sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Direitos das crianças: O que a ONU e o Estado fazem para controlar as famílias


Julio Severo

As imposições do Estado brasileiro sobre a família baseiam-se principalmente no Estatuto da Criança e do Adolescente, documento criado para atender às exigências da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança. Essa Convenção, aprovada em 20 de novembro de 1989, foi lamentavelmente assinada pelo governo brasileiro.

Para as famílias, quais são as desvantagens da Convenção sobre os Direitos da Criança?

A Convenção impõe limitações rigorosas no direito de um pai ou mãe dirigir e treinar seus filhos.

Os pais correm o risco de sofrer processos por qualquer tentativa de impedir que seus filhos se envolvam com filmes ou atividades que eles considerem impróprios.

O artigo 14 da Convenção determina que as crianças têm a garantia de “liberdade de pensamento, consciência e religião”, indicando que a ONU atribui às crianças o direito legal de se opor aos esforços dos pais de lhes dar uma criação cristã. Além disso, o artigo 15 assegura às crianças o direito de “livre associação”, isto é, independente da vontade dos pais e até mesmo contrariando a vontade deles, os filhos podem se envolver com quem quiserem. O único que tem o direito de interferir é o Estado. Quando a ONU conseguir fortalecer a Convenção em nível mundial, os pais poderão ser proibidos de impedir seus filhos de se associar com amizades que eles considerem censuráveis.

Em 1995, a ONU repreendeu a Grã-Bretanha porque, em violação à Convenção, “dava aos pais permissão de remover os filhos de aulas de educação sexual nas escolas públicas sem consultar as crianças”.

Por causa da pressão de grupos evangélicos, o governo americano até hoje não assinou a Convenção sobre os Direitos das Crianças, de modo que nos EUA as responsabilidades e direitos das famílias não foram completamente anulados pela subordinação dos interesses das famílias aos interesses do Estado e da ONU. Os líderes evangélicos americanos então demonstraram muito mais inteligência do que os líderes evangélicos do Brasil, que nem mesmo chegaram a perceber o que estava acontecendo quando o presidente Fernando Collor assinou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 13 de julho de 1990, com o objetivo exclusivo de implantar no Brasil as normas da Convenção sobre os Direitos das Crianças.

Collor, que sofreu impeachment por corrupção, conseguiu, antes de sair do governo, subordinar o Brasil aos interesses da ONU e, conseqüentemente, subordinar mais ainda os direitos da família brasileira aos interesses estatais.

Enquanto muitos líderes evangélicos do Brasil estão envolvidos num “evangelho” social que os torna meros robôs da ideologia socialista e os deixa inúteis e cegos para tudo o que é realmente importante do ponto de vista legitimamente bíblico, líderes evangélicos dos EUA lutam, de modo corajoso e quase solitário, contra as agressões às famílias que as políticas da ONU representam.

O verdadeiro Evangelho social leva Jesus, não o socialismo, para a sociedade. Inspira e fortalece na sociedade os valores imutáveis da Palavra de Deus, não as idéias do satanista Karl Marx.

Por amor a esse Evangelho e ao futuro e bem-estar de suas próprias famílias, os evangélicos do Brasil, sejam líderes ou não, deveriam também entrar na luta contra o Governo Mundial que está se levantando no horizonte para arruinar tudo o que ainda resta de bom, justo e certo entre nós.

Afinal, por que deixar os evangélicos americanos lutarem sozinhos por uma causa que é importante para todas as famílias do mundo inteiro?

1 comentários:

Paulo Ceroll disse...

Prezado Julio Severo:
1. Enquanto lia este artigo lembrei-me de uma programação da televisão americana voltada para o “socorro” de famílias que têm crianças, cujos pais perderam o controle sobre seus próprios filhos. A versão brasileira foi apresentada pelo canal de TV aberta SBT.
2. Ao assistir um desses programas fiquei impressionado, não tanto com a eficiência das “babás”, mas com a frouxidão e, o patente despreparo, dos pais. Há apenas uma geração, uns quarenta anos, estas coisas não se viam!... 
3. As crianças (desses programas) eram submetidas (na minha opinião) a uma espécie de adestramento; e, porque crianças não são animais..., eu ficava imaginando quanto tempo durariam aquelas mudanças? Que valores haviam sido incutidos em suas “cabecinhas” em tão pouco tempo, que pudessem servir-lhes para o futuro, quando percebessem que haviam deixado de ser “atração”, quando não mais fossem “recompensadas” de alguma maneira? 
4. Realmente, a questão é forte. Todavia mais forte e triste é saber que todos os dias um sem número desses seres humanos estão sendo corrompidos e/ou castigados (mortos), pela sociedade, porque os pais se recusaram a usar da autoridade delegada por Deus para obrigá-los a cumprir ordens, a não ultrapassar limites, a respeitar a autoridade. 
5. Crianças não são “anjos”. São seres humanos com todo potencial para a maldade, como qualquer ser humano adulto (“Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra for pura e reta.” - Provérbios 20:11). Elas “fazem” suas escolhas pessoais muito antes dos próprios pais serem capazes de perceber. Portanto, necessitam aprender sobre os valores morais e espirituais absolutos, necessitam de bons exemplos de conduta ética e de abundantes estímulos para seguir, para se nortearem: o castigo físico também tem esta função como foi demonstrado, agora pela Ciência!. 
6. “A estultícia [insensatez, estupidez, grosseria] está ligada ao coração do menino, mas a vara da correção a afugentará dele.” - Provérbios 22:15.
7. Para finalizar e mostrar que A FALTA de entendimento e disposição para aplicar o castigo físico como autoriza a Bíblia, não é “privilégio” só de descrentes, vou citar alguns casos reais, que justificam a nossa preocupação com o assunto:
8. O primeiro, de uma mãe que ameaçou queixar-se à polícia contra o próprio marido porque ele “atreveu-se” (a quebrar esse paradigma “moderninho”) e deu uma única palmada na própria filha, reconhecidamente, mal-criada .
9. O segundo caso, é de um jovem casal que, passivamente, sofre a interferência da sogra, na educação do filho. A “véia” se opõe abertamente a qualquer tipo de castigo físico ao seu netinho, chegando ao cúmulo de desautorizar os pais (na frente do filho).
10. O terceiro caso é dramático, é o fim da linha: o de um marmanjo de quase 30 anos, que pelo fato de nunca ter levado umas boas, santas e justas palmadas (sempre protegido pela mãe), de uns tempos para cá ameaça fisicamente o próprio pai... 
11. Detalhes: todos os casos acima são de pais que tiveram uma educação tradicional; dizem-se “cristãos”; têm acesso a informação de qualidade; possuem um bom poder aquisitivo; etc, mas que “tomaram a decisão” de adotar conceitos modernos e antibíblicos na criação dos filhos e rejeitar as recomendações bíblicas. 
12. Freqüentemente, esses pais são ouvidos “suplicando” aos seus filhos que se comportem ou “pagando o maior mico” em público. São uns verdadeiros “PAInacas”!... 
13. É justo dizer que crianças que vivem o contexto acima não manifestam qualquer traço da má-criação até serem contrariadas. Ou até que seus “PAIlhaços” deixem de agradar-lhes. É uma vergonha!
14. É interessante o que diz a Bíblia profeticamente sobre o relacionamento entre pais e filhos, nos “últimos dias” que antecedem a Segunda Volta de Jesus Cristo: 
15. “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, DESOBEDIENTES A PAIS E MÃES, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” (2 Timóteo 3.1-5)
16. A causa dessa rebelião não é só a ação de demônios. Todos os pais instruídos nas Escrituras judaico-cristãs sabem como DEUS ama a família humana e como são rigorosos os Seus mandamentos para preservar a família e a relação entre pais e filhos. Contudo isso, há pais que desprezam as instruções d´Aquele que é o fabricante de seres humanos: que sabe bem o que é o ser humano, pecador deste o nascimento (Salmos 51.5). 
17. Verdadeiramente, o espírito do “anticristo” está trabalhando no sentido de anular a autoridade dos pais sobre os filhos, a fim de que ele os adote. E, mais, uma vez é o governo de nosso país, que está patrocinando isso.

Fonte: Blog Julio Severo

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