quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Filho tem que torcer para o time do pai


Aprendi a ser colorado com meu pai. Torcer para o Inter me faz lembrar dele. Moravámos numa região de descendentes de alemães e italianos, de maioria gremista, e o Inter era e é o time da "massa". A rivalidade no Rio Grande do Sul talvez seja a mais acirrada do futebol do Brasil.
Por isso é muito importante para o menino que começa a se entender por gente e torcer, que o time do seu coração ganhe títulos. Foi o que aconteceu no meu caso.
Na infância, depois de ver o Inter vencer o título estadual por seis vezes seguidas, acompanhei na adolescência a conquista de três títulos de campeão brasileiro. O Inter tinha o respeito nacional.
Depois da minha conversão eu só pensava em pregar a palavra de Deus e não quis expor os meus filhos ao que, na minha imaturidade espiritual, era considerado "mundano".
Mas o que eu me abstive de influenciar outros influenciaram, e quando dei por mim a Maita, a primogênita, era (Argh!) corintiana. Logo após o Lucas, o segundo, por influência de um amigo (cuidado com os amigos) tornou-se palmeirense. Fiquei um pouco decepcionado mas quieto, afinal eu havia me omitido.
Mas quando o Mateus, o caçula, começou a torcer pelo Corinthians eu não aguentei. Era muito pra minha cabeça ter dois corintianos em casa e a minha esposa já era uma ex-corintiana, convertida ao Inter por livre e espontâneo amor ao marido.
Resolvi intervir e comecei a mostrar ao Mateus as glórias do Inter e seus títulos, apelei para o passado, falei de Figueroa e Falcão, melhores do mundo de suas épocas.
Acho que é mais fácil ganhar alguém para Cristo do que convertê-lo de um time para o outro, mas o Inter estava com um bom time na época e disse a ele que se o Inter fosse campeão mundial eu lhe daria uma camisa oficial do Inter (presente caro para quem era missionário e vivia de ofertas).
De lá para cá, depois do vice brasileiro de 2005 (título roubado do Inter e comprado pelo Kia) o Inter foi campeão da Libertadores, campeão do mundo, campeão da Recopa e agora, campeão da Sul Americana, mais os títulos estaduais e um torneio internacional em Dubai. Na final do mundial, contra o Barcelona, domingo pela manhã, eu no culto e ele em casa assistindo a partida e me avisando com mensagens pelo celular. Que pecado, diriam os mais fariseus! Dei-lhe a camisa com o número do Alexandre Pato, o xodó da época.
Hoje o INTER contra o São Paulo classificou mais uma vez para ir para o Mundial em Dubai!
Valeu COLORADO!!! Dá-lhe INTER!!!



INTER! La América és colorada!!!

Pr Julio Soder

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