segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O vinho está pronto


“Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põem-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam”.  Mt 9:17

   As mensagens de ano novo geralmente estão focalizadas nos acontecimentos que o novo ano nos traz.  Os acontecimentos do novo ano, o vinho novo, não são novos por serem diferentes, mas por serem atuais.  Também não temos nenhum controle sobre os acontecimentos que o novo ano nos traz. O ano novo trará o seu bem e o seu mal..."basta a cada dia o seu mal".   A ênfase da mudança não está dirigida sobre o vinho, os acontecimentos, mas sobre os odres, nós. Nós, que somos os recipientes desse vinho novo, somos chamados a sermos novos para poder reter o vinho atual. Se não formos odres novos, novas pessoas, com a elasticidade e resistência de um odre novo, poderemos nos romper, perder o novo de Deus para nossas vidas e estragarmo-nos como recipientes das experiências que Deus nos reservou. O milagre não está em Deus nos dar acontecimentos diferentes ou agradáveis; não temos controle sobre isso.  O grande milagre é entregarmo-nos na mão de Deus para que Ele nos faça novos odres. Assim tanto o vinho quanto o odre se conservam e exaltam o Criador, que faz tanto o vinho quanto o odre.  

Pr Julio Soder

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Cosmovisão cristã ou subserviência intelectual tosca?




Já está se tornando um personagem comum, típico em quase todas as igrejas, e principalmente, caricato. Mais ridículo ainda ficam seus trejeitos, cacoetes e mantras quando começa a liderar um "ministério", uma "rede" ou uma ONG (uau...). Senhoras e senhores, eu duvido que vocês já não tenham trombado com o novo intelectual evangélico brasileiro. Aquele rapazinho entre 25 e 30 anos de idade, que trabalha como professor, com meia-dúzia de livros lidos e uma pós-graduação mequetrefe que lhe confere a sensação e o prestígio entre os incautos para falar com autoridade sobre assuntos como sociologia, economia política, globalização, etc...

Como todo intelectual, ele é questionador. Se vê e quer ser visto como alguém que tudo questiona. Reclama da "alienação" alheia (sim, o esclarecido é ele) e está preocupado com as injustiças desse mundo e com a pobreza (sim, os egoístas são os outros).

O mais esquisito é que ele sempre está com nomes como Spurgeon, Lewis e Baxter na boca, criticando a forma com que a igreja (aliás, ele não pára de criticar a igreja) deixou sua fé manifestar-se unicamente na esfera pessoal, privada, e não a aplicou a todas as amplas questões que envolvem o convívio humano, a sociedade, a cultura, etc. Na verdade, ele não tem muito mais do que isso para falar. É esquisito porque esse intelectualzinho que vive de barba mal-feita comete exatamente o mesmo erro. Quanto mais falam em "cosmovisão cristã", em "visão integral" e afins, mais dá para perceber que ele entendeu muito pouco do que criam os autores que ele diz ser seus preferidos.

Na verdade, eles só citam desses autores aquilo que lhe interessam. O que nem sempre é tem a ver com o "examinai tudo, retém o que é bom". Porque esse personagem tão comum aprendeu tantas coisas alheias não só ao que estes autores defendiam, mas à própria Bíblia, ao longo de sua vida, digamos, intelectual, que a última coisa esperável dessas figurinhas é essa visível incoerência e a fragmentação de seu conhecimento, não só digna de pena, porque ela é bem compreensível, tendo um fato claro a seu respeito: com a recusa metafísica característica da modernidade, houve a perda do sentido de conhecimento integrado, de uma cosmovisão cristã plena e articulada, na qual todas as principais teses convergem para os mesmas premissas, para os mesmos alicerces, numa epistemologia sólida, ao longo dos últimos dois séculos. Isso afetou também a igreja de Cristo, e num Brasil de educação precária, com os piores índices de desempenho educacional e com uma elite intelectual que taxa o Cristianismo, nos meios acadêmicos, como o pior conjunto de idéias que já apareceu sobre a Terra ao longo da história, não se poderia esperar outra coisa desse pelotão de presunçozinhos.

O resultado não poderia ser mais trágico: cristãos bem intencionados, mas sem o menor preparo para lidar com as questões as quais se propõem a lidar. Uma rápida passeada pelos blogs, pelos sites dos mil e um "ministérios" e das tais redes e ONG´s evangélicas, e um fato salta aos olhos: a "escolinha Jimmy Carter" deixou seus frutos (e frutas, mas deixa pra lá...). E o que é fazer parte da 'escolinha Jimmy Carter'? Simples: é, com a melhor das intenções, confiar no seu próprio entendimento, para, como cristão, dar apoio a tudo aquilo que não presta e se opõe à fé cristã.

É trocar figurinhas, idéias e apoio com partidos políticos abortistas e defensores do lobby gay. É, criticar os EUA para defender grupos de assassinos de cristãos, como os comunistas e os radicais islâmicos. É defender vastas intervenções do Estado na economia, e reclamar da pobreza. E por quê eles fazem isso? Porque o típico intelectualóide evangélico quer agir como cristão, mas aprendeu a ver o pobre como Marx. Quer ver a natureza como Deus vê, mas Stephen Jay Gould e os impostores do Greenpeace não saem de sua cabeça. Quer educação cristã em toda parte, mas louva Paulo Freire. Quer uma economia próspera, como tudo que está alinhado com os valores do Reino de Deus, mas aprenderam que a receita certa está em Keynes, ou, pior, em Lênin. Sonha com uma arte cristã mais rica, mas não conseguem admirar o que vai muito além do punk-rock e da literatura beatnik.

Querem um Brasil entregue a Jesus, mas agem como Robinson CavalcantiRick Warren e outros militantes que se alinham e defendem instituições com agendas anti-cristãs na base, na essência, e em cada linha de seus estatutos.

Notem: eles sempre têm uma crítica à igreja na ponta da língua. E um louvor a qualquer Dawkins, Gandhi ou John Lennon da vida. Ele está tão a frente da "mentalidade atrasada que ainda há em nossas igrejas", que suas afinidades com os valores mundanos não podem ser tidas como esclarecimento. É pura subserviência, é puro medo de desagradar seus ídolos mundanos.

J.P. Coutinho tempos atrás chamou este típico evangélico "preocupado com questões sociais", Jimmy Carter, de idiota útil. Útil aos que odeiam aquilo que Carter dizia defender. É difícil encontrar nome mais apropriado para esse imenso contingente de evangélicos brasileiros metidos a críticos, mas que nada mais são do que papagaios do Anticristo.


Edson Camargo - Blog Profeta Urbano

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pregadores...


Pregadores devem ser discípulos autênticos de Jesus.
São chamados a serem pilotos de prova daquilo que pregam. Encarnação e exemplo de suas mensagens. É daí que vem a sua autoridade e o direito de serem ouvidos. Dizia-se de Jesus, encarnação da mensagem, que ele falava como quem tem autoridade e não como os escribas (teóricos).
Pregadores devem ser livres. Não podem pregar desapego aos bens materiais enquanto levam uma vida de ostentação. São chamados a ser e viver, guardadas as devidas proporções, imitação até da vida social de Jesus, que não tinha onde reclinar a cabeça. Que não levassem para o caminho dinheiro e vestuário extra e que vivessem entre o povo uma vida simples, eram os requisitos apresentados para o proclamador do evangelho. 
Paulo asseverou que os apóstolos eram como que espetáculo (indesejável) para o mundo; pobres mas enriquecendo a muitos. Sua autoridade e lista de bênçãos eram comprovadas pelo maior número de açoites, prisões, perseguições e aflições de todo o tipo no seu currículo.
Pregadores são chamados a ser, de acordo com as proporções da cruz de cada um, uma réplica da vida de Jesus. Suas biografias e vida social devem conter os mesmos elementos da vida de Jesus: Simplicidade, desapego, dependência, incompreensão, desonra, perseguição, traição e morte.
Todo pregador sincero e dependente do Espírito Santo experimentará, no seu nível, as sensações, afrontas e emoções que Jesus experimentou.
Experimentará a incompreensão e desonra como um profeta em sua terra e na própria casa.
Experimentará a ingratidão e traição. Ele encontrará o seu Pedro, que se omitirá, e o seu Judas, que o trairá para a morte. Serão traídos, como Jesus, por gente do seu próprio meio. Irmão trairá irmão, como diz a Escritura.
Talvez alguém possa pensar que isto é um exagero fantasioso, mas isto já está acontecendo. Na India, atualmente, os proclamadores do cristianismo estão sendo perseguidos e mortos: os pregadores e pastores.
Quando o ódio sobre os cristãos aumentar, ele será direcionado para a voz que os representam: os pregadores que, mal ou bem, denunciam o pecado e os valores contrários à sociedade humanista corrompida.
Como em qualquer revolução, a implantação de uma nova mentalidade requer a eliminação dos detentores da mentalidade antiga, os pregadores serão os primeiros alvos.
Devido ao péssimo exemplo de alguns pregadores e pastores, falsos obreiros, que por cobiça tem se assenhorado do rebanho, corroborado pela indolência do mesmo em conhecer as Escrituras e exercer o sacerdócio universal, os pregadores e pastores, com a concordância de muitos cristãos esperançosos de uma nova ordem mundial, já estão sendo alvo do ódio da sociedade. É assim que se fabrica um preconceito: rotulando uma classe e não observando pessoas.
Quando a revolução humanista explodir, tendo, na esperança de um novo cristianismo, cristãos bem intencionados como aliados, os pregadores serão o alvo símbolo.
Isto não é uma tentativa de impedir um acontecimento, isto é anunciação de um fato; história contada antecipadamente. Nada mais nada menos do que a linha dos acontecimentos já preditos na Escritura. Quem viver verá, não no noticiário sobre a India, mas na rua da sua casa.
Se assim sucedeu ao galho verde como não seria ao seco.
Antes de ser um símbolo para a ressureição, a cruz é símbolo de morte. A morte singra toda a Escritura. Não é a toa que Jesus estabeleceu sangue e corpo, derramado e entregue, como memorial. Se o grão não morrer, fica só, mas se morrer, dá muito fruto. Estevão que o diga.
Assim como Abel, os profetas, o Mestre, os apóstolos e os dois profetas do Apocalipse, mortos em praça pública e ressuscitados publicamente, encarnando e ilustrando a mensagem completa do evangelho, os pregadores serão mortos primeiro, para exemplo e encarnação da mensagem: a vida e morte de Jesus Cristo, Filho de Deus, o Senhor.
Com a morte, a mensagem estaria completa. Perfeita.
Maravilhoso!...não sou digno de uma morte tão honrosa como esta.

Pr Julio Soder

sábado, 20 de dezembro de 2008

O presente de Deus


Deus viu o homem que criara em completa miséria e pobreza e compadeceu-se dele.
Deus queria dar-lhe algo que o tirasse daquela situação paupérrima. Mas o que lhe daria? Afinal já havia lhe dado de tudo para uma vida rica e feliz; e o homem, como uma criança mimada e descuidada, estragara tudo.
Havia lhe dado um mundo perfeito que ele havia destruído por mau uso.
Havia lhe dado um corpo perfeito que estava a destruir-se pelo abuso.
Havia lhe dado companheira e semelhantes que ele magoara, ferira e matara.
Havia dado a si mesmo como Pai, empoeirado e esquecido pelo desuso.
O que lhe daria como presente?
Não poderia ser algo apenas decorativo, ou belo e que fosse logo esquecido.
Teria que ser um presente útil e eficaz que o tirasse poderosamente da sua condição de miséria.
Teria que ser um presente duradouro e atual em qualquer tempo.
Teria que ser um presente que somente quem soubesse para que serve pudesse usufruir, para que ele não fosse mal utilizado.
Teria que ser um presente que, mesmo quebrado, ainda funcionasse, pois o homem era descuidado e mal agradecido e poderia desvalorizá-lo e, em sua birra, quebrar o presente quando ele não fizesse as suas vontades.
Um presente assim seria caríssimo, com certeza o mais valioso e caro de todos. O que lhe daria?
- O que darei ao homem para salvá-lo de si mesmo? - Bradou o Pai.
O Filho, sabendo do preço mas sentindo a angústia e o amor do Pai disse:
- Eis-me aqui, dê-me a mim como presente.
O Pai, com o coração apertado, sentenciou: - Eles vão humilhá-lo e por inveja, quebrá-lo, e terás que ir sem teus privilégios e ser até o último entre eles.
- O importante é que seja feita a Tua vontade, Pai. Como eles saberão que Tu os presenteaste?
- Enviarei um feed brilhante como sinal. Os que estiverem ligados verão.
Pela madrugada, os pastores viram a estrela de Belém, seguiram-na e viram o presente de Deus ao mundo deitado na manjedoura.
Só é Natal quando Jesus Cristo, o Filho de Deus, nasce na manjedoura do seu coração.

Pr Julio Soder


sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Mudança de sexo aos 12 anos

Senado uruguaio permite que adolescentes recém-saídos da infância alterem seu gênero e registro civil.

O Senado do Uruguai aprovou ontem um polêmico projeto de lei que permite mudança de nome e sexo a pessoas a partir dos 12 anos de idade. A medida, que ainda precisa do aval da Câmara dos Deputados, abre a possibilidade de união homossexual e da legalização da situação dos chamados transexuais. A aprovação, por 17 votos dos 27 possíveis, foi obtida com o apoio da Frente Ampla, coalizão do presidente Tabaré Vázquez, e de alguns senadores de oposição.
Em três meses, este é o segundo tema polêmico aprovado pelo Parlamento uruguaio. Em outubro, os congressistas aprovaram uma lei que descriminalizaria a prática do aborto no país, medida inédita na América do Sul. Mas o presidente Vázquez vetou o projeto, o que gerou uma crise política que motivou sua desfiliação do Partido Socialista. 

Fonte: Cristianismo Hoje


Se os adolescentes são considerados competentes para tomar esta decisão tão importante e irreversível, devem também ser competentes para ter direito a voto, carteira de motorista e responsabilidade penal. É uma questão de coerência.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Governo de Mianmar pretende eliminar o cristianismo do país

O vazamento de um documento secreto revelou planos do regime militar birmanês de eliminar o cristianismo do país.

O documento, intitulado “Programa para destruir a religião cristã em Burma” foi mostrado ao jornal britânico Telegraph no domingo por grupos de direitos humanos.

No documento estavam instruções detalhadas de como forçar os cristãos a sair do país, de acordo com o jornal. As instruções incluíam a prisão de qualquer pessoa flagrada evangelizando, aproveitando o fato de que o cristianismo é uma religião não violenta.

“A religião cristã é muito pacífica”, lia-se no documento, de acordo com o Telegraph. “Identifique e utilize seu ponto fraco”.

Burma, também conhecida como Mianmar, tem uma população cristã de cerca de 4%, segundo o “World Factbook”, uma publicação da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) com informações sobre todos os países do mundo. A perseguição contra os cristãos no país acontece sob a forma de igrejas queimadas, conversões forçadas ao budismo (religião oficial do país) e a expulsão dos filhos de cristãos das escolas.

Ataques contra os cristãos fazem parte de uma ampla campanha do governo contra minorias étnicas, segundo grupos de direitos humanos. No leste do país, mais de 3 mil aldeias foram destruídas ou abandonadas nos últimos 10 anos, de acordo com o grupo de direitos humanos Witness. No ano passado, estima-se que 27 mil membros da tribo karen, predominantemente cristã, foram forçados a abandonar suas casas, no leste de Mianmar, segundo informou o jornal britânico.

O regime birmanês negou ter elaborado o documento, mas não tentou renunciar ao seu conteúdo publicamente, relatou o Telegraph.

Mianmar expulsou a maioria das missões cristãs do país em 1966 e o repressivo regime militar continua hoje em dia a controlar as atividades religiosas no país.

Fonte: PortasAbertas.org.br

Enquanto nos quintais tupiniquins os cristãos são processados e acusados de intolerantes por professarem aquilo em que crêem, a verdadeira intolerância religiosa vem acontecendo no mundo. A mídia brasileira, aliada ao humanismo marxista, regada por eleitoreiros subsídios estatais, omite isso e fica a tratar as picuinhas locais defendendo os que fazem melhor lobby. A mídia brasileira noticia o que lhe pagam. Imparcialidade? Acorda, Utópico!

sábado, 13 de dezembro de 2008

O filósofo pródigo


O homem é um ser filosófico por natureza. Seu desejo por "saber" faz parte de sua essência.
Por isso  satanás tentou-o oferecendo-lhe "conhecimento total" e "imediato". Só que de outra fonte. Fonte dissociada do amor e da sabedoria, incapaz de lhe dar o conhecimento adequado, na quantidade certa e no tempo apropriado. Ele não tinha estrutura para receber tamanha carga. Não sabia lidar com aquilo. Entrou em colapso.
Suas necessidades e questionamentos filosóficos, indispensáveis para pôr ordem ao seu viver, não foram atendidas. Coisas básicas como: Quem sou eu? De onde vim? Pra onde vou? e o que estou fazendo aqui?, clamavam por respostas.
De vez em quando tirava algo do saco cheio de coisas colhidas da árvore e gritava: "Bingo", enquanto ouvia outros gritarem "bingo" também, ao tirarem, cada um do seu saco, algo diferente. Mas a banca da alma não aceitava. Algo não se encaixava. O que aumentava ainda mais suas dúvidas, questionamentos e insatisfação.
Constantemente descia para a praça do Conhecimento e da Cultura. Como um grande mercado livre, ali se reuniam mercadores variados, com grandes sacos cheios de produtos da árvore, gritando e afirmando terem o suprimento milagroso para a alma. Cientistas, filósofos, religiosos e todo tipo de inventores proclamavam com aparente convicção terem as respostas. Mas a propaganda era enganosa, pois supria sim algumas necessidades secundárias, mas ainda havia algo que não se encaixava. Havia ali também artistas, com estranhos e belíssimos produtos da árvore, manufaturados com inteligência e talento, mas que nem todos sabiam usar. Eram somente para gente mais evoluída, diziam eles. Ali estavam também os aliviadores. Eles não prometiam as respostas e sim um pouco de alívio para a ansiedade dos questionamentos, mas os efeitos colaterais indesejáveis eram terríveis. Era a desilusão, pois as soluções que tinham na praça, além de não funcionarem plenamente, não supriam nem as necessidades daqueles que as proclamavam. Alguns continuavam com elas pois ainda não haviam notado sua ineficiência; outros fingiam que funcionavam pois respeitavam demais quem lhes fornecera e outros por falta de algo melhor ou porque assim aprenderam.
Revoltado o homem decidiu não confiar mais em ninguém e buscar as respostas sozinho. Viu-se, então, limitado aos produtos da árvore e a si mesmo e o mundo e a vida eram maiores do que isso. O homem deveria ser mais do que um amontoado de desejos e instintos. 
Descobriu-se um auto-didata de coisas inúteis.
Estava mal; sua alma suspensa por um fio sobre o caos da demência. Precisava de alguém que lhe ensinasse as respostas. Mas quem, se todos colheram da mesma árvore e estavam limitados a sí mesmos?
Deveria ser alguém que transcendesse a árvore, o gênero humano e o tempo. Alguém que estivesse presente no planejamento, antes da fundação do mundo. Talvez o próprio criador. Será que ele se importaria em responder? Mesmo assim ele, com certeza, sabe as respostas.
Lembrou-se de seu antigo professor. O homem o havia rejeitado em troca da árvore. Péssimo negócio. Ele se importava pois o advertira com relação aos perigos da árvore. Voltaria a ele. Isto significava abrir mão de seus achismos, teorias e elocubrações construidas com produtos da árvore. Algumas eram de estimação pois eram obra de suas mãos. Outras eram adquiridas de pessoas brilhantes e famosas, detentoras até de prêmios Nóbel. Outras já eram tradição de família, consideradas praticamente cultura.
Era o preço de um caminho diferente da lógica arborífera. O próprio professor já havia dito que esse caminho seria loucura para aqueles que preferíssem o da árvore e que o curso não visava o sucesso neste mundo.
Foi o professor quem o encontrou na rua e com um sorriso disse: - Sempre aguardei a sua volta, vamos pra casa! Seguiu-o silenciosamente. Ao entrar o professor disse: - Descanse, deixe o saco na dispensa. Só vamos usar aquilo que precisarmos e quando precisarmos.

Pr Julio Soder



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Cristãos: Os mais intolerantes


Se levarmos em consideração os fundamentos e conceitos básicos dos grupos "religiosos", os cristãos sempre serão considerados os mais intolerantes. Isto se deve ao fato de a quase totalidade desses grupos considerarem a religião como uma válvula de escape para o homem, não importando qual seja.
Para o cristão não é assim. Ele considera a sua crença, revelada pela bíblia, a verdade. A única verdade. Ele pode conviver, relacionar-se e amar pessoas de outros grupos religiosos mas jamais aceitar os seus deuses. Por isso é impraticável para ele participar de um culto ecumênico sem ferir-lhe a consciência. Para o cristão só existe um Deus, em três pessoas, revelado e centralizado na pessoa de Jesus Cristo. Para ele, nestas questões espirituais, qualquer coisa fora disso é engano e mentira.
É nesse pensamento que ele tenta mudar e , às vezes na sua imaturidade, até impor a sua fé aos outros, pois para ele, quem não recebe Jesus Cristo, o único caminho para Deus, está irremediavelmente perdido. O cristão convicto jamais cederá um milímetro desta verdade.
Os cristãos já foram bem mais intolerantes. Não somente na questão da sua convicção interior mas também na tentativa criminosa de impor seu pensamento ao mundo. As cruzadas são um exemplo vergonhoso da história da igreja.
Hoje, noutros tempos, no qual os direitos humanos ganharam seu lugar e em que a liberdade religiosa e de pensamento evoluíram, nota-se na prática um certo retrocesso e desequilibrio.
Parece que a situação remete a uma certa vingança contra a intolerância que os cristãos praticaram no passado.
Vê-se na mídia, inclusive e principalmente nos blogs, pessoas desfilando verdadeiras bandalheiras contra o Deus dos Cristãos. Citações ateístas e zombeteiras a respeito da fé cristã, sob os aplausos, delírios e justificativas de ser em nome da arte. Como se arte fosse isenta de sentido crítico e tivesse que aceitar qualquer coisa. Mas até aí nada há de estranho, pois a liberdade religiosa e de pensamento permite que as pessoas pensem diferente e possam manifestar a sua opinião.
O problema na verdade se verifica quando os cristãos resolvem dar a sua opinião. Elas são taxadas de intolerância religiosa e combatidas até ao ponto de processo jurídico. Quer dizer, eu tenho que respeitar a opinião do outro mas ele não precisa respeitar a minha opinião. Isto é visível de forma escancarada na "lei da homofobia". Parece que há aí uma pesagem desproporcional.
Este é apenas um dos exemplos. Quando um intelectual ou artista, exprime uma opinião que denigre o Deus e a fé cristã e ele encontra uma opinião discordante, os críticos de plantão saem em defesa dele com paus e pedras, alegando intolerância, liberdade de pensamento e pasmem, o fato de o sujeito ser um artista brilhante ( não sabia que a arte dava ares de infalibilidade). Quer dizer, de novo ele pode dizer o que pensar mas o cristão, não.
E os cristãos é que são os intolerantes.
Apesar de toda a armação e falácia sobre a intolerância religiosa o grupo que está no momento, no mundo, sendo processado, preso, torturado e morto por aquilo que crê são os cristãos.

Pr Julio Soder



quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Coisas de um Deus gracioso


Não se pode estabelecer uma doutrina em cima de experiências pessoais. Elas são muito particulares e os fatores envolvidos são variados e, muitas vezes, desconhecidos, pois depende do plano de Deus na vida de cada um e do que Ele quer realizar na estrutura e caráter dos seus filhos.
Vejo muitas vezes o povo de Deus fazendo campanha para obter o que o diabo ofereceu para Jesus no deserto e, mais ainda, há mensagens saídas do púlpito que querem nos fazer determinar que "estas pedras sejam transformadas em pães".
O interessante é que no mesmo texto que diz "pedi e dar-se-vos-á" também diz que o "nosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas".
Lembro-me que foram raras as vezes que tenho pedido a Deus coisas materiais e sempre tive todo o necessário e com sobra para viver e realizar a missão em que estive envolvido mas, como já disse, esta é uma experiência pessoal e não serve de padrão para ninguém, a não ser os princípios espirituais  implícitos.
Dentro dessas experiências que, repito, não é um padrão de ensino, tenho a convicção que Deus se agrada mais da sinceridade irada do que da gratidão resignada e hipócrita.
Em 2001, na cidade de Cacoal, Rondônia, ao assumir a missão de fundar e organizar uma entidade para recuperar quimio-dependentes, tínhamos pouco recursos financeiros. A diretoria conseguiu, de doação da delegacia, uma moto "cabrita"(roubada e adulterada) muito velha. Era uma CG 125 que havia passado na mão de quase todo policial da cidade em missão ou não. 
Como bom servo de Deus, acostumado e "treinado a dar graças em tudo" aceitei alegremente. Era melhor do que ficar a pé. Afinal, "tudo provém de Deus".
Mas a moto só me fazia pagar "mico". Era uma verdadeira tribulação. Apagava no sinal e só pegava depois de muita oração e um mecânico; caía a parte lateral no meio do trânsito e eu parava e ia lá pegar e colocar de novo; o povo ria. E eu quieto (por fora). Não queria ser considerado "murmurador" e nem que Deus pensasse que eu era mal-agradecido. Como se Ele não soubesse.
Um dia, depois do estudo bíblico e com pressa pra chegar na cidade para uma entrevista com um novo candidato à recuperação, a moto não quis pegar. Uma ira nada santa me subiu. Joguei a moto no chão e subi bufando em direção ao monte, bem longe, para que os internos não pudessem me ouvir. Lá no topo, vociferei arrogantemente: "- Olha aqui, Deus! Vim aqui seguindo a tua direção mas tá muito difícil. Tudo quanto é entidade que nem teme o Teu nome tem de tudo pra trabalhar e eu aqui nesta pindaíba. E eu ainda fico pregando por aí que o Sr é o Deus do ouro e da prata. Eu não aguento mais. Essa m... dessa moto deve ter sido então o diabo que me deu! O Sr tá brincando comigo?!".
Silêncio total...nem um sussurro e nem um raio me fulminou.
Desci do monte sem resposta mas aliviado. Eu havia me desnudado para Ele. Não fingiria mais para Ele.
Na descida, vi que um recuperando havia consertado a moto. Eles abrem e consertam tudo. São cheios de talentos. Quer achar gênios em quantidade? Procure entre os viciados em drogas e alcoólatras.
Duas semanas depois, enquanto eu dava estudo bíblico para os internos, vi alguém entrando de moto pelo portão do centro de recuperação. Continuei ministrando o estudo enquanto ele se aproximava lentamente. Parou do lado da turma e desceu da moto mais linda que eu tinha visto. Era uma Falcon 400, vermelho sangue, novinha, lançamento da Honda na época. 
Para não interromper o estudo pedi que ele se assentasse e ouvisse a palavra também, pois eu estava quase terminando. Propositadamente alonguei o estudo na esperança de que a palavra o atingisse também.
Quando terminei fui atendê-lo. Ele disse que queria falar comigo em particular. Convidei-o então a subir a trilha para o monte, de onde poderíamos ver toda a propriedade. E ali, no mesmo lugar em que eu havia reclamado com Deus ele tirou do bolso a chave e os documentos da moto, estendeu pra mim e disse: "- Toma, esta moto é sua, Deus mandou dá-la a você.
Levou dois dias pra cair a ficha e eu aceitar que aquela moto era minha de fato.
Nem sei que lições e ensinos tirar disso tudo. Mas sei que ele é tão gracioso que a gente não consegue nem absorver esse ensino. E a gente ainda pensa que pode afetá-lo com nosso pseudo- desempenho.
Curiosamente que, no viver com Deus, nem sei mais onde termina o natural e começa o sobrenatural. Não consigo fazer essa divisão. Até nem acho que ela exista.
Hoje aconteceu mais um caso parecido. Eu nem pedi. Mas isto é história pra outro post.

Pr Julio Soder





quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Conhecimento evita micos


Certa vez, quando eu dirigia o trabalho de recuperação para quimio-dependentes do Desafio Jovem Peniel, em Ariquemes, Rondônia, no momento, após as tarefas, em que os internos e obreiros se reuniam para orar, chegou no centro um missionário de uma igreja conhecida da cidade e intitulado "profeta".
Em atenção a sua visita concedi-lhe que dirigisse a meditação, o que ele fez com simplicidade e correção.
Mas antes de encerrar aquela reunião ele tinha que fazer jus ao seu título de "profeta" e disse que Deus tinha uma palavra dirigida a mim. Temi que ele fosse falar alguma heresia diante dos internos mas mesmo assim concordei.
Ele, com toda a sua afetação e misticismo pentecostal, fechou os olhos, abriu aleatoriamente a Bíblia e pôs o dedo na página em que abriu para ler o versículo. Quando começou a ler ele titubeou, engasgou, pigarreou, fechou a Bíblia e abriu noutro lugar e acabou lendo outro versículo, pois o primeiro havia caído em At 24:5 e começava assim: "...temos achado que esse homem é uma peste..."
Ele não teve coragem de ler uma mensagem que poderia ser uma descrição negativa da minha pessoa.
Se ele tivesse lido todo o versículo e o seu contexto não teria passado a impressão para os internos de que Deus havia se enganado.
Conhecimento bíblico faz bem.
Por falta de conhecimento do plano de salvação descrito na Bíblia mais da metade dos membros das igrejas não têm certeza de salvação e aqueles que têm certeza a têm por bases erradas.

Pr Julio Soder

A liberdade religiosa em risco

Intolerância e perseguição religiosa contra os cristãos ainda acontecem no Irã, no Iraque e no Egito.

No Irã o parlamento exige pena capital para os “apóstatas”. No Egito uma mulher egípcia cristã é sentenciada a três anos de prisão por abandonar sua identidade muçulmana. No Iraque, a escassa população cristã terá o natal mais sombrio de todos os tempos, ameaçada pela série de assassinatos ocorridos no país...

Por todo o mundo pode-se encontrar exemplos de intolerância e de restrição da liberdade religiosa dos cristãos. Aqui serão mostrados três casos ocorridos em três países diferentes que ilustram essa perseguição infundada.

 Leia toda a matéria


Isto é que é intolerância religiosa e não a proclamação de princípios e valores que desagradam ou discordam de quem pensa diferente. Isto se chama liberdade de pensamento.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Deixem os homossexuais em paz


Os evangélicos devem deixar os homossexuais em paz.
Eles não querem um cristianismo que trata homossexualidade como pecado e têm todo o direito de não querer. Deus fez a todos livres para fazerem suas escolhas.
Eles nem precisam reinterpretar a Bíblia e nem arrumar versões que apóiem seu pensamento.
O cristianismo não deve e nem pode ser imposto. Nem por força nem por violência e nem mesmo por persuasão. Tentar convencê-los, contra a sua vontade, seria sim intolerância religiosa. A palavra deve simplesmente ser anunciada; quem aceitar aceitou quem rejeitar rejeitou. Não devemos tentar convencer ninguém, isto é trabalho de Deus.
O livro de Romanos, no capítulo 1, diz, por três vezes, que Deus os entregou às suas próprias inclinações; quem são os evangélicos para fazerem o contrário.
Cada um dará conta de sua vida a Deus.

Pr Julio Soder (cansado desta novela)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Filho tem que torcer para o time do pai


Aprendi a ser colorado com meu pai. Torcer para o Inter me faz lembrar dele. Moravámos numa região de descendentes de alemães e italianos, de maioria gremista, e o Inter era e é o time da "massa". A rivalidade no Rio Grande do Sul talvez seja a mais acirrada do futebol do Brasil.
Por isso é muito importante para o menino que começa a se entender por gente e torcer, que o time do seu coração ganhe títulos. Foi o que aconteceu no meu caso.
Na infância, depois de ver o Inter vencer o título estadual por seis vezes seguidas, acompanhei na adolescência a conquista de três títulos de campeão brasileiro. O Inter tinha o respeito nacional.
Depois da minha conversão eu só pensava em pregar a palavra de Deus e não quis expor os meus filhos ao que, na minha imaturidade espiritual, era considerado "mundano".
Mas o que eu me abstive de influenciar outros influenciaram, e quando dei por mim a Maita, a primogênita, era (Argh!) corintiana. Logo após o Lucas, o segundo, por influência de um amigo (cuidado com os amigos) tornou-se palmeirense. Fiquei um pouco decepcionado mas quieto, afinal eu havia me omitido.
Mas quando o Mateus, o caçula, começou a torcer pelo Corinthians eu não aguentei. Era muito pra minha cabeça ter dois corintianos em casa e a minha esposa já era uma ex-corintiana, convertida ao Inter por livre e espontâneo amor ao marido.
Resolvi intervir e comecei a mostrar ao Mateus as glórias do Inter e seus títulos, apelei para o passado, falei de Figueroa e Falcão, melhores do mundo de suas épocas.
Acho que é mais fácil ganhar alguém para Cristo do que convertê-lo de um time para o outro, mas o Inter estava com um bom time na época e disse a ele que se o Inter fosse campeão mundial eu lhe daria uma camisa oficial do Inter (presente caro para quem era missionário e vivia de ofertas).
De lá para cá, depois do vice brasileiro de 2005 (título roubado do Inter e comprado pelo Kia) o Inter foi campeão da Libertadores, campeão do mundo, campeão da Recopa e agora, campeão da Sul Americana, mais os títulos estaduais e um torneio internacional em Dubai. Na final do mundial, contra o Barcelona, domingo pela manhã, eu no culto e ele em casa assistindo a partida e me avisando com mensagens pelo celular. Que pecado, diriam os mais fariseus! Dei-lhe a camisa com o número do Alexandre Pato, o xodó da época.
Ontem, contra o Estudiantes, (gostoso ganhar de argentino) foi uma festa anunciada, muito sofrida, mas esperada lá em casa; e tenho certeza de que esse filho está salvo, convertido e batizado em títulos, aliás, em todos os títulos possíveis que um time brasileiro possa vencer.
INTER! La América és colorada!!!

Pr Julio Soder


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Igreja Imergente (1)


A igreja não tem defesa.
Ela é de forma multiplicada o que cada um é individualmente: miseravelmente pecadora.
Embora no Antigo Testamento, o livro de Oséias se refira à Israel e não à Igreja, mas com a mesma natureza perversa, ela pode ser comparada à uma prostituta em que o marido anda contantemente a buscá-la no prostíbulo.
Ela vive se corrompendo e traindo o seu Senhor, que sempre na sua amorosa e sacrificial paciência, a tira das enrascadas. Ele, de forma louca e radical, se entregou à morte para salvá-la espiritualmente e agora, noutra manifestação de sua misericórdia, irá salvá-la dela mesma, através do arrebatamento, a fim de que ela não se auto-destrua pelo excesso de corrupção.
Não é preciso ser muito observador para perceber que a Igreja Instituição está irremediavelmente corrompida. Quem pensa que a situação chegou a um limite insuportável ainda ignora que, segundo as Escrituras, a situação da Igreja Instituição vai piorar. Ela ainda se aliará ao poder político e econômico estatal e, por amor a este mundo, adotará os princípios humanistas vigentes, desencadeando o que a bíblia chama de "A Apostasia". 
Em razão de tudo isso muita gente inteligente e que ama ao Senhor têm abandonado as suas congregações formando um contingente não organizado e isolados uns dos outros, com raras exceções, denominado, não sei por quem, de "os dissidentes sem igreja (instituição)". 
Frustrados e cansados de ver os desmandos do sistema eclesiático, a atitude destes irmãos é bastante compreensível e não cabe a eles julgamento; mas examinando as Escrituras e a história da Igreja, não parece ser esta a decisão mais acertada, mesmo diante deste estado de coisas.
Apesar de toda religiosidade e mediocridade das reuniões da Igreja Instituição Imergente, que vai de mal a pior, estes irmãos privam a si mesmos e aos outros de uma das características principais da igreja, que é a "comunhão dos santos". Comunhão esta composta das variedades e diversidade de caracteres, temperamentos, pensamentos e níveis de espiritualidade e não somente daqueles que mais nos agradam ou compartilham modos de pensar.
Estes irmãos também deixam de contribuir com  o discipulado e a edificação de outros irmãos mais novos e inexperientes, transmitindo e ensinando aquilo que aprenderam, mesmo alegando que encontrarão oposição, dificuldades e trabalho não reconhecido. 
Estes irmãos também deixam de ser uma voz questionadora e pensadora na congregação, entregando-a à mercê de líderes medíocres e/ou inescrupulosos, mesmo alegando oposição e incompreensão da liderança. Já viu profeta de casa ter honra? 
Olhando para a história vê-se que a denúncia do pecado da igreja só teve eficácia quando partiu de dentro dela; quando vem de fora encontra rejeição unida. Só tem direito à crítica que  está dentro, sofrendo junto. 
Lutero, o homem que conseguiu fazer uma revolução e uma mudança significativa na igreja, não foi um dissidente; foi um excluído, mas aí é outra história. Ele lutou, questionou, discordou de dentro dela e por ela. Segundo suas próprias palavras, jamais tencionou abandoná-la. 
Quando a crítica à Igreja Instituição Imergente, que vai de mal a pior, parte da dissidência, ela é vista e recebida como oposição aliada ao mundo e que contribui mais para a sua depreciação do que para a sua purificação. 
Desistir, fugir, abandonar não requer muita espiritualidade; esta é uma atitude bem natural. 
Além do mais, o Senhor Jesus Cristo continua se manifestando e fazendo a Sua obra através do Seu Corpo, que é constituido também e principalmente pela Igreja Institução Imergente, que vai de mal a pior. 
Apesar da religiosidade e mediocridade das reuniões da Igreja Instituição Imergente, que vai de mal a pior, é ali, e não entre os dissidentes, que a maioria das pessoas que ainda não conhecem o Salvador, ouvem, mal ou bem, de forma clara ou distorcida, a respeito da pessoa e da obra do Senhor Jesus Cristo. (excluindo a Record, lógico; aí também não, né?). 
É na comunidade da Igreja Instituição Imergente, que vai de mal a pior, que casamentos e familias encontram, mal ou bem, restauração e terapia através de relacionamentos empáticos, mesmo que seja recheado de clichês e pieguice. 
É no âmbito da Igreja Instituição Imergente, que vai de mal a pior, que se faz, há muitos anos e não divulgado pela mídia, de forma proselitista ou não, verdadeira assistência social neste país e não através de pseudo programas placebo e eleitoreiros governamentais. 
É a Igreja Instituição Imergente evangélica, que vai de mal a pior, que ainda faz recuperação de quimio-dependentes com algum índice positivo considerável neste país e no mundo; sendo combatida pelo modelo psico-social humanista do governo, acusando-nos de imposição religiosa, apesar dos índices ridículos dos modelos de programa governamentais. 
É a Igreja Instituição Imergente, que vai de mal a pior, que ainda mantém a níveis suportáveis, através da pregação de valores bíblicos absolutos (que muitos consideram preconceituosos), consequências destrutivas da depravação moral. 
É a Igreja Instituição Imergente, que vai de mal a pior, que ainda, mal ou bem, promove, treina, envia e sustenta, de forma proselitista ou não, a força missionária mundial. 
Essa análise é superficial e a grosso modo e há muita coisa a se refletir e dizer. O que me entristece é que as cabeças pensantes pensaram em agradar a si mesmos, entregaram a igreja aos lobos e deixaram seus lugares e posições de ação e foram para suas cavernas a filosofar, deixando-nos, muitas vezes, num ministério de Urias. 
Apesar de parecer, essa não é uma tentativa de defender a Igreja Instituição Imergente, que vai de mal a pior. 
Ela não tem defesa e nem esperança nela mesma. Sua única esperança é a intervenção arrebatadora do Senhor Jesus Cristo. 
Este barco chamado Igreja Instituição, que vai de mal a pior, está destinado a afundar. 
Mas eu não sou idiota; não vou afundar com ele. 
Mas uma coisa sei: só pulo dele quando não houver mais dois ou três reunidos para o Senhor estar no meio.

Pr Julio Soder