 
Um mundo de poetas e romancistas, que fazem a morte gerar vida, que contam histórias porque, em meio ao mais insano, há algo para contar, e se há o que contar, então significa; e se há como contar, então há um significante anterior, de modo que, por mais que cada leitor possa, de alguma maneira, reinventar, ninguém consegue negar que leu e, se leu, podia ser lido. 
Quero a fé que faz uma menina entrar numa das melhores faculdades do pais, sonhando que, um dia, tudo o que sabe ajudará um ser desprovido de tudo, num dos miseráveis cantões do planeta, a sorrir com esperança! 
Quero a loucura dos missionários que abandonam tudo no presente, certos de que levarão milhares a viver o futuro. 
Quem quer o socialismo frio do ateus? 
Eu quero o socialismo dos crentes que, em meio à marcha dos trabalhadores e, diante do impasse do confronto com as forças do estabelecido, grita ao megafone: companheiros, avancemos! Deus está do nosso lado! 
Da ciência não quero as equações, quero o grito de "Eureka!", onde o cálculo se mistura com a revelação. 
Da matemática quero a música, a certeza de que há sons no universo, que não só os podemos cantar, mas que há quem nos ouve. 
Que ouviremos a grande e última trombeta, que reunirá toda a criação para o canto da redenção. 
Eu não quero capitalismo nenhum, mas prefiro o dos seres humanos que acreditavam que o trabalho é um culto ao Criador e que o seu produto tinha de gerar um mercado a serviço do bem. 
Quem quer o capitalismo consumista dos ateus, que reduz a vida ao aqui e agora, e transforma todos em desesperados que, pensando que não sobrará para eles, correm para acumular para o nada? 
Os ateus dizem que evoluímos, mas que não vamos para lugar nenhum; que a ciência pode tudo; que verdade é a palavra dos vencedores; que os mais fortes sobreviverão, e que é o direito natural deles. 
Não! Mil vezes não! 
Quero o mundo onde os fracos tenham direito ao Reino; onde os mansos herdarão a terra; onde os que choram serão consolados; onde os que têm fome e sede de justiça serão fartos; onde os que crêem na justiça estejam prontos a morrer por ela; onde os mortos ressuscitarão. 
Quem quer um mundo explicado, onde tudo é virtude ou falha de um neuro-transmissor qualquer? 
Quero um mundo onde a fé , o amor e a paixão curem, mudem histórias e construam caminhos! Onde os artistas tenham o que registrar! 
Um mundo onde o sol nasça e se ponha, onde as estrelas, polvilhando o infinito, apontem um caminho, falem da esperança de uma grande e decisiva família, e que qualquer ser humano ao ver isso, não se envergonhe de falar: maravilha! Um Deus fez isto! 
Mas não quero a teologia técnica... 
Quero o Deus apaixonado dos cristãos, que abandona sua Glória e se faz gente, trazendo a divindade para a humanidade e, ressuscitado, ao voltar, leva a humanidade para a divindade! 
Quero o Deus inquieto de Israel, o pai dos judeus, com quem é possível lutar. 
Quero do Deus que se permite ser detido por um Jacó. 
Quero o Deus chorão de Jesus de Nazaré, que mesmo a gente tendo brigado com Ele, nunca conseguiu brigar conosco. 
O Deus Pai, Mãe e Filho que repartiu conosco o privilégio de ser! 
Quero o mundo do medo do desconhecido, e do maravilhar-se com o desconhecido: o mundo do encanto. 
Como disse o pai da filosofia moderna, o que se descobre ser ao pensar, precisa de um mundo para aterrissar, precisa que haja alguém que faça pensar valer a pena, alguém que, ao fim, é da onde se pensa, e se ele não existe, então nada existe, porque o que pensa não tem como pensar a partir de si. 
Quero o mundo que ri da finitude; que desdenha das limitações; que resiste ao sofrimento; que olha para o infinito sabendo que nossa existência não é determinada pela morte ou por nossas impossibilidades; que não somos frutos de um acidente. 
Quero mundo que se sustenta na fé de que ressuscitaremos, de que brilharemos como o sol ao meio dia; de que vale a pena lutar pelo bem; de que vale a pena existir!

Ariovaldo Ramos (Via Pavablog)

sábado, 14 de março de 2009

Rodrigo Santoro é um cara bacana e consciente


Olha o Rodrigo Santoro. Rico, famoso, em alta, bebe champanhe com os colegas em Hollywood e Cannes. Ele, claro, é mais um daqueles artistas bacanas, conscientes, solidários, então gasta o dinheirão que ganhou nos EUA comprando uma camisa do Che Guevara para desfilar na boemia carioca exibindo engajamento. Santoro sabe que teria sua fortuna confiscada por Guevara durante a revolução? Santoro sabe que, se reclamasse, Guevara o prenderia e provavelmente o mataria? Ah, pra que se ater a detalhes bobos? A camisa é tão bacana... Viva a lenda.

Veja aqui o babaca do Benicio Del Toro, colega do Santoro no filme do Che, mostrando profundo conhecimento a respeito do homem que interpreta durante uma entrevista à jornalista Marlen Gonzalez.

Atualizado às 23h06:
"Isso se chama 'fazer marketing pessoal com os cadáveres alheios'". Definição do Roger Prado, do Cafeinado.

Truque besta


Olavo de Carvalho

O sr. presidente da República mostra-se escandalizado, chocado, abalado até o fundo de seus sentimentos éticos mais nobres quando a Igreja discorda de sua singela opinião de que para proteger uma criança deve-se matar duas.

Se ele fosse ateu, budista ou membro da Seicho-no-Ie, tudo o que os católicos poderiam fazer diante de seu discurso abortista seria resmungar. Mas ao defender o aborto como dever moral ele insiste em enfatizar que o faz “como cristão e católico”, o que o enquadra, sem a mais mínima possibilidade de dúvida, na categoria dos heresiarcas. Heresia, para quem não sabe, não é qualquer doutrina adversa à da Igreja: é falsa doutrina católica vendida como católica – exatamente como o discurso presidencial contra Dom José Cardoso Sobrinho.

Mas, no fundo, isso não faz a menor diferença. Por seu apoio continuado e impenitente aos regimes e partidos comunistas, Lula já está excomungado latae sententiae faz muito tempo e não precisa ser excomungado de novo. A excomunhão latae sententiae, isto é, “em sentido amplo” decorre automaticamente de ações ou palavras, independentemente de sentença oficial e até mesmo de aviso ao excomungado. Na mesma categoria encontra-se a sra. Dilma Roussef. A presença de qualquer um desses dois num templo católico – quanto mais junto ao altar, na condição de co-celebrantes – é uma ofensa intolerável a todos os fiéis, e só o oportunismo de um clero corrupto até à medula explica que ela seja tolerada e até festejada entre sorrisos de subserviência abjeta. Neste caso, como em todos os similares, a covardia e a omissão não explicam tudo. Alguém manda nos covardes e omissos, e este alguém não é nada disso: é ousado e ativíssimo a serviço do comunismo.

Quanto ao exército inteiro dos que se fingem de indignados junto com o sr. presidente – e ainda o apóiam nesse paroxismo de hipocrisia que é o “Dia Nacional de Luta contra a Hipocrisia” –, seu papel no caso é dos mais evidentes. Os estupros de crianças, cujo número crescente escandaliza e choca a população, são constantemente alegados por essa gente como pretextos para debilitar a autoridade dos pais e submeter as famílias a controles governamentais cada vez mais invasivos. A ONU, os partidos de esquerda, a mídia iluminada, os educadores progressistas e uma infinidade de ONGs – as mesmas entidades que promoveram o feminismo, o divórcio, o gayzismo e todos os demais movimentos que destruíram a integridade das famílias – posam hoje como os heróicos defensores das crianças contra o risco permanente de ser estupradas por seus próprios pais. Toda a credibilidade dessas campanhas advém da ocultação sistemática de um dado estatístico inúmeras vezes comprovado: a quase totalidade dos casos de abuso sexual de crianças acontecem em casas de mães solteiras, cujo namorado – ou namorada – é o autor preferencial desse tipo de delitos. Na Inglaterra, os filhos de mães solteiras sofrem 73 vezes mais abusos fatais – e 33 vezes mais abusos sérios sem morte – do que as crianças criadas em famílias completas. Nos EUA, 55 por cento dos assassinatos de menores de idade acontecem em casas de mães solteiras. Raríssimos casos de abusos de menores acontecem em lares íntegros, com um pai e uma mãe regularmente casados. A presença de um pai é, hoje como sempre, a maior garantia de segurança física para as crianças. Aqueles que removeram esse pai, entregando as crianças à mercê dos amantes de suas mães, são diretamente culpados pela epidemia crescente de violência contra crianças, e são eles mesmos que tiram proveito dela, arrogando-se cada vez mais autoridade para solapar a da família constituída e colocar um número cada vez maior de crianças sob a guarda de assistentes sociais politicamente corretos.

A seqüência dialética é de uma nitidez impressionante. Tese: a pretexto de proteger mulheres e crianças, procede-se à demolição da autoridade paterna, bem como dos princípios morais que a sustentam; antítese: nas famílias desfeitas – surpresa! –, proliferam os estupros e a gravidez infantil; síntese: o aborto é elevado à categoria de obrigação moral, e em seu nome o Estado condena a religião como imoral e desumana e se autoconstitui em guia espiritual da sociedade.

Pensando bem, é um truque simples, até besta. Mas o tempo decorrido entre a tese e a síntese torna invisível a continuidade do processo aos olhos da multidão.

Fonte: Diário do Comércio, 10 de março de 2009

Divulgação: www.juliosevero.com