quinta-feira, 16 de abril de 2009

Entre Anjos e Bestas Feras


Definitivamente não sou bom. E para ser honesto, nem quero ser. Tenho medo dessa falsa bondade pseudo-religiosa que faz com que os homens vejam os outros como seus inferiores, ao ponto de desprezar àqueles com quem Cristo compartilhava suas refeições e seus momentos alegres, debaixo da escusa de não se contaminarem. Não, senhores: Essa bondade eu desprezo! Cubram-se outros com esse manto de hipocrisia. Prefiro dar a conhecer a minha natureza humana, e em minha humanidade e imperfeição aguardar a suprema redenção que me trará Cristo.

Blaise Pascal disse que “o homem não é anjo e nem animal”, e que “aqueles que pretendem ser anjos, acabam se convertendo em animais”. Eu não sou anjo! No máximo um de asas desplumadas e auréolas tortas. E se você quer saber, o pseudo-protestantismo brasileiro está assim decadente, porque os homens um dia quiseram ser anjos. Eles quiseram ser deuses, e se converteram em animais. Deus me livre de ser tão santo, ou tão puro. Deus me livre de ser um anjo. Prefiro ser um homem que depende totalmente da justiça de Deus.

Disse Soren Kierkgaard: “O homem nasce e vive em pecado, nada podendo fazer a seu próprio favor , a não ser prejudicar-se”. Sim, esse sou eu! Tão sujo que posso reconhecer o valor do sangue de Cristo para lavar-me; tão pecador que sei que nada posso fazer para salvar-me; tão morto que não tive forças para gritar e pedir por auxílio; e tão perdido que sou capaz de devolver gratidão ao Deus que me achou.

E mesmo após ser conquistado e vencido pela graça, não posso arrogar perfeição: pois essa mesma graça me faz enxergar com mais luz o meu pecado e o intransponível abismo entre eu e o meu Salvador. Há apenas uma coisa que é capaz de ligar extremos como o céu e terra, o santo e o profano, meu Senhor e eu: A cruz de Cristo. É ela a única esperança que me resta, a minha sorte e porção no mundo, e a única fonte capaz de regenerar minha natureza humana.

Por Leonardo G Silva - Th.M.

Via:
Pulpito Cristão ( Leia o texto completo)
- Leia também: Sobre os bons, os maus e o grande paradoxo da criação

Um comentário:

Francisco Castro disse...

Olá!

Devemos conservar a humildade e sermos muito fiel aos nossos princípios e, acima de tudo, devemos respeitar as outras pessoas por mais imperfeitas que sejam. Nunca devemos julgar os outros pelo que essas pessoas fazem. Sejamos um servo do amor, do amor ao próximo, devemos desprezar a vingança e amar sempre a todos, seja amigos ou inimigos.

Abraços

Francisco Castro