terça-feira, 10 de março de 2009

Menina estuprada de 9 anos é mãe mais jovem do Peru



LIMA, 2 dez (AFP) - Uma menina de nove anos deu à luz um menino neste sábado, fruto de um estupro, em um hospital público de Lima, informou o ministro peruano de Saúde, Carlos Vallejos.

O bebê nasceu com 2,520 kg e 47 cm e apresenta dificuldades respiratórias. Por isso, permanece na UTI.

A mãe precoce receberá ajuda psicológica, e seu filho terá toda assistência de que precisar, ressaltou o ministro Vallejos, após visitá-la.

"Ela permanecerá no hospital todo o tempo que for necessário até que seu filho e ela estejam em perfeitas condições", declarou.

A garota foi vítima de abuso sexual de um primo de 29 anos, em um povoado pobre da província de Pachitea, no departamento centro-andino de Huánuco.

O caso comoveu o Peru, quando sua gestação foi revelada em setembro passado, tornando-a a mãe mais jovem do país.
 

Fonte: UOL

Parece que o ministro do Peru tem mais esperança que o nosso presidente.

9 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns por esta notícia.
Ela mostra como anda densa a escuridão da cultura da morte no Brasil!

Anônimo disse...

Essa mesma notícia foi veiculada com a interessante manchete
"Peru não pune com aborto menina abusada
Em caso semelhante ao do Brasil, a vida não foi punida"; está no site católico http://www.misericordia.org.br/

Anônimo disse...

Observação: O site católico que também veiculou essa notícia não coloca referências (endereços eletrônicos, links, não sei a expressão apropriada) às suas matérias. Assim não há como citá-las. Além disso, depois de algum tempo, elas são retiradas do site. O porquê disso não sei...

Super Nathan disse...

"Parece que o ministro do Peru tem mais esperança que o nosso presidente."

Uma citação um tanto quanto cômoda pra quem não está na cadeira presidencial.

Se fosse minha filha eu faria o aborto, pois se trata de escolher entre uma vida que não veio a luz, e de uma criança já feita, que será desgraçada.

E esse papo de "acompanhamento psiológico" não é consolo. Eu sou psicólogo, e qualquer acompanhamento não vai devolver a infância perdida dela por causa do filho.

Anônimo disse...

Falooou!, "Super" Nathan.

Luis Paulo Silva disse...

Uma criança não formada?


Que tal dizer não "completamente formada"?

Tem gente por ai abortando crianças de 5 meses queridos.

LPS

Luis Paulo Silva disse...

Com relação ao termo "não veio à luz" isto não dá direito de tirar uma vida.

duas atitudes erradas não fazer uma correta.

LPS

Anônimo disse...

A comparação com a menina brasileira é imprópria,pois que estava grávida de "duas crianças",logo o risco de vida para a mesma era bem maior.Ontem ví uma foto em um livro de medicina legal de uma criança de cinco anos e meio,grávida de uns 5/6 meses, nem imaginava que isto pudesse ocorrer!Dá vontade de pedir a Deus para parar de girar o planeta Terra porque eu quero descer, de tanto nojo.

Anônimo disse...

O melhor comentário a respeito é este:
O que voce pensa do aborto?
A Bíblia é clara quanto ao "não matar", e geralmente a sociedade discute o aborto do ponto de vista das vantagens ou desvantagens da mãe, o que pode até variar segundo o caso. Mas quando a questão é o bebê, o ser humano que ela carrega, não há o que discutir. É uma vida, é um ser humano criado à imagem de Deus, é uma pessoa que será tão pessoa quanto qualquer um.

O detalhe é que ainda está em fase embrionária, mas isso não invalida o fato de ser uma pessoa. Um bebê não é menos gente do que um adulto, e um embrião não é menos gente do que um bebê. Se as pessoas pró-aborto vissem um rosto talvez mudassem de idéia.

Um dos argumentos é que a mãe pode abortar se for constatado que a criança é portadora de alguma deficiência grave. Pouca gente liga a questão do aborto com a questão da inclusão dos portadores de deficiência na sociedade. Mas será que não é contraditório aceitar uma coisa independente da outra?

Tenho um filho portador de deficiência que provavelmente seria candidato a ser abortado se tivesse sido gerado no útero de alguém seletivo o suficiente para recusar quem não é gerado 100% perfeito. A discriminação enquanto está no útero parece não ser um crime tão grave na sociedade quanto a discriminação depois que a criança sai do útero. Como alguém que não quer um filho porque terá deficiências no futuro pode dizer que apóia a inclusão de deficientes na sociedade se excluiu o seu? Neste aspecto o aborto é tão politicamente incorreto quanto discriminar um deficiente.

O detalhe é que qualquer pessoa que nasceu fisicamente perfeita poderá desenvolver alguma deficiência em caso de doença ou acidente. Não seria irônico alguém que um dia descartou seu filho por ser deficiente acabar sendo um? Poderíamos nós descartar os portadores de deficiência já nascidos ou crescidos, como Hitler tentou fazer? Hoje isso é feito com os que ainda não nasceram, mas já foram gerados.

Não estou falando aqui do aborto feito para salvar a vida da mãe, ou o parto feito às custas da vida da mãe para salvar a vida do filho. Muitos médicos já tiveram que passar pela decisão de quem deviam deixar viver e quem deviam deixar morrer. Quando você tem apenas um coração de um doador e duas pessoas em estado crítico esperando, terá de decidir quem vive e quem morre.
Há abortos aprovados pelas leis de alguns países, como em caso de estupro. Enquanto o estupro faz uma vítima inocente - a mãe - o aborto faz outra vítima inocente: a criança. No início tínhamos apenas uma vítima, depois temos duas. A criança é tão inocente quanto a mãe. Matar a criança é penalizar a pessoa errada, no caso, o estuprador.

Se eu fosse você não seria tão rápido em discordar do que estou dizendo antes de estudar direitinho sua árvore genealógica. Talvez você nem estaria aqui para discordar se alguém de sua família fosse favorável ao aborto em caso de estupro.

Quantas pessoas vieram ao mundo e nem sabem que foram geradas por estupro? Apenas nos Estados Unidos, a cada dois minutos uma mulher é estuprada. Em Ruanda, durante a guerra, meio milhão de mulheres foram vítimas de estupro. Calcula-se que nas zonas de guerra 5% a 8% das crianças que nascem são originadas de estupros. O que teria acontecido se elas tivessem sido privadas de nascer e você fosse descendente de uma delas?

Considerando que todos nós temos atrás de nós uma enorme árvore genealógica, qual de nós pode afirmar com certeza que não é filho, neto ou tataraneto de um estuprador? Se uma ancestral minha ou sua estivesse em um navio abordado por piratas há alguns séculos eu e você seríamos tataranetos de um estuprador. Considerando que não eram só piratas que faziam isso, mas em todas as civilizações, em todas as épocas isso acontecia com frequência, é difícil dizer quem é descendente de um estupro e quem não é.

Pegue, por exemplo, o caso dos judeus. Um judeu me disse que ele só era ruivo de olhos azuis porque alguma mulher em sua árvore genealógica tinha sido estuprada por algum bárbaro europeu. Os judeus originais são morenos como qualquer habitante do Oriente Médio, e considerando que sua religião não aprova o casamento com outras etnias, os judeus ruivos ou louros de olhos claros que você conhece provavelmente ganharam sangue bárbaro nas invasões de suas comunidades e rapto de suas donzelas tataravós. Detalhe: alguém é considerado judeu se for descendente de mãe judia. Esse detalhe até ajudou a preservar a linhagem.

Tem muita gente que lida muito bem com o fato de ser filho ou filha de um estuprador. Rebecca Kiessling não apenas é filha de um estuprador, como é contra o aborto em caso de estupro. E como poderia ser diferente? Se a mãe dela, estuprada com uma faca encostada no corpo, decidisse não seguir adiante com a gravidez ela não teria nascido. Veja o que ela escreve em seu site:



Todos nós já ouvimos alguém dizer: "Sou contra o aborto exceto em casos de estupro..." ou "A mãe deve decidir, principalmente em casos de estupro..." Você já chegou a considerar o insulto que é dizer a alguém "Acho que sua mãe devia ter abortado você"? É como dizer "Por mim você estaria morta".

E é isso que ouço todas as vezes que alguém diz que é a favor do aborto em caso de estupro, porque eu eu sou uma que teria sido abortada se a lei do estado de Michigan permitisse o aborto quando eu ainda era um feto. Posso garantir a você que ouvir essas coisas me faz mal.

Mas eu sei que a maioria das pessoas nunca pensam em um ser humano real quando tratam da questão do aborto. Elas falam do aborto como se não passasse de um conceito. Dão sua opinião, deixam o assunto de lado e logo se esqueceram. Eu realmente espero que, por ter sido gerada de um estupro, eu possa ajudar a dar um rosto e uma voz à questão do aborto. - Rebecca Kiessling
Postado no blog (O que respondi...)do Mário Persona