sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Casamento tem gôsto de beijo na boca


Se alguém mais antigo da igreja soubesse que no culto de sábado à noite seria celebrado o casamento do Tiaguinho diria que era "culto de milagres". Qual a moça que casaria com o "maluco" do Tiaguinho?
Carregava esta fama desde que chegou na igreja, na adolescência. Mas ele não era doido, apenas seu limite para o medo era mais longo que o da maioria. Talvez ele se sentisse na obrigação de fazer jus ao estilo "easy rider" do pai. Manejava bem as máquinas, empinava a moto, fazia trilha e alta velocidade era o seu andar normal, o que lhe valeu alguns adjetivos de bagunceiro, agitador, perturbador. Rótulos fazem tão mal quanto uma facada. Pior ainda se vier pela ausência do padrão de comportamento religioso estabelecido.
Comunicativo, sincero e amigo atraia a galera jovem. Era líder por simpatia. Mas ele queria mais significado do que a adrenalina da velocidade podia lhe dar. Queria Deus, sabia que precisava dEle. Deus veio a ele mudando seu interior sem mudar o seu estilo. Por causa disso poucos acreditaram; ele não entrara no "padrão".
Mas o tempo foi passando e a adolescência já não era. Um dia desabafou: - "Pô, pastor, meus amigos estão todos casando e eu sozinho, tô ficando para trás". Naquela hora descobri que eu também ainda o via como um adolescente. Com raiva da minha cegueira lhe disse, como uma promessa, que o seu tempo chegaria.
Acho que em pouco mais de uma ano, Kátia chegou na igreja. Cansada e sobrecarregada de si mesma queria Deus. Precisava dEle. Encontrou-o. Sua visão e suas prioridades mudaram. 
Kátia tem um sorriso de desarmar qualquer assaltante. Um dia, depois de uma palestra sobre casamento, me abordou no final: - "Ouvindo o sr. falar parece que casamento é tão bom, também quero. Como acontece"? Respondi: - "Espera em Deus, minha filha, é Ele quem promove estas coisas; sua hora vai chegar".
Para quem não sabe, esperar em Deus não é letargia, é uma dinâmica espiritual que exige uma certa atenção.
Enquanto o pecado fez com que Adão e Eva se escondessem um do outro, o perdão de Deus fez com que Tiago e Kátia se encontrassem. Não sei como tudo começou nem como se conheceram. Um dia os vi juntos e Tiago foi incisivo: - Pastorzão, é você que vai fazer o meu casamento.
Não era um convite; eu não era o único pastor da igreja, era uma intimação.
Quando se desentendiam ele vinha lá em casa; coração apertado, gostava dela... - "Pastorzão, não sei o que faço, quem que entende as mulheres"...
As diferenças entre os dois já estava causando a dolorida fusão em uma só carne.
Incrivelmente a natureza e a ciência diz que os opostos se atraem e os iguais se repelem. E o homem ainda insiste na pervertida e anti-natural atração e união homo.
Algumas vezes, sem saída, dei-lhe conselhos bem chauvinistas, pensando "ou ele ganha de vez essa menina ou parte pra outra": - "Te faz de difícil, Tiago, mulher gosta de ser paparicada mas não gosta de cara muito pegajoso, faz de conta que você não tá nem aí". 
Emotivo e sincero como ele é eu sabia que ele não conseguiria manter esse joguinho de sedução por muito tempo; mas logo eu os via juntos de novo, com um enorme sorriso de reconciliação na cara dos dois. Eu não sabia quem tinha cedido mas também não perguntava nada.
Amanhã celebrarei o casamento dos dois. Sei que apesar da aparente segurança que apresentam, por dentro estão morrendo de mêdo, mas eles têm esperança, pois são humildes o suficiente para aprender com os mais velhos e com o Espírito Santo.
O casamento é uma festa. Nenhum casamento pode ser realizado como uma cerimônia austera, como se fosse um fardo a ser carregado até que a morte os separe.
Casamento não pode ser realizado como algo convencional. Independente de ser o casamento do Tiaguinho, é um culto de milagres. O milagre da fusão do relacionamento está acontecendo ali.
Casamento é motivo de muita alegria; nem que seja a base de vinho. Por isso que faltou vinho e por isso que o primeiro milagre de Jesus foi realizado num casamento.
Aliás, para a igreja, tudo converge num casamento. Tudo está sendo preparado para as "Bodas do Cordeiro".
Casamento tem gôsto de beijo na boca.
Gôsto de "quero mais".

Pr Julio Soder


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

As armações do governo que o povo engole (1)

Ao participar do 3° Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, Lula critica “hipocrisia religiosa” em relação a temas ligados à educação sexual de crianças

Julio Severo

De acordo com o noticiário eletrônico G1, da Globo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontou a hipocrisia religiosa como uma das principais responsáveis pelos casos de abuso sexual infanto-juvenil.

Hum. Pastores e padres pregam que valorizam a família, mas têm a cara de pau de distribuir cartilhas pornográficas e livros didáticos pró-homossexualismo às crianças das igrejas. Eles dizem ter preocupação com o bem-estar das crianças, mas têm o descaramento de usar modelos de pênis de borracha para ensinar meninos e meninas das igrejas a usar camisinha. Sem mencionar que, dizendo-se totalmente contrários ao abuso sexual infantil, eles mandam instalar dentro das igrejas máquinas de camisinhas a fim de facilitar o acesso às crianças! Isso é ou não é hipocrisia?

Como é que o governo vai conseguir combater a exploração sexual das crianças quando padres e pastores incentivam meninos e meninas ao sexo?

Ops! Errei! Quem está fazendo isso não são os pastores e padres, mas sim os professores de escolas públicas. Talvez, assim como eu, Lula também tenha se enganado, confundindo igreja com escola pública.

Os pastores e padres não estão distribuindo camisinhas nem cartilhas pornográficas, pois não existe ordem de Deus para isso. Mas quando professores distribuem camisinhas e cartilhas pornográficas para crianças nas escolas, é porque existe uma ordem. Essa ordem vem do governo Lula. E essa ordem, que incentiva crianças ao sexo, contribui para a exploração sexual infantil. Nesse caso específico, essa exploração é perpetrada pelo próprio Estado.

A declaração de Lula atribuindo o abuso sexual infantil à “hipocrisia religiosa” ocorreu no dia 25 de novembro no 3° Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado no Rio de Janeiro.

No mesmo evento, onde participam delegações de vários países, a representante alemã Ekin Deligöz, do Partido Verde, declarou: “Tanto meninos quanto meninas são vítimas de abusos, embora em intensidades diferentes. Acredita-se que os meninos sejam três vezes mais vítimas de abusos que as meninas. Os delitos são praticados na grande maioria das vezes por homens”.

Assim como Lula, Deligöz é esquerdista. Se ela estiver correta em seus cálculos de um número maior de meninos abusados, então esse enorme problema é evidência do crescimento de estupros homossexuais, pois meninos são abusados exclusivamente por homens homossexuais.

Se o homossexualismo está provocando tantos abusos contra meninos, então por que Lula, em vez de jogar a culpa na “hipocrisia religiosa”, não assume a responsabilidade de seu governo que estimula a homossexualidade entre as crianças com a distribuição de livros didáticos pró-homossexualismo nas escolas e com a estranha tolerância com programas de TV igualmente favoráveis ao homossexualismo?

O Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e responsável direto pela implantação no Brasil do programa federal Brasil Sem Homofobia, esteve presente no 3° Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Apesar de que Vannuchi ouviu a esquerdista Ekin Deligöz dizer que um número grande de meninos é violentado por homens, o programa Brasil Sem Homofobia prossegue doutrinando crianças nas escolas no próprio comportamento homossexual que tem vitimado tantos meninos.

Portanto, Lula tem fundamento e razão para afirmar que o abuso sexual de crianças está ligado à “hipocrisia religiosa”? Ele não estaria mais correto se afirmasse que esse abuso está ligado à hipocrisia estatal? No entanto, ele não tem receio de fazer acusações falsas, com a maior cara de pau. E nenhum cristão tem coragem de confrontar a genuína hipocrisia dele, cujo governo incentiva o sexo entre crianças e promove o homossexualismo, e depois joga toda a culpa das conseqüências nos valores cristãos ou nas próprias famílias.

Dois alvos preferidos dos esquerdistas são a família e o Cristianismo. Um Estado socialista faz de tudo para enfraquecer e incriminar as famílias e os valores cristãos. O Estado quer assim assumir controle total sobre tudo e sobre todos.

Se não fosse pela oposição necessária de homens e mulheres guiados por valores cristãos, o governo sob possessão socialista traria não só camisinhas e cartilhas pornográficas às crianças de escolas públicas, mas efetivamente transformaria as escolas em motéis. Se a atual educação sexual do governo nas escolas não é abuso psicológico e sexual, então o que é? Onde está a hipocrisia, afinal?

Contudo, talvez Lula tenha razão. Existe muita hipocrisia religiosa no Brasil. Os cristãos dizem amar a Deus e sua Palavra, mas por amor a alianças políticas vendem a alma ao diabo, apoiando políticos esquerdistas que acabam não só contrariando os valores cristãos, mas até jogando sobre os cristãos a culpa pelas conseqüências imorais geradas pelo próprio liberalismo e esquerdismo.

Fonte: www.juliosevero.com

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Nada como uma boa perseguição


Toda crise, adversidade, tribulação e perseguição fazem muito bem a igreja. Essas coisas a despertam, fortalecem, purificam e a tornam dependente de Deus de fato.
Desde o Velho Testamento a história vem se repetindo. Toda vez que o povo de Deus era agraciado com paz com seus inimigos, prosperidade material e abundância, seu nível espiritual caía; dava lugar a idolatria e esquecia-se do seu Deus. Deus era obrigado a discipliná-los, levantando-lhes um inimigo ou tolhendo-lhes a colheita, para que se voltassem novamente para Ele e não se afundassem em seu pecado e se destruíssem. A prosperidade espiritual era infinitamente maior do que qualquer bênção material que eles pudessem ter.
O homem não sabe lidar com as bênçãos que Deus lhe dá. As facilidades e abundância de bens afetam sua natureza orgulhosa e tendem a levá-lo a substituir a dependência de Deus pela sensação de poder que as riquezas lhe dão. Elas lhe dão a ilusão de serem a provisão necessária para se auto-governar, assim como a provisão do conhecimento foi com Adão e a herança para o filho pródigo.
Com a igreja o princípio tem sido o mesmo. Quando os cristãos eram jogados aos leões na arena, em Roma, os crentes se multiplicavam como ratos pelos becos e guetos, confirmando o princípio enunciado por seu fundador: "Se o grão de trigo, caindo em terra, não morrer, fica só, mas se morrer produz muito fruto". Ela crescia não só numericamente mas em qualidade espiritual, em abnegação e renúncia, preferindo morrer a ser "politicamente correta". As conversões eram genuínas pois elas significavam, no mínimo, angariar a antipatia social. A igreja foi criada para ser diferente, informal, clandestina, revolucionária, nunca plenamente aceita por este mundo. Novamente a queda da igreja se estabeleceu quando as facilidades chegaram. O imperador Constantino tirou a igreja e o cristianismo da clandestinidade e obrigou a todos a aceitarem. Agora tínhamos verbas oficiais, poder político e liberdade. Foi a pior fase da história da igreja, conhecida como "a idade das trevas".
Depois dos altos e baixos da história, vemos hoje uma igreja irreconhecível quando analisada sob o propósito que o seu fundador a criou. A liberdade, sua pregação antropocêntrica, seu apêgo à prosperidade material e ao poder político e seu mundanismo levou-a a tal corrupção que ela não é mais relevante no mundo, pelo contrário, é escandalosamente hipócrita. Por isso o seu dono terá que peneirá-la, limpá-la e purificá-la com a crise culminando na perseguição.
A crise financeira abalará o mercado evangélico levando os "adoradores" a adorar de fato e ao vivo, pois a lucratividade da venda de CDs não será mais interessante. As "pseudo-conversões" de "artistas" para "brilhar" no nosso meio ficará mais rara e serão genuínas.
A perseguição começará de forma velada e tornar-se-á legitimada pela força da lei, impedindo a manifestação e pregação contra o pecado e suas formas sob a alegação de preconceito. Isto nos levará a parar de apenas pregar e nos fará voltar a viver o cristianismo.
As reuniões públicas em templos, pela fiscalização dos opositores da "gaystapo", deixará de ser conveniente nos levando a voltar a congregar nas casas, fortalecendo a comunhão e o partir do pão. Também sobrará mais dinheiro para assistência e missões pelo que deixará de ser gasto com a parafernália eletrônica do "louvor" e com a suntuosidade dos templos.
Quem pensa que a perseguição é um delírio de minha parte está vendo só o aqui e agora. Eu seria ingênuo se esperasse a aceitação da maioria. Além do mais não é necessário nenhuma revelação profética especial pois a Escritura mostra isso. Se você achar que Deus nos obriga a estar com Ele pelo domínio dos bens, eu digo que ainda é o último recurso que Ele tem e a única linguagem que a nossa natureza entende. Sem Ele nós nos destruiríamos. É isto que está acontecendo e irá acontecer fatalmente com a humanidade, pois ela é incompetente para se auto-governar. "We can" se Ele estiver mandando. Sem Ele é presunção e derrota.
Ser cristão será perigoso, mas um sentimento de clandestinidade, fé, cumplicidade e amor nos aproximarão. A insegurança e a brevidade desta vida trarão temor e dependência dEle aos nossos corações e nos levará a estar sempre atentos, aguardando com desusada expectativa a Sua vinda.
No livro de Atos há uma passagem que bem poderia ser descrita assim:
Alguns irmãos reunidos exultavam de alegria quando um irmão ainda desinformado chegou perguntando: - Que houve, irmãos, por que tanta festa? Conta a bênção!
- No...maior bênção irmão, tu nem imagina, maior honra! Glória a Deus!
- Conta, logo, tá me deixando curioso!
- Aleluia!!! Esta noite nós fomos presos e chicoteados por causa do nome do Senhor Jesus. Aleluuuuia!!! (coisa de louco, não?) At 5:40,41.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O cerco

O cerco está apertando.
Em nome da "tolerância religiosa",  leis estão sendo preparadas para abafar qualquer manifestação de princípios cristãos.
Declarações ateístas são recebidas efusivamente como uma "ode" à autenticidade e à libertação do jugo religioso.
A crise mundial prepara o terreno propiciando o surgimento de um salvador humano.
Os escândalos no meio cristão se multiplicam  e a imprensa, na razão dela, se delicia em divulgar.
Os intelectuais tem material de sobra para criticar os exageros e o analfabetismo espiritual do meio cristão, classificando-os de "medíocres" e preparando os humanistas a considerarem os cristãos como"inferiores" e "bitolados", a fim de desconsiderarem suas opiniões e conceitos (como se erudição fosse sinônimo de espiritualidade).
A apostasia é uma realidade; está até na moda abandonar o cristianismo e se tornar ateu, dá um "ibope". São vistos como "corajosos" e "livres".
No meio cristão alguns não frequentam mais as congregações; são "bons demais" para elas, estão "noutro nível". (Deveriam estar lá para semear aos outros o que alcançaram).
A perseguição física já é uma realidade na Ásia. Jesus já havia afirmado que aqueles que prendessem ou matassem cristãos, pensariam estar prestando um serviço a Deus.
Os sinais da natureza estão presentes de forma nunca vista antes.
Não pense que a igreja pode reverter este quadro. A batalha humana e moral já está perdida.
Tudo isto é para que se cumpra o que está predeterminado pelo Senhor nas Escrituras.
De que outra forma poderia vir o Senhor nos arrebatar senão em meio a perseguição e o caos?
Ele vive para nos salvar. Na cruz salvou-nos espiritualmente; agora nos salvará fisicamente.
Seremos sempre dependentes da Sua salvação.
Não venceremos de forma corporativa e não alcançaremos o mundo coletivamente, teremos que internalizar o evangelho e vivê-lo individualmente, amando, pregando e atuando no nosso raio de ação individual; de dentro para fora e não via instituição.
Como igreja falhamos; não há méritos em nós. Por isso entramos na vitória dEle. E mais uma vez Ele intervirá e nos levará para Si. Toda honra e glória é somente dEle.
Para o homem só sobra o dobrar-se, louvá-lo e adorá-lo.
Para todos nós que criticamos a igreja: Ela pode até ser, como em Oséias, uma rameira, mas Ele a ama e virá buscá-la e a levará para Si, para o Seu lar. Ele à salva porque a amou, por Sua misericórdia e graça e não por seu desempenho (coisa de louco, não?).
E você, que se acha tão bom, que em vez de chorar e corar de vergonha quando ela O trai e que se junta com a horda que joga-lhe bosta, manchando-a mais ainda, vai também, de carona, pois pertence a ela e não pode deixar de pertencer. Você vai também com ela, mas vai envergonhado, mudando o discurso no caminho antes de chegar em casa.

Pr Julio Soder

domingo, 16 de novembro de 2008

Alguém cale os evangélicos na TV

Alguém cale os evangélicos na TV

Não é de hoje que os evangélicos estão na TV. De programas de pregação, auditório, perguntas e respostas, clips musicais e entrevistas, tem de tudo na mídia e para todos os gostos e faixas etárias. Programas na imprensa dita secular e também na chamada “gospel”.
Sem alternativa, temos que ficar zapeando de canal em canal para achar alguma coisa evangélica na TV que preste. Quando não são os intermináveis testemunhos de vitória financeira via a igreja que tem mais poder do que as outras; são as campanhas do fogo santo, terra santa, envelope santo; ou o corredor dos 318 pastores; ou a lamentação de meia hora pedindo dinheiro e mostrando contas correntes nos mais diversos bancos para que o programa não saia do ar; ou a venda de produtos e mais produtos evangélicos que tomam quase uma hora da programação onde se pregou apenas 20 minutos de Palavra (e olhe lá), e por aí vai.
Mas o que mais me chateia é quando algum evangélico se aventura a responder ou a representar a fé em programas de TV seculares. Aí é a desgraça !
A maioria é chamada para cumprir a profecia de Andy Wharol , que todo mundo um dia teria seus 15 minutos de fama. Vão de terno e gravata, pomposos dos pés a cabeça e aparentam realmente que do alto de sua sabedoria são sabedores da sábia solução para todas as coisas.
O problema é quando abrem a boca. Meu Deus!! Só falam besteira.
Quando estão em seus púlpitos ou classes parecem tão senhores de si. Tão à vontade e donos da verdade!
Mas quando estão diante de uma câmera, parece que são destituídos de inteligência. Vejam as pérolas que já ouvi da boca de consagrados pastores, bispos, apóstolos, evangélicos na TV:
Resposta a uma pergunta se é correto dar o dízimo de um prêmio ganho na loteria
“É claro que é. Você já errou por ter jogado, agora vai errar novamente em não dar o dízimo aqui na igreja ?”
Explicação sobre o dízimo:
“O dízimo é algo que deve ser pago. Como uma conta de água e luz, o dízimo deve ser pago ao Senhor. Assim como você deve aos homens, você deve muito mais a Deus.”
Sobre política:
“O crente que quer ser bom crente, não pode se envolver em política. O político que quer ser bom político não pode se envolver em ser crente.”
Sobre filmes:
“O cinema é algo diabólico. Se um crente estiver no cinema quando Jesus voltar, ele não subirá pro céu”.
Sobre sexo:
“O varão só pode conhecer a varoa no dia do casamento, no escuro à noite mas só para reprodução.”
E a última, proferida essa semana da boca de um bispo político famoso de uma igreja não menos famosa:
“Se homossexual pode ser batizado na minha igreja. É claro que pode! Se o eunuco foi batizado por Felipe, porque que um homossexual não pode ser batizado ? A hora que você quiser, pode ir lá meu (sic) filho(a)”
Diante de tudo isso peço um favor: Se a censura voltar, que comece proibindo os evangélicos de estarem na TV, porque todos, sem exceção, estão prestando um desserviço a sociedade e ao reino de Deus principalmente.
Leandro Silva, no blog Cântico novo.

sábado, 15 de novembro de 2008

Reorientação sexual nas escolas

O Ministério da Educação, que está envolvido no programa federal Brasil Sem Homofobia, distribuirá livro que apresenta o homossexualismo como mais uma alternativa de vida. A iniciativa começará pelo Estado do Rio de Janeiro, onde cerca de 1.600 escolas estaduais receberão um material “educativo” sobre como valorizar a diversidade sexual dentro do ambiente escolar.


O livro “Diversidade Sexual na Escola”, de Alexandre Bortolini e publicado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), servirá como instrumento para os professores abordarem questões homossexuais em sala de aula. As questões tratadas abrangerão sexualidade, gênero, comportamento, religião, ética e violência.

O objetivo do Ministério da Educação ao distribuir o livro nas escolas é fazer com que educadores e alunos percam quaisquer visões contrárias ao comportamento sexual e se abram para uma nova perspectiva na questão da homossexualidade, travestilidade e transexualidade na escola.

O projeto, incluindo o livro, foi financiado pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). A distribuição será feita a partir de uma parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, conforme informações do site homossexual “Não Homofobia!”

O site “Não Homofobia!” tem como objetivo coletar apoio e assinaturas para a aprovação do PLC 122, que transforma em crime opiniões contrárias à agenda gay. Se aprovado, o PLC 122 transformará em criminoso qualquer pai ou mãe que se opuser à doutrinação homossexual de seus filhos em sala de aula. O simples fato de um pai ou mãe dizer para o filho que homossexualismo é pecado poderá resultar em conseqüências criminais como multas, prisão e perda da guarda dos filhos.

O controle da área da educação é uma reivindicação antiga do movimento homossexual. Com a doutrinação homossexual patrocinada pelo governo nas escolas, crianças e adolescentes serão sistematicamente treinados, sob a força da lei, a desafiar opiniões que não respeitam a agenda gay. Por sua vez, os pais terão cada vez menos liberdade de abrir a boca, sob o risco de serem denunciados como “homofóbicos” por qualquer mínima contrariedade ao homossexualismo.

Fonte: www.juliosevero.com

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Você sabe responder se...


Diante da influência do humanismo e da relativização, questionamento, reinterpretação e até negação dos princípios bíblicos, vejo a necessidade de ouvir o que as pessoas pensam a respeito de alguns assuntos que, até bem pouco tempo, eram princípios absolutos entre o povo cristão.
Proponho colher este material, na tentativa de observar os efeitos entre a separação de políticas públicas e leis civis das crenças de cada um. 
Não é muito fácil pois a influência de uma a outra chega a ser muitas vezes indefinível. Até alguns que exigem igualdade civil reinvindicam a mesma igualdade em questões de fé onde não há conciliação, pois afeta diretamente o direito de consciência de um ou outro grupo. Concordo com o estado em não ser conduzido por questões de fé, mas a recíproca também deve ser verdadeira, desde que não afetem os direitos fundamentais do ser humano; o que vai acabar fatalmente acontecendo, pois os direitos humanos estão mais exigentes a cada dia. Basta um grupo considerável discordar de um pensamento e votar uma lei que ele vira um direito humano imediatamente. Basta alguém se sentir perturbado por algum pensamento e lá vai "lobby" e campanha para tornar ilegal a opinião do outro, sem se preocupar com a liberdade de pensamento. O ser humano anda muito "sensível", não quer ser contrariado. Como diz Millôr: "livre pensar é só pensar", quer dizer, você pode até pensar desde que não divulgue. Será que a liberdade desemboca na censura?
Como as mudanças e adaptações do estado são mais rápidas e voltadas e votadas para atender os interesses humanos, existe muito maior probabilidade de a crença ser violentada pelo estado do que o contrário.
As poucas perguntas que apresento tem o objetivo de conhecer as diretrizes, critérios e a fonte que formam a cosmovisão ética e religiosa de cada um. Sinto-me incapaz de formular um número adequado de perguntas e com relevância suficiente para atigir esse objetivo. Detenho-me em algumas poucas questões que me parecem básicas para aqueles que tem uma cosmovisão cristã, mas aceito sugestões de perguntas que venham mapear com mais nitidez a questão e que serão inseridas neste artigo à medida que surgirem. Este é um artigo vivo, metamorfoseamente vivo.
As questões partem de pressupostos cristãos mas você pode discordar deles.

Perguntas; se você puder explique a resposta:

1- Todos os seres humanos são filhos de Deus?

2- Você acha viável um culto ecumênico?

3- Deus é o mesmo de todos? O que você acha de duas religiões que cultuam um deus com pensamentos fundamentalmente antagônicos um ao outro?

4- Todos os caminhos levam a Deus?

5- Você acha que não é o importante o quê uma pessoa crê desde que creia em alguma coisa?

6- Qual a fonte das informações que nortearam as suas respostas e o que você acha que dá autoridade à esta fonte?

Pr Julio Soder

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O véu foi rasgado


O poderoso significado do fato de o véu do templo ter sido rasgado ainda não foi compreendido adequadamente pelo povo de Deus. Este é um dos fatores da fraqueza e mediocridade espiritual no nosso meio. Muitos de nós ainda não sabem valorizar a sua liberdade, pelo contrário, têm medo dela.
Não crêem que podem valorizar as suas experiências diretas com Deus e que Ele pode revelar-lhes coisas maravilhosas sem ajuda de um intermediário. Assim continuam dependentes de alguém que lhes dê de comer e acabam sendo nutridos e moldados pelo menu da instituição ou pelo nível daqueles a quem se submetem para receber todo o ensino.
Lutero sacudiria a sepultura, se pudesse, ao saber o que foi feito do ensino do sacerdócio universal. 
Depender de Deus é deixar o Espírito Santo conduzir o ensino, o currículo, a velocidade de aprendizado e o tipo de lição, que fatalmente é particularizada a cada um pois só ele nos conhece e sabe o que precisamos receber.
Ao depender de intermediários humanos oficiais e da instituição para o seu crescimento, a pessoa acaba restringindo sua vida espiritual às atividades da igreja e na igreja (reunião), excluindo o ensino e a comunhão que Deus tem para lhe dar em todos os momentos de consciência e em todas as situações, tornando-se um indolente mental e espiritual, que só recebe alimento pronto. Não sabe mais pensar, nem meditar e nem tem base para questionar. Vive a repetir os velhos chavões que nem mesmo acredita mais, mas não ousa falar com medo que Deus possa ouvir. Não cresceu na graça e ainda pensa que pode agradar a Deus pelo seu desempenho. Pobre e miserável filho, perdido dentro de casa.
Além disso essa dependência humana desgasta os pastores e líderes e pode criar um ambiente favorável à formação de ídolos e celebridades. Se o povo de Deus comesse bíblia, doutrinas como a da prosperidade e outra bizarrices não achariam lugar no nosso meio e cozinheiros médios (pregadores) não seriam as celebridades que são.
Não que possamos aprender tudo sozinho pois Deus usa o Seu corpo e seus dons espalhados entre seus membros para edificação mútua, numa rede de relacionamentos e trocas de amor e informações indo e vindo de forma intensa como o sangue pelo corpo.
Continuo sendo contrário ao ingresso em seminários, de pessoas sem a devida maturidade espiritual e sem um bom conhecimento bíblico e espiritual prévio. Antes de ouvir do seminário as pessoas tem que ouvir de Deus diretamente, da Sua palavra nas suas meditações e em tudo o que Deus proporciona para que tenha segurança e convicções no exercício do ministério. Muitas vezes o aluno se dá por satisfeito com a exploração limitada do assunto que a instituição fornece e, sem entender o apelo do Espírito no seu íntimo, continua carente de conhecimento e vida.
Nunca dependi somente do ensino regular fornecido pela minha igreja. Comi sempre que tinha fome e esfomeado buscava mais, aqui e ali, vivendo , orando, lendo, chorando, de biblia , do Espírito, de outros irmãos, e de tudo o que Deus movimentava ao seu redor. Questionava, testava, comparava e hoje é impossível não ouvir Deus falar em tudo.
Nossas igrejas acabam se tornando grandes berçários, abarrotadas de pessoas ávidas por receber comida na boca, quando já deveriam ser mestres atendendo ao tempo decorrido. Um povo enfastiado que, por preguiça, não prepara a própria comida sob a orientação do maitre celestial e vai correndo comer o fácil e barato marmitex.
Os pastores são pressionados a ter sempre comida quentinha, "diferente" e enfeitada com novidades (Maná, de novo, nem pensar), bem temperada, para um povo chorão, exigente e birrento, que ameaça ir embora se não tiver sorvete.
No deserto, Josué foi denunciar a Moisés que muitos estavam profetizando a revelia dele. Moisés respondeu: Tens ciúmes por mim? Tomara todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o Seu Espírito!
"Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia e adultos no entendimento". *
"para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro".*
"Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem mas também o mal". *
* I Co 14.20, Ef 4.14, Heb 5.14.

Pr Julio Soder

domingo, 9 de novembro de 2008

A internet é um dom de Deus.


Querer atribuir a Deus algo que Ele mesmo não se tenha atribuido seria presunção. Tem tanta gente querendo colocar tanta coisa na boca de Deus que eu já ando "vacinado". Como pastor, acostumado a ver gente querendo justificar as suas decisões, ouço tantos "Deus me falou" e "Deus me disse" que antigamente eu rapidamente vasculhava mentalmente a Bíblia para saber se pelo menos a afirmação combinava com o caráter de Deus. Hoje, não sei se pela força do hábito ou pela leitura bíblica e sem precisar de muito discernimento espiritual, dá para perceber que a grande maioria das afirmações combinam mais com o caráter do profeta.
Ao ouvir esta semana a afirmação que compõe o título deste artigo, achei que seria interessante examiná-la biblicamente, sem atentar muito para a paráfrase histórica.
Não sou um mestre (dom), não consultei ninguém, apenas apelei para um instinto bereano (que muitos chamam de fundamentalismo) que é muito útil em meio a tantas bizarrices do meio cristão. Sei também da facilidade que a natureza humana tem de analisar as coisas com a sua mente carnal a fim de atender a seus interesses. É o que se tem visto sendo pregado descaradamente em muitos púlpitos.
Também não proponho nenhum tratado sobre o assunto, nem sequer uma idéia consistente e final, pelo contrário, esta é uma semente de idéia que lancei entre os jovens da minha igreja no sábado à noite, e que espero que nasça e cresça no compartilhamento entre eles e todos que acessam e acessarão esse blog. A ordem é não reter, ponha tudo na mesa, o aprendizado e a ministração são comunitários.
Algumas considerações que apresentei aos jovens, coloco-as aqui:
- No maior e mais claro anúncio de Deus referindo-se a uma nova aliança traz acoplada a universalidade do conhecimento de Deus - "Todos me conhecerão" - Jr 31.31-34.
Isto exclui a existência de intermediários oficiais, detentores exclusivos do conhecimento, como sumo-sacerdotes e escribas - (sacerdócio universal - o maior expoente da igreja reformada). Quando Jesus chegou, encontrou uma classe detentora e monopolizadora do conhecimento, e que manipulava o povo com o intuito de manter-se em suas cômodas posições sociais (e financeiras) ensinando apenas o que lhe era conveniente. Jesus abriu o site todo e mostrou o provedor. A "casa caiu". Resolveram matá-lo.
- A socialização ou democratização do conhecimento. No período apostólico, com a presença do Espírito Santo dando acesso ilimitado ao Pai, em alta velocidade, obras aconteciam em vários lugares ao mesmo tempo e tudo era compartilhado, gratuitamente, desde cartas apostólicas lidas em todas as igrejas e chegadas até nós hoje, bem como de todas as coisas. Ausência de egoísmo, de avareza, de domínio, de monopólio. Quem tentou comprar o know how para dominar se deu mal (Simão, o mago, que o diga). At 2:42-47 e 4:32-35 - Foi o período mais lindo, intenso e frenético da igreja. Onde o melhor dos dons espirituais e das virtudes cristãs foram manifestadas.
- Com a institucionalização da igreja, o retorno ao monopólio acabou acontecendo e se fortalecendo legalmente com a "infalibilidade papal", a interpretação "oficial" e outras aberrações que acompanharam esta mentalidade, levando a igreja a mergulhar num vergonhoso período conhecido como "idade das trevas", tempo das maiores heresias e injustiças cometidos pela igreja.
- A reforma protestante deve tanto a Gutemberg quanto a Lutero. Lutero tinha a informação e Gutemberg o provedor. A imprensa era a internet da época; entendimento que resultou na brilhante paráfrase feita por Pavarini no programa Hora Brasil de semana passada, título deste artigo.
- A igreja deveria ser uma zona de contínua reforma pois novamente alguns líderes estão querendo se assenhorar da igreja, aproveitando-se de suas posições de comunicadores e de sua autoridade eclesiástica e disseminando conceitos e teologias questionáveis a fim de se perpetuarem no poder e na riqueza. A doutrina da prosperidade só cabe na cabeça de quem não tem conhecimento bíblico ou que se deixa persuadir pelo seu (ídolo) líder, o "ungido de Deus", o que nos remete de volta à "infalibilidade papal". Mas a internet está aí; a voz que pode questionar e se fazer ouvir. Só isto já me leva, como líder, a crescer e me aperfeiçoar para atender as necessidades e demandas de um povo que fui chamado a cuidar com qualidade.
- Deus também disse a Daniel, que no fim dos tempos (que creio estar dentro, sem profetada de data), "o saber se multiplicará"- Dn 12:4. Receber de uma fonte direcionada é como tomar banho de chuveiro; receber de todo o Corpo é como mergulhar num rio. Deus já havia dado a dica há milhares de anos. O mundo só esta descobrindo agora, e antes que a gente. E ele ainda nem vai usufruir satisfatoriamente. Seu tempo é curto e, sem Deus, o proveito, por mais que seja o mundo inteiro, é inferior a uma alma.
- Tenho outras coisas a acrescentar, que poderão ser talvez descartadas, quando ouvir o que os outros tem para compartilhar. Creio ser este um post comunitário.
A semente foi lançada. Quem quer regar?

Pr Julio Soder,...



sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Compartilhar é perder poder?

É interessante isso, pois toda vez que participo de algum debate, curso, palestra…sempre aprendo algo na interação.

Antigamente, tínhamos uma realidade diferente.

Quem detinha a informação, tinha o poder e não compartilhando aumentava o seu domínio sobre determinada área ou assunto.

A informação, de certa forma, não circulava e você passava a ter um valor acumulado, colocando-a dentro de uma gaveta, da qual você tinha a chave bem guardada no fundo do bolso.

Hoje, há um ambiente distinto.

A informação deixou de estar trancada. Há um fluxo constante e cada vez mais rápido.

O problema se inverteu.

Não é mais o fato de se ter a informação que traz o poder, mas como eu consigo com o que sei, “pescar” o que existe na rede, juntar com o que tenho e transformar aquilo em algo útil para o que está a meu redor.

Ou seja, a visão antiga de colocar na gaveta, pelo contrário, ao invés de ser um símbolo de poder, é uma perda de status, pois rapidamente aquela informação tende a perder cada vez mais o valor.

Compartilhar e estar no centro do compartilhamento, nos leva não mais a perder, mas ganhar o tempo todo, no ritmo que a rede exige, ou seja, up-to-date com o processo, se me permitem usar o inglês.

Dessa maneira, a questão sobre otário ou calaborador, se aprofunda aqui do artigo passado. Pois, na verdade, o colaborador inteligente é aquele que está o tempo todo colocando o seu conhecimento à prova e evoluindo-o com o que há de mais novo naquele campo, não deixando que aquilo que ele sabe perca o valor.

No ato de compartilhar, percebo algumas vantagens, que vou listar aqui e pode ser complementado pelos comentários.

1) saber o que as pessoas que estão tomando contato com o tema abordado pela primeira vez pensam sobre o assunto, o que poderia nos mostrar um certo senso comum, o que nos ajuda nas próximas vezes a calibrar o discurso;

2) as pessoas trazem problemas novos, questões que a inquietam sobre aquele tema que não tínhamos, a princípio, pensando que nos obriga a ver a questão sobre um outro ponto de necessidade;

3) novas informações e dados sobre algo que ainda não sabemos;

4) pontos de vista distintos sobre a maneira de abordar o problema;

5) poder de articulação de idéias e de novos pensadores que nos tiram do nosso eixo.

Portanto, quando você traz uma idéia, você compartilha, na verdade, você soma, como estamos fazendo aqui agora. Não é 1 - 1, mas 1 + 1. Por isso, que estou convencido que a idéia antiga de que eu não devo compartilhar ou colaborar, pois estarei perdendo poder, se inverteu hoje.

Poderia responder agora ao Henrique Antoun de forma mais contundente a questão do artigo passado: colaborador ou otário?.

No fundo, o otário é quem tem uma visão antiga sobre o guardar para si a informação.

Diria que existem, talvez, dois tipos de colaboradores. O ingênuo que percebe a necessidade de colaborar, mas ainda não encontrou o lugar certo. E o mais malandro que já passou pelas duas fases e encontro a sua turma e está fortalecido pela inteligência coletiva.

Que acham?

Fonte: cnepomuceno

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Entrevista: Internet e suas implicações sociais


Na noite de ontem, no canal 21, aconteceu o programa Hora Brasil. O tema debatido foi a Internet, suas utilizações e implicações sociais.
O entrevistador, Pr Ronaldo Didini, tinha como convidados o consultor Volney Faustini, o editor Whaner Endo, o jornalista Sérgio Pavarini e o Pr Silas Malafaia.
Desde que tomei conhecimento das idéias dos três primeiros a respeito da mediocridade reinante no meio do povo cristão, eu discordava de muitos aspectos e ainda discordo de alguns. Achava eu que havia certa generalização, pondo-nos a todos, principalmente pastores, no mesmo saco. Mas assistindo o programa de ontem deu para concluir que, se não estamos todos no mesmo saco, esse saco está grande demais.
Apesar de, no meu entendimento, o saldo ter sido positivo, o programa poderia abordar questões mais pertinentes ao assunto. O Volney Faustini ainda consegiu falar um pouco e de forma cuidadosa e equilibrada sobre a necessidade de diálogo entre pais e filhos e de uma boa estrutura familiar para evitar o mau uso da Internet.
Parece que o clima, que estava armado, para detonar a Internet, dilui-se. Com o que se estava querendo provar acabaríamos culpando Deus por ter colocado o provedor do conhecimento do bem e do mal no jardim do Éden, responsabilizando-o pelo pecado.
Whaner Endo não foi nem de longe explorado no que sabia e foi limitado a falar um pouco de dispositivos de operação da Internet.
O pastor Silas Malafaia foi o que mais falou mantendo a tônica evangélica e pela entonação tem "cacoete de púlpito". 
Sérgio Pavarini, também pouco falou mas foi categórico e conciso, aproveitando bem as oportunidades.
Os participantes via e-mail foram na sua maioria, com exceções, bem pouco objetivos e relevantes. Pela natureza das perguntas e opiniões fiquei pensando, em dado momento do programa, que ali poderia virar uma sessão de aconselhamento pastoral.
Mas o grande destaque e estrela do programa foi o entrevistador. Ele matou grande parte do tempo do programa falando muito, respondendo ele mesmo as questões que deveriam ser dirigidas aos convidados. Acho que o entrevistador sofre de problemas de auto afirmação. Falou muito de si mesmo e entrevistou a si mesmo. Síndrome de Jô Soares.
Numa de suas falas, Sérgio Pavarini expressou com muita clareza, que a Internet está proporcionando uma democratização da voz, possibilitando questionamentos e levando os detentores do monopólio da comunicação (expressão minha) a pensar e evoluir, pois ninguém mais engole qualquer coisa.
Com toda a certeza os comunicadores há muito estabelecidos têm resistido às novas vozes questionadoras da Internet. Estão percebendo que estão prestes a perder o poder da última palavra. Há mais gente que pensa e eles sentem-se intelectualmente ameaçados. Nessa democratização da voz todos têm direito de opinar e de ter a sua opinião, pelo menos, respeitada. É uma faca de dois gumes: "Quem diz o que quer ouve o que não quer".
Já tenho sentido na pele o preço por manifestar o que penso. O povo ainda não sabe lidar com opiniões contrárias. Acaba levando para o lado pessoal e aí surgem as ofensas. Mas se alguém quiser me xingar, fique à vontade, pois ninguém pode me rebaixar mais do que a própria cruz já me rebaixou.
Só não posso dizer que sou o pior dos pecadores pois não estou buscando troféu...nem de pecador- mor. Os rankings, tanto positivos como negativos, são evidência de vaidade.
Apesar da minha visão do programa ter tantos aspectos negativos foi um bom começo. Temos um longo caminho a percorrer.

Pr Julio Soder


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O pior cego é o que não quer ver



A corrupção e a perversidade humana chegaram a um nível que ultrapassaram as soluções humanas. Basta dar uma olhada ao redor. Não precisa ser muito inteligente e nem de uma revelação especial para perceber que os sinais escatológicos estão se cumprindo de maneira muito precisa.
Mas há no meio do povo de Deus um ufanismo que não encontra respaldo bíblico.
As doutrinas da prosperidade, do sucesso e da realização pessoal tem anestesiado o povo de Deus para a verdade, de tal forma, que ele tem ignorado a proximidade do juízo.
O meio cristão está repleto de mercadores e aliciadores que, de forma interesseira, vêm prometendo boa vida ao povo, que se assemelham aos falsos profetas no tempo da invasão babilônica a Israel.
Hoje nós reverenciamos os nomes de Isaías e Jeremias. Mas no tempo em que eles exerceram seus ministérios, eram vozes solitárias a advertir o povo a respeito do juízo de Deus sobre a nação.
Hoje da mesma forma, todo aquele que, contrariando a pregação de um grande avivamento mundial, prega o juízo, é considerado pessimista, desmancha prazeres e sem esperança.
Talvez alguém possa argumentar que diante de tantas injustiças, mazelas e necessidades humanas, falar de juízo seria contradizer o aspecto gracioso e misericordioso de Deus. Mas isto seria querer sugerir que Deus é "injusto", uma concepção muito humanista a respeito dEle; apesar de Sua palavra afirmar que todo homem é indesculpável. Vê-se, hoje, um conceito em voga, advindo da psicologia, que além de, corretamente, entender as fraquezas humanas, tenta justificar e minimizar o pecado e suas consequências, tratando-as de "paradoxos". Nessa tendência vale tudo e todo aquele que apresenta uma solução bíblica e simples para o pecado, denominada de "clichê", é taxado de medíocre. Por isso o estilo pastoral mais apreciado do momento é o do "Pr Emo".
Não se trata de legalismo ou de domínio pelo medo, mas o juízo é necessário e terapêutico. Se, como diz a Escritura, nem a convicção do pecado e nem a convicção da justiça funcionarem, o Espírito Santo ainda tem, como último recurso, a convicção do juízo para tentar levar o homem ao arrependimento. Exatamente como alguém age com um filho tentando evitar um mal maior.
Isto de forma alguma contradiz a graça e a misericórdia de Deus, pelo contrário, o juízo glorificará a Deus e eliminará todo o pecado, a fim de nos fazer entrar naquele estado de santidade e perfeição que todos desejamos.
Se há um tempo em que o juízo está em sincronia com as circunstâncias descritas nas Escrituras, esse é o tempo.
A maldade se superou, transcendeu; está além de qualquer solução humana, política ou financeira.
"Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós..." Jr 29:8,9.
Em contra-partida a atitude do povo de Deus não pode ser isolacionista - "Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim" Mt 24:46.
Cuidado com os pregadores do sucesso que omitem o pecado, a justiça e o juízo.
O pior cego é aquele que não quer ver.

Pr Julio Soder