terça-feira, 14 de outubro de 2008

Futebol no Reino


Acabei de ler uma noticia de um assalto com a participação de dois ex-pastores.
Não é de se estranhar pois os escândalos envolvendo pastores, líderes e igrejas evangélicas já virou lugar comum.
Mas o mais interessante é o "frissom", um grito de gol, da torcida de um dos lados de uma situação que, há muito, já está polarizada.
De um lado temos os conservadores; composto de adoradores da estrutura e da instituição, assentados sobre regras legalistas e autoridade instituída, dizem, por Deus.
Do outro lado temos os liberais; composto daqueles que rejeitam qualquer coisa estabelecida.
Os conservadores sentem-se muito confortáveis na sua posição. Cumprem a sua "obrigação" atendendo ao regulamento; assim não precisam pensar muito e nem investir tempo e quebrantamento tentando ouvir a voz de Deus aplicável para aquele momento ou situação. Também não correm o perigo de sentirem inadequados diante de situações que não podem explicar e nem sabem o que fazer.
Isto dá a eles o controle da própria vida (essência do pecado). Quem não se adapta ao seu sistema é taxado de rebelde e excluído do grupo. São os fariseus modernos.
Os liberais festejam com o seu grito de "liberdade"! Rejeitam toda espécie de instituição e autoridade humana. Vivem o seu "tudo é lícito", independentemente se convém ou não. Não precisam de igreja nem de pastor. São o seu próprio padrão (essência do pecado). Seu subjetivismo chega quase as raias do antinomismo. São os saduceus modernos.
No momento em que leio a noticia do assalto com a participação de dois ex-pastores, a torcida dos liberais explode. Grito há muito reprimido pois já estiveram do outro lado. Gol com sabor de vingança. Já foram saco de pancada dos conservadores.
Vantagem no placar para os liberais.
Torcida conservadora calada e com raiva. Alguns se perguntam se deveriam trocar o goleiro ou mudar de time.
Os comentaristas de plantão (teólogos) dão as suas opiniões e fórmulas para equilibrar o jogo, como sempre. Também nunca jogaram ou foram técnicos.
Mas há uma outra torcida no estádio.
Ela está tentando entender o jogo. Não sabe pra que lado torcer; só sabe que foi convidada para esta "festa", disseram, e é ali que deve estar.
Olhando esta e desta torcida hoje consigo entender a expressão "ficar em cima do muro".
Apesar das incertezas, os olhos desta torcida passeiam pelo estádio a perguntar:
"Quando é que Jesus vai entrar em campo?".

Um comentário:

Will disse...

opa, não gosto de categorias e rótulos!!!

Sou apenas Discípulo DELE!

abs.