terça-feira, 30 de junho de 2009

Vida de pastor


Um grupo de crentes procurou o pastor de uma outra igreja, numa cidade vizinha, e perguntou-lhe:
- Pastor, estamos tentando achar um jeito diplomático de dispensar o nosso pastor... O senhor tem alguma sugestão de como podemos fazer isso sem sermos indelicados com ele?

- Mas, por que vocês querem se livrar dele?
- É que a nossa igreja está estagnada e infeliz. O nosso pastor não tem visão nem liderança, não sabe pregar e não é um homem de oração.

Após refletir uns instantes, o pastor aconselhou-os a agir da seguinte maneira:
a) Cada vez que ele pregar, recitem para ele os pontos do sermão, na saída do culto. Isso vai obrigá-lo a se preparar cada vez mais, pois agora ele sabe que vocês estão acompanhado atentamente as suas mensagens.
b) Cada vez que ele trouxer uma nova idéia, dêem a ele todo o apoio de que a sua idéia precisa para dar certo. E faça isso com entusiasmo. Em breve a sua visão vai se abrir, pois agora ele sabe que pode "sonhar", pois tem o apoio entusiástico da igreja.
c) Reunam um bom grupo de irmãos e comecem a orar por ele. Em breve ele vai estar orando com vocês e por vocês.
- Logo, logo, assim que ele estiver pregando melhor, tiver adquirido ampla visão de ministério e vida de oração, uma grande igreja o convidará e tirará ele de vocês.

sábado, 27 de junho de 2009

Sobre as malas que levamos


Desenho feito por "~Kyomu", no site DeviantArt

O perigo da viagem mora nas malas. Elas podem nos impedir de apreciar a beleza que nos espera. Experimento na carne a verdade das palavras, mas não aprendo. Minhas malas são sempre superiores às minhas necessidades. É por isso que minhas partidas e chegadas são mais penosas do que deveriam.

Ando pensando sobre as malas que levamos...

Elas são expressões dos nossos medos. Elas representam nossas inseguranças. Olho para o viajante com suas imensas bagagens e fico curioso para saber o que há dentro das estruturas etiquetadas. Tudo o que ele leva está diretamente ligado ao medo de necessitar. Roupas diversas; de frio, de calor – o clima pode mudar a qualquer momento! – remédios, segredos, livros, chinelos, guarda chuva – e se chover? –, cremes, sabonetes, ferro elétrico – isso mesmo! – Microondas? – Comunique-me, por favor, se alguém já ousou levar.

O fato é que elas representam nossas inseguranças. Digo por mim. Sempre que saio de casa levo comigo a pretensão de deslocar o meu mundo. Tenho medo do que vou enfrentar. Quero fazer caber no pequeno espaço a totalidade dos meus significados. As justificativas são racionais. Correspondem às regras do bom senso, preocupações naturais para quem não gosta de viver privações.
Nós nos justificamos. Posso precisar disso, posso precisar daquilo...Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?

Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.

É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.

É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro. Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias.... Hospitais, asilos, internatos...
Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.

Fábio de Melo [Pavablog]

Da total inabilidade humana


Por Robert Murray McCheyne (*)
Quão surpreendente é a depravação do homem natural! As Escrituras nos ensinam isso abundantemente. Todo pastor fiel levanta a sua voz como uma trombeta, para mostrar isto às pessoas. E a primeira obra do Espírito Santo, no coração, é convencer do pecado.

Na Palavra de Deus, não existe uma descoberta mais terrível sobre a depravação do homem natural do que estas palavras do evangelho de João. Davi afirmou: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Deus falou por meio do profeta Isaías (48.8): “Eu sabia que procederias mui perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno”. E Paulo disse: “Éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3). Mas nesta passagem de João somos informados de que a incapacidade do homem natural e sua aversão por Cristo são tão grandes, que não podem ser vencidas por qualquer outro poder, exceto o poder de Deus. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.44).

Oh! que cegueira, dureza de coração, morte espiritual e impiedade desesperadora existem na pessoa não-convertida! Nada pode mudá-la, exceto a graça do Todo-Poderoso. Oh! homem destituído da graça de Deus, seus amigos o advertem, os pastores clamam em voz alta, a Bíblia toda o exorta. Cristo, com todos os seus benefícios, é colocado diante de você. Todavia, a menos que o Espírito Santo seja derramado em seu coração, você permanecerá um inimigo da cruz de Cristo e destruidor de sua própria alma. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer.”

Quão invencível é a graça de Jeová! Nenhuma criatura tem o poder de atrair o homem a Cristo. Exibições, evidências miraculosas, ameaças, inovações são usadas em vão. Somente Jeová pode trazer a alma a Cristo. Ele derrama seu Espírito com a Palavra, e a alma sente-se alegre e poderosamente inclinada a vir a Jesus. Considere um exemplo:

“Um judeu estava assentado na coletoria, próxima à porta de Cafarnaum. Sua testa estava enrugada com as marcas da cobiça, e seus olhos invejosos exibiam a astúcia de um publicano. Provavelmente, ele ouvira falar de Jesus; talvez O ouvira pregando nas praias do mar da Galiléia. Mas seu coração mundano ainda permanecia inalterado, visto que ele continuava em seu negócio ímpio, assentado na coletoria. O Salvador passou por ali e, quando olhou para o atarefado Levi, disse-lhe: Segue- me! Jesus não disse mais nada. Não usou qualquer argumento, nenhuma ameaça, nenhuma promessa. Mas o Deus de toda graça soprou no coração do publicano, e este se tornou disposto. Ele se levantou e o seguiu (Mt 9.9). Agradou a Deus, que opera todas as coisas de acordo com o conselho da sua vontade, dar a Mateus um vislumbre salvador da excelência de Jesus; a graça caiu do céu no coração de Mateus e o transformou!”

Frequentemente, somos tentados a pensar que tem de haver algum argumento profundo e lógico, para trazer as pessoas a Cristo. Na maioria das vezes, colocamos nossa confiança em palavras altissonantes. No entanto, a simples exposição de Cristo aplicada ao coração pelo Espírito Santo vivifica, ilumina e salva.

Aprendamos a tributar todo o louvor e glória de nossa salvação à graça soberana, eficaz e gratuita de Jeová.

Fonte: Sola Scriptura [via
Púlpito Cristão]]

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Todos estão debaixo do pecado-Rm 2 #Podcast 15

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Estudo no Livro de Romanos em 18/06/2009
Pr Julio Soder

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Esse É Meu Rei

Compilação do famoso sermão "Seven Way King" (That's My King) pregado pelo Reverendo S.M. Lockridge.
Fonte: VEMVER TV

terça-feira, 23 de junho de 2009

Revendo a masculinidade

masculo0

O que nos falta é uma imagem bíblica de masculinidade redimida que atrai, inspira e fortalece uma masculinidade frutífera. O lugar para começar é Jesus, mas mesmo aqui precisamos remover algumas confusões. Muitos aspectos da Sua personalidade são substituidos na percepção popular por suas qualidades mais “seguras” e “simpáticas”.

Homens pagãos na minha cidade ficam surpresos ao descobrir que Jesus passou muito tempo ignorando protocolos, defendendo os fracos, chocando multidões com as suas palavras, envergonhando hipócritas, falando a verdade “nua e crua” a políticos, dando apelidos aos seus melhores amigos (incluindo “satanás” em uma ocasião) e se irando muito!

Aqui eu estou apenas desdobrando a idéia de masculinidade lançada nas páginas iniciais da Bíblia. Adão, desde o primeiro dia, foi chamado para uma vida de trabalho, responsabilidade e, quando necessário, conflito (Gen. 2:16-17). Na verdade, foi a sua passividade com a serpente que o levou à sua queda.

O fato é que homens são os principais – não exclusivos – criadores de cultura.
Estatísticas provam que se um homem se converte a Cristo, sua esposa e filhos são muito mais propensos a seguir Jesus do que se a mulher se converte primeiro. Claro que queremos ver mulheres e crianças salvos, mas estou dizendo que nós também vamos alcançá-los se focarmos nos homens da casa.

As três vocações principais de formador de cultura, lider e guerreiro, apesar de não serem exclusivas aos homens, certamente são priorizadas a eles. E é a Bíblia e a cosmovisão que ela ensina que nos dá essa identidade digna e inspiradora para homens – uma identidade que só é alcançada em virtude da criação à imagem e semelhança de Deus e da redenção em Cristo pela graça. Homens vão trabalhar em, liderar e lutar por qualquer objetivo da Igreja. E é somente através do evangelho que pregamos que essas características podem ser utilizadas corretamente.

Então, como que essa visão de mundo com tantas recompensas para a masculinidade consegiu alienar tantos homens nesses dias? Onde foi que erramos? Eu sou tentado a sugerir (e eu devo ser menos tentado e mais corajoso) que nós criamos ambientes eclesiásticos que são afeminados, muitas vezes desencorajando muitos homens.

Joel Virgo - TheResurgence.com

Fonte: Solomon

Um homem caiu em um buraco


domingo, 21 de junho de 2009

NAQUELA NOITE, A SUA MÁSCARA CAIU


Por Levi Bronzeado
Ele era um pregador fantástico. Dizia-se que no meio evangélico, não havia igual. Ganhou fama e notoriedade pelos sermões que realizava nas noites de domingos em sua igreja. Era um perito tanto em anestesiar as massas, como em incendiá-las. Aplicava com esmero, as noções do populismo eclesiástico que importara dos EUA.

Tinha mandado aumentar a área do púlpito de seu templo, a fim de poder executar as suas dramatizações com mais liberdade. Tomara aulas de patinação por dois meses, e ultimamente usava patins com roldanas para deslizar suavemente no assoalho reluzente do palco “divino”, onde emocionava a platéia ensandecida, com suas peripécias circenses. O som estridente de “Ô glóoooooriaaaa!” ecoava quando ele rodopiando sobre as rodas dos seus patins, assim falava:

─ Irmãos! Lá no Céu não iremos nos cansar, caminhando ou andando, como se faz aqui na terra. Lá deslizaremos suavemente em patins de ouro e de prata, pelas ruas de cristais da Nova Jerusalém.

Para demonstrar o ruído dos patins “celestiais”, ele deslizava em círculos pelo palco gritando:

─ Vai ser assim irmãos! Vai ser assim! Olhem, olhem bem!

E como ele sabia bem dominar o público! Com esperteza e astúcia, conseguia tirar da multidão o tipo de emoção que quisesse ─, como um exímio violonista faz com as cordas do seu instrumento. Ante a sua verve, a multidão ora respondia com gritos histéricos, ora reverberava com choros e saracoteios.

Os seus emblemáticos sermões de domingo à noite o levaram aos píncaros da fama. Os cachês que no início eram modestos, agora atingiam vultosa soma Era disputadíssimo, para falar em congressos evangelísticos nas grandes cidades do país. Sabia como ninguém, sugestionar as massas. Dizia: “hoje eu quero cinqüenta almas rendidas aqui a minha frente”. E não é que vinham aos pés do preletor, o dobro do número por ele vaticinado!.

Adorava criar vinhetas e bordões, executando uma exegese exótica e fantasiosa dos escritos de João no seu Livro, Apocalípse. Numa excitação alucinatória inacreditável, fazia todos verem as mansões celestiais. Para isso, ele primeiramente mandava a multidão fechar os olhos, e pressioná-los com bastante força com os dedos, para em seguida perguntar:

─ O que vocês estão vendo nesse momento?

E a multidão ensandecida, e sob esfuziante barulheira dizia em coro:

─ Estamos vendo as luzes da Cidade Santa.

Quem estivesse observando o quadro à certa distância, concluiria, tratar-se de uma histeria coletiva.

Ao chegar a sua casa, após o término dos seus fantásticos sermões, o pregador executava a velha rotina: despia-se de sua colorida indumentária, lavava o rosto, para retirar as tinturas da pegajosa maquiagem, e vestia o seu pijama de pura seda, para mergulhar, em seguida, na sua imensa e macia cama.

Recentemente, após um desses fenomenais cultos, um fato surpreendente fez com que ele não conseguisse conciliar o sono. Ele ouvia um programa evangélico pelo seu radinho de cabeceira, quando, foi surpreendido por um hino do “Trazendo a Arca” ( Ministério do Louvor). A letra do hino bateu muito forte dentro dele, ocasionando uma súbita elevação de sua tensão arterial, que terminou por levá-lo a um Serviço Médico de urgência, onde ficou em observação tratando-se de uma crise hipertensiva. Segundo a equipe médica de plantão, tudo fora ocasionado por um forte abalo emocional.

Após essa noite fatídica, ninguém mais ouviu falar no nome desse ator gospel.

Diziam, à boca pequena, que ele tinha tomado um chá de sumiço. É bem verdade, que alguns da igreja ficaram com saudades dos fantasiosos e açucarados sermões, entremeados de cenas circenses, nas noites de domingo.

Nota do autor:
O leitor, com certeza, está ansioso para ouvir a canção que desestabilizou o famoso pregador dos domingos à noite. O título desse hino é: “Quem é Você”.

Relaxe bem, e clique aqui embaixo, para ouvir essa bela melodia, prestando, é claro, bastante atenção na sua inspirada e interessante letra:





Fonte:
Ensaio por Levi B. Santos
Guarabira, 21 de junho de 2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Tio Rei fala de diploma, talento e dá dicas de redação…


Algumas pessoas estão revoltadas com o meu apoio incondicional ao fim do diploma específico para o exercício do jornalismo. E que fique claro: acho que não é necessário exigir diploma nenhum. E aí vamos corrigir algumas tolices para avançar: “Você fala em causa própria!” Eu? Que bobagem! Tenho diploma. Estava em situação legal na velha ordem. Os que foram meus contemporâneos na faculdade são testemunhas de que sempre fui contrário à obrigatoriedade. Mesmo quando esquerdista e meio porra-louca, corporativista nunca fui. O trotskismo, no meu tempo, por mais estúpido que fosse, não se parecia com a LER-QI. Não sabíamos consertar aparelho de ar-condicionado… Há gente reagindo como se falasse em nome de um guilda! Qual é?

Aí diz um: “Mas estudei por nada? O que faço com o meu diploma agora?” Bem, se foi “por nada”, está demonstrada a inutilidade do curso, e o STF não poderia ter mantido uma excrescência constitucional apenas para não evidenciar a obsolescência das faculdades. Ademais, canudo ensina alguém a escrever? A apurar? O sujeito o coloca ao lado do teclado, estabelecendo com ele, sei lá, uma relação mística ou fetichista? Mais: o fim da exigência do diploma tornou menos competentes os competentes diplomados? Quem, afinal de contas, perdeu o quê?

As comparações com profissões que põem em risco a segurança de terceiros ou a segurança pública são absolutamente descabidas. Eu é que não me consulto com quem não tenha se formado em medicina! Não que a formação impeça o profissional de errar, mas o diploma é uma garantia de que ele ao menos teve acesso a um conhecimento que não pode ser adquirido como conseqüência de aptidões naturais e algum treinamento. O mesmo vale para engenheiros, enfermeiros, dentistas…

“Ah, mas o jornalismo lida, sim, com matéria delicada, que diz respeito à honra das pessoas…” Pois é. São valores éticos e morais que vigem na sociedade. E cada veículo acaba criando as suas próprias regras internas. As faculdades não têm a menor interferência nesse debate. E, meus caros, há uma coisa que nenhum curso consegue fazer: ensinar a escrever. Isso não acontece.

Vejam só: dei aula de redação durante muito tempo. E era bom isso. Sim, você consegue passar adiante algumas dicas para os estudantes:
- numa dissertação, exponha com clareza seu ponto de vista logo no primeiro parágrafo;
- nos parágrafos seguintes, argumente em favor da sua tese e aproveite para se referir a teses contrárias, demonstrando por que estão erradas ou apenas parcialmente certas;
- cuidado para não dedicar espaço excessivo à contestação do que você rejeita em vez de defender seu ponto de vista;
- cuidado com a argumentação em camadas, com parágrafos justapostos, sem que um se conecte com o outro;
- No parágrafo final, o da conclusão, retome a tese inicial de modo a evidenciar para o leitor que você demonstrou o que queria e não se perdeu na trajetória.

Tudo isso a gente ensina. Os bons alunos aprendem e apreendem as regras e conseguem ter um bom desempenho em vestibulares e provas de seleção. Mas o sujeito talentoso, o que vai viver da escrita, bem, queridos, este domina as regras e consegue o seu diferencial estourando com elas, entenderam? O nome disso é talento. Como dizia Picasso, para pintar como Picasso, é preciso saber pintar como Rafael. E atenção! Não existe “professor de transgressão”. Isso é coisa da moderna educação, quase sempre beirando a delinqüência. Um bom mestre é o que ensina regras — como um bom pai é que tenta conservar a ordem. Cabe ao estudante — e, no meu paralelo, aos filhos — testar os limites do que se aprende, fazendo uso criativo da norma.

Ensinei muito aluno a escrever e a passar em provas. Mas não consegui ensinar talento para ninguém. Porque não se ensina. Quando muito, ele pode ser disciplinado. Também as regras para uma boa narrativa podem ser expostas na sala de aula:
- se você pretende que, ao fim de sua história, A personagem “X” seja caracterizada como psicopata, por exemplo, sugira isso com sutileza ao longo da história;
- tente estabelecer uma relação transitiva entre personagem e ambiente: poder ser tanto por similaridade como por contraste. Vale dizer: ou ela vive em harmonia com seu meio ou é
outsider;
- tendo imaginado um desfecho para sua história, vá lançando indícios ao longo do texto. E faça uma escolha: ou eles concorrem para o fim que você imaginou, ou eles o contrariam, surpreendendo o leitor;
- ao construir uma personagem, deixe claro para você mesmo se a quer como um caso típico de um grupo social ou como uma exceção…

E vai por aí. Essas dicas, no entanto, não tornam ninguém um escritor. Há técnicas para se fazer uma dissertação correta. Há técnicas para uma narração correta. Há técnicas para uma reportagem regulamentar. Mas dominar o bê-á-bá da dissertação não faz de ninguém um articulista. Dominar o bê-á-bá da narração não faz de ninguém um romancista ou contista. Dominar o bê-á-bá do texto jornalístico não faz de ninguém um jornalista. Porque nada disso faz com que se cruze a linha da distinção se não houver TALENTO. Sim, esta profissão também requer talento. E acreditem: hoje mais do que antes, com a proliferação de sites e blogs. Sim, existem aos milhares. Mas quantos são legíveis?. Melhor ainda: quantos realmente têm leitores?

Um diplomado de talento deixou de tê-lo porque caiu a exigência? Ora… A demanda pelo curso vai cair? É evidente que sim. E pode crescer, com o tempo, se os cursos de jornalismo conseguirem se reinventar. Faz sentido haver, como há hoje, “professores” de jornalismo que ocupam o lugar privilegiado de que dispõem para fazer, por exemplo, proselitismo em favor do MST? Está ensinando jornalismo ou procurando fazer cabeças para “infiltrá-las” na imprensa burguesa? Ou ainda: faz sentido desprezar um especialista em economia que consiga se fazer entender com clareza? O jornalismo tem muito a ganhar quando for ocupado, também, por gente que sabe a diferença entre percentagem e ponto percentual…

Vamos parar com essa bobagem corporativista. Não é por acaso que os grandes defensores do diploma estejam concentrados hoje da Fenaj e na ABI. Há, nas duas entidades, uma gigantesca inflação de “jornalistas de carteirinha” que nunca pisaram numa redação. O que isso significa? Pertencem ao cartório do jornalismo, mas jornalistas, de fato, não são. Embora digam defender a “catchiguria”.

E outras profissões que também não põem em risco a segurança etc? Ora, a exigência do diploma, é questão só de cobrar esclarecimento do tribunal, caiu junto. Qual é o sentido da relatoria de Gilmar Mendes, endossada por outros sete ministros? As qualificações profissionais de que trata o artigo 5º, inciso 13 da Constituição, só podem ser exigidas das profissões que podem trazer dano ou perigo à coletividade ou prejuízo a terceiros.

Fez-se uma escolha que privilegia a liberdade e o talento. Entendo que as guildas chiem um pouco, que as corporações de ofício reajam. Afinal, esse cartorialismo estúpido, inconstitucional e em desacordo com tratados internacionais — como a Convenção Americana de Direitos Humanos (1969), conhecida como Pacto de San Jose da Costa Rica, ao qual o Brasil aderiu em 1992 — é que lhes assegura um pouco de poder e influência. O artigo 13º da tal convenção “garante a liberdade de pensamento e de expressão como direito fundamental do homem.” Falei em guildas? É, a metáfora nem chega a ser perfeita. Elas realmente reuniam os profissionais de uma determinada área. As nossas, além de tudo, são guildas-fantasmas.

À luta, talentosos!

Fonte: Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Crise na pregação#1 - Pregação Humanizada


crise na pregaçãoA pregação contemporânea tem se destacado pela importância dada ao homem. As mudanças em nossa época são perceptíveis: por exemplo, nunca se pensou tanto em conforto nas igrejas, em templos grandiosos, em estruturas de marketing e lazer. As igrejas passaram a oferecer um “cardápio” para agradar a todos, e elas tem mudado sua própria estrutura para atrair mais “consumidores”. Nunca se investiu tanto em eventos e atividades sociais como hoje. As pessoas passaram a ser tratadas como espectadores de um “show que não pode parar”.

Como a quantidade de pessoas na igreja é o que tem importado, bem como o retorno financeiro de seus dízimos e ofertas e a aparência social (uma busca pela aceitação secular), os pregadores também se “contextualizaram” a esse novo foco. Não é que esses pregadores tenham se tornado mais sensíveis às carências e necessidades do ser humano integral em seu afastamento de Deus. Eles simplesmente mudaram o eixo de sua pregação, transformando seus sermões num discurso suavizador das necessidades humanas. A visão teocêntrica foi substituída pela visão antropocêntrica. E o pior é que, fazendo isso, esses pregadores trazem para si o papel de mediadores entre o povo e Deus. Podemos ver isto nas palavras de R. R. Soares, no seu livro “Vencer: O Que, Onde e Como?”:

Paralíticos, cegos, mudos, leprosos e endemoninhados têm ficado curados, muitas vezes instantaneamente, após a oração da fé. Nossos programas no rádio e na televisão sempre apresentam testemunhos de milagres que estão acontecendo através do nosso ministério. Milhares de cartas nos chegam de toda parte contando com casos de pessoas abençoadas por meio de nossa oração.”

Ao invés de centralizar suas pregações em Cristo e Sua cruz, estes pregadores se alicerçam nas bênçãos que podemos adquirir. Com esta visão Deus deixa de ser o Senhor para ser o servo. Como Soares diz:

É a oração de quem sabe o que diz a Palavra de Deus, e assim fica absolutamente positivo que Deus ouviu sua oração, e sabe que Deus fica obrigado, por Sua própria aliança, a responder e manifestar os resultados pedidos. Isso Deus pode fazer de forma instantânea ou gradual. Mas uma coisa é certa: Deus responderá à oração da fé.”

Seus sermões não tem por objetivo a transformação dos seus ouvintes pela Palavra de Deus. Sua própria teologia e o modo como lêem a Bíblia são humanistas, como podemos perceber com a leitura de alguns de seus livros. A teologia que predomina hoje é a da prosperidade, as pessoas deixam de cultuar a Deus pelo que Ele é, para cultua-lO pelo que Ele pode dar. Soares, no seu livro “Como Tomar Posse da Bênção”, diz:

Era um quadro triste e deprimente. Eu, um pregador de milagres, acostumado a ver até paralíticos e cegos curados através das minhas orações, não conseguia a minha cura.

Sendo assim, uma das marcas deixadas por esta pregação é a falta de reverência e de compromisso com Deus. Se as pessoas escutam que “… não precisamos pedir ao Senhor a bênção, e sim, exigir que ela se manifeste em nossa vida”, que basta cobrar de Deus e esperar, então o Senhor deixou de ser adorado, para ser simplesmente cobrado. Frases como: “Não precisamos mais pedir. Só determinar, exigir, ou seja: tomar posse da benção”, são comuns hoje, e apontam para o perigo desse tipo de pregação que coloca o homem num patamar em que ele nunca esteve. Ainda distorcem a própria Bíblia, fazendo a mentira passar por verdade, como no comentário deste pregador que tem a sua verdade como correta: “As pessoas estão saturadas de tantos ensinamentos de homens. Agora precisam aprender o real significado da Palavra de Deus”.

Uma das palavras mais usadas nestes púlpitos é a palavra “vitória”. Não que ela tenha alguma coisa de mal, pois em Cristo somos “mais que vencedores” (Rm 8:37). Mas o apelo e as distorções implícitas na frase são perigosos. O que se prega é que o crente tem de vencer sempre, que, se ele é derrotado, é porque, ou não tem fé, ou está em pecado.

Milhares de pessoas estão aprendendo a exigir a bênção. Estão vivendo bem, curadas, prósperas e desfrutando da plenitude das bênçãos do Senhor. O mesmo pode e deve ocorrer em sua vida também. Só depende de você.”

Essa pregação humanizada distancia o crente de Deus, e tira dele suas responsabilidades de servo. Ela ainda distorce os direitos que Deus deu para aqueles que são Seus por distorcer a própria Bíblia. Ela cria crentes sem certeza de salvação, sem preocupação com o “Ide” e sem um conhecimento coerente da Palavra. É uma pregação sem compromisso para com Deus e, infelizmente, ela tem servido para secularizar a Igreja evangélica e dar mau testemunho para os de fora.

Deus te abençoe!

Lyncoln Napoleão Nicodemos

Obs:As citações são tiradas dos livros:

R. R. SOARES, Vencer; O Que, Onde e Como?

R. R. SOARES, Como Tomar Posse da Bênção

Fonte: Crer e Pensar

Irã, blogs e verdade

Popout

Muito se publica, pouco se conhece sobre o Irã. Este filminho traz algumas informações. Entre outras surpresas: metade dos 70 milhões de iranianos são jovens, o que contribui para colocar o país no posto de terceiro maior contingente de blogueiros do planeta. (Via: Blog do Tas)

Fonte: DoxaBrasil

quarta-feira, 17 de junho de 2009

As Missões e os Kids # Podcast 14


As Missões e os Kids - "A pedra negligenciada tornou-se a pedra de esquina" - A nova safra de ceifados e ceifeiros nos últimos dias.

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Palavra na Igreja Peniel do B. Amazonas, Contagem-MG em 14/06/2009
Pr Julio Soder

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Missões e King's Kids


Após três dias de treinamento com muito quebrantamento, cura interior e tratamento de caráter, a equipe do Grupo Geração do Rei, da Igreja Peniel do bairro Amazonas em Contagem, composta de obreiros, crianças e adolescentes de 8 à 18 anos, realizou um trabalho evangelístico com danças, peças teatrais e evangelismo pessoal, em praça pública, no bairro Petrolândia. À noite, o Grupo apresentou seu trabalho na Igreja Iahweh Shammah no bairro Tropical.
O Grupo esteve reunido em Mini-Campanha, de 10 à 14 de junho, sob a direção e treinamento da equipe de King's Kids da base da Jocum de Pitangui-MG.
No domingo à noite, o Grupo apresentou seu trabalho na igreja Peniel.
As experiências na vida de obreiros, crianças e adolescentes foram marcantes.
Os obreiros testemunham que as crianças os ensinaram a respeito de Deus.
O trabalho de King's Kids destina-se a resgatar esta geração tão entregue a si mesma pela irresponsabilidade de pais que são sustituidos pela escola, igreja e estado, imcompetentes para tamanha missão.
Decisivamente Deus está usando essa geração para cumprir a Grande Comissão conforme descrito em Joel 2:28.

Entrevista com Ivete Carvalho Faria - coordenadora do treinamento de King's Kids e Cláudia Prates - coordenadora do grupo Geração do Rei.

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terça-feira, 9 de junho de 2009

Princípios do serviço cristão # Podcast 13


Princípios do serviço cristão

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Palavra na Igreja Peniel de Contagem-MG em 07/06/2009 - Pr Julio Soder

Antes de amarrar satanás...

A ênfase demasiada que hoje damos a Satanás está nos deixando desarmados quanto aos ímpetos pecaminosos que estão escondidos dentro de nós. De nada adianta amarrar Satanás se não amarrarmos também nossos instintos. Estamos dando muita importância ao inimigo externo e pouca importância ao inimigo interno.

Não se faz uma igreja santa desferindo golpes em Satanás. É preciso esmurrar o corpo do pecado, obrigando-o a ser completamente controlado (1 co 9.27). Foi exatamente essa técnica que Deus propôs a Caim nos primórdios da história do pecado:"Eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo"(gen 4.7)

Portanto, antes de amarrar Satanás...

* Amarre sua lingua: Ela é um mal incontrolável cheio de veneno mortífero.


* Amarre seu gênio, se você não suporta uma ofença, uma crítica, uma dor - você é incapaz de viver neste mundo.


* Amarre o pecado que habita em você e deixe à mingua o apetite da carne.

Ofereça o seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável à Deus.

Depois de tudo amarrado,sinta-se à vontade para amarrar Satanás, no sentido de resistir às suas artimanhas e as suas investidas periódicas.

E faça isso com a autoridade de que já se amarrou primeiro.


Sempre em nome de Jesus!


Fonte: (livro :"Antes de amarrar Satanás...amarre você mesmo " Elben M.Lenz)
Publicado em
Bless o Chamado

Extraído de : Genizah

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O pecado (2) - Romanos # Podcast 12



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Um conhecimento superficial do pecado pode levar a um perdão deficiente e uma vida espititual superficial e "religiosa".
Estudo em 04/06/2009 - Pr Julio Soder

sábado, 6 de junho de 2009

O Grande Vício

Existe um vício do qual homem algum está livre, que causa repugnância quando é notado nos outros, mas do qual, com a exceção dos cristãos, ninguém se acha culpado. Não existe nenhum outro defeito que torne alguém tão impopular, e mesmo assim não existe defeito mais difícil de ser detectado em nós mesmos. Quanto mais o temos, menos gostamos de vê-lo nos outros.

O vício de que estou falando é o orgulho. De acordo com os mestres cristãos, o vício fundamental, o mal supremo, é o orgulho. É por causa dele que o diabo se tornou o que é. O orgulho leva a todos os outros vícios; é o estado mental mais oposto a Deus que existe.

O prazer do orgulho não está em se ter algo, mas somente em se ter mais que a pessoa ao lado. É a comparação que torna uma pessoa orgulhosa: o prazer de estar acima do restante dos seres.

Como podem existir pessoas evidentemente cheias de orgulho que declaram acreditar em Deus e se consideram muitíssimo religiosas? Infelizmente, elas adoram um deus imaginário. Na teoria, admitem que não são nada comparadas a esse deus fantasma, mas na prática passam o tempo todo a imaginar o quanto ele as aprova e as tem em melhor conta que ao resto dos comuns mortais. Ou seja, pagam alguns tostões de humildade imaginária para receber uma fortuna de orgulho em relação a seus semelhantes.

Sempre que constatamos que nossa vida religiosa nos faz pensar que somos bons - sobretudo, que somos melhores que os outros -, podemos ter certeza de que estamos agindo como marionetes, não de Deus, mas do
Diabo. O diabo ri às gargalhadas. Fica satisfeitíssimo de nos ver castos, corajosos e controlados desde que, em troca, prepare para nós uma Ditadura do Orgulho. Do mesmo modo, ele ficaria contente de curar frieiras dos nossos pés se pudesse, em troca, nos deixar com câncer. O orgulho é um câncer espiritual: ele corrói a possibilidade mesma do amor, do contentamento e até do bom senso.

Se alguém quer adquirir a humildade, creio poder dizer-lhe qual é o primeiro passo: é reconhecer o próprio orgulho. Aliás, é um grande passo. O mínimo que se pode dizer é que, se ele não for dado, nada mais poderá ser feito. Se você acha que não é presunçoso, isso significa que você é presunçoso demais.

C.S. Lewis em Cristianismo Puro e Simples / Kleber Pessoa

Fonte: Solomon

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A inutilidade humana # Podcast 11



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Palavra pregada na Igreja Peniel do B. Amazonas - Contagem-MG em 27/05/2009 - Pr Julio Soder

Paz sem voz não é paz, é medo.



Quem se cala diante do pecado, da injustiça e de falsas doutrinas não ama de verdade. A Bíblia diz que o amor "...não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade" (1 Co 13.6). Deveríamos orar muito por sabedoria e, com amor ainda maior, chamar a atenção para a verdade e não tolerar a injustiça.

Ao estar em jogo a verdade, Estevão argumentou, mas sempre em amor a seu povo e com temor diante da verdade em Cristo. O apóstolo Paulo estava disposto a ser considerado maldito por amor ao seu povo, mas não cedia um milímetro quando se tratava da verdade em Cristo. Jesus amou como nenhum outro sobre a terra, mas assim mesmo pronunciou duras palavras de ameaça contra o povo incrédulo, que seguia mais as tradições e as próprias leis do que a Palavra de Deus. O Dr. John Charles Ryle, bispo anglicano de Liverpool que viveu de 1816 a 1900, certa vez disse assim:

"Controvérsias religiosas são desagradáveis. Já é extremamente difícil vencer o diabo, o mundo e a carne sem ainda enfrentar conflitos internos no próprio arraial. Mas pior do que discutir é tolerar falsas doutrinas sem protesto e sem contestação. A Reforma Protestante só foi vitoriosa porque houve discussões. Se fosse correta a opinião de certas pessoas que amam a paz acima de tudo, nunca teríamos tido a Reforma. Por amor à paz deveríamos adorar a virgem Maria e nos curvar diante de imagens e relíquias até o dia de hoje. O apóstolo Paulo foi a personalidade mais agitadora em todo o livro de Atos, e por isso foi espancado com varas, apedrejado e deixado como morto, acorrentado e lançado na prisão, arrastado diante das autoridades, e só por pouco escapou de uma tentativa de assassinato. Suas convicções eram tão decididas que os judeus incrédulos de Tessalônica se queixaram: 'Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui' (At 17.6). Deus tenha misericórdia dos pastores cujo alvo principal é o crescimento das suas organizações e a manutenção da paz e da harmonia. Eles até poderão fugir das polêmicas, mas não escaparão do tribunal de Cristo".


Fonte: Inconformidade Cristã [ via Púlpito Cristão]

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O cadinho de Deus # Podcast 10


Um encontro com a presença de Deus não é agradável no princípio...
Numa entrevista com o Rei quem comanda os acontecimentos é Ele.
A terrível experiência de Isaías cara a cara com Deus.
Is 6:1-8

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Palavra pelo Pr Julio Soder
em 31/05/2009
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Deus está bordando a sua vida


Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu me sentava no chão, olhava e perguntava o que ela estava fazendo. Respondia que estava bordando.

Todo dia era
a mesma pergunta e a mesma resposta. Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada, e repetia: "Mãe, o que a senhora está fazendo?" Acontece que, visto de baixo, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos.

Eu não entendia nada. Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava: "Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo você e o coloco sentado em meu colo. Deixarei que veja o trabalho daqui de cima. Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo: "Por que ela usa alguns fios de cores escuras e outros claros?" "Por que me parecem tão desordenados e embaraçados?" "Por que estão cheios de pontas e nós?" "Por que não tinham ainda uma forma definida?" "Por que demorava tanto para fazer aquilo?"

Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou: "Filho, venha aqui e sente em meu colo." Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso, mas agora, vendo-o da perspectiva de minha mãe, aquelas linhas estranhas formavam uma paisagem maravilhosa! Então ela me disse: "Filho, de baixo parecia estranho e complicado, mas agora, vendo-o de cima, você pode entender o que eu estava fazendo."

Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito: "Pai, o que estás fazendo?" Ele parece responder: "Estou bordando a sua vida, filho." E eu continuo perguntando: "Mas está tudo tão confuso...Pai, tudo em desordem. Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros. Por que não são mais brilhantes?" O Pai parece me dizer: "Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em mim... eu farei o meu trabalho. Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida daqui de cima."

Talvez você não entenda o que está acontecendo em sua vida. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que você está vendo o lado avesso. Mas fique tranquilo: Do outro lado, Deus está bordando a sua vida.


Fonte: Bruno Vox, Via: Púlpito Cristão